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Arizona Robbins.

Não sei exatamente quanto tempo fiquei parada ao lado do quarto de Callie esperando que os médicos parassem de gritar e viessem me dizer o que estava acontecendo, eu não conseguia pensar em nada e muito menos raciocinar o que eles falavam, esqueci os meus sete anos de faculdade de medicina em dois minutos caso contrário eu saberia exatamente sobre o edema pulmonar que ela estava tendo.

— Arizona, você já pode entrar. – Avery tocou meu braço enquanto eu estava com a cabeça entre meus joelhos, nem tinha percebido que toda a correria e gritaria havia acalmado.

— Como ela está? – me levantei rapidamente procurando na sua face algum sinal de que tivesse acontecido algo bom eu já esperava por aquela resposta.

— Melhor você entrar lá e ver. – deu as costas sem dizer mais nada. Começou passar mil coisas pela minha cabeça e nenhuma delas eram boas.

Respirei fundo girando meus calcanhares para adentrar ao quarto, assim que coloquei meus olhos em Callie um sorriso brotou no meu rosto, ela estava mesmo acordada ou era uma invenção da minha cabeça?

— Meu amor! – me aproximei da mesma que me olhava sorrindo. – Como você está se sentindo?

Ela não falou nada apenas me puxou pelo braço e me abraçou apertado.

— Eu não estava com ninguém, não estava te traindo ok? Eu estava mesmo resolvendo alguns problemas com minha mãe e não queria te deixar preocupada, me desculpe, Ari. Devia ter te contado.

— Shh.. Não precisa se justificar, eu fui muito idiota de ter duvidado de você mesmo me dizendo a verdade. – selei nossos lábios em um movimento rápido, passando minha mão pela bochecha de Callie.

Uma sensação de alívio percorreu meu corpo, estava tão feliz que minha namorada havia acordado que não estava me importando nem um pouco com todas as explicações que ela me dava, eu só ficava olhando-a e sorrindo, pensando em como eu preciso de Callie na minha vida, há alguns dias eu estava totalmente desnorteada e sem saber o que fazer, eu realmente não posso ficar longe dessa mulher, não quero ter que ir embora pra minha casa no final do dia sem ela, eu odeio todas as noites que durmo sem sentir o cheiro dela e mais ainda odeio acordar e não acha-la na cama. Nunca me imaginei falando isso, mas eu preciso me casar com essa mulher.

— Ela não está satisfeita mas pelo menos foi um avanço ela ter concordado em conversar comigo pra saber o que eu sinto por voc... – Callie me contava sobre como havia sido uma das últimas conversas com a mãe, e eu realmente não prestava atenção em uma palavra, a única coisa que passava em minha cabeça era "casamento".

— Pode parecer precipitado, eu sei,  talvez nem seja isso que você queira pra sua vida mas é o que eu quero pra minha e eu preciso mesmo te falar isso. – interrompi minha namorada falando tudo de uma vez, ela me olhou um pouco confusa e pediu para que eu continuasse. – Amor eu tive tanto medo de te perder, você não tem noção de quantas noites eu chorei por saber que você estava aqui nessa cama de hospital e pior, por minha culpa, nunca iria me perdoar se tivesse perdido você! e aí eu fiquei pensando, eu te quero por inteiro, não só como minha namorada mas como minha esposa, eu quero que tenhamos nossa casa, nossas coisas, nossa bagunça, nossos filhos, quero que seja a nossa cama, nosso quarto, nossa cozinha, eu quero que você seja minha, minha mulher. – dei uma pausa, um nó na minha garganta se formou e minha voz começou a sair embargada.

Com amor, Robbins. ~ Em Revisão ~Onde histórias criam vida. Descubra agora