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Arizona Robbins.

Voltei a trabalhar em menos de uma semana, o que foi uma coisa boa já que eu podia ficar o tempo todo perto de Callie e qualquer melhora que ela tivesse eu seria uma das primeiras pessoas a saberem.

Já fazia quase um mês desde que tudo aconteceu e Callie não demonstrou nenhum tipo de melhora, se quer acordou do coma. A minha vida se resumia em um milhão de cirurgias durante todo o dia, eu tentava manter a minha mente ocupada pois qualquer cinco minutinhos que eu tinha livre, pensava no estado da minha namorada e desmoronava a chorar. Eu estava trabalhando feito uma máquina e estavam todos preocupados, Shepherd já me tirou de três casos, segundo ele, eu não estava em condição nenhuma de atender meus pacientes.

E agora, eu estava sentada na beirada da cama de Callie, observando o monitor que apitava lentamente, os números iguais a ontem de noite e iguais a semana passada e o mês passado. Não tinha nada que eu pudesse fazer pra ajudá-la a não ser esperar, sentada.

— Foi culpa minha. – repeti pela milésima vez no dia. – Por favor, amor, não me deixa aqui não.

Senti uma lágrima escorrer pela minha bochecha, fechei os olhos e involuntariamente comecei a lembrar de alguns dos nossos momentos

"Eu estava sentada na cama esperando Callie terminar de se arrumar pra irmos jantar em um restaurante do outro lado da rua, ela estava incrivelmente linda terminando de enrolar o cabelo no baby liss e tudo o que eu conseguia fazer ela observa-la.

Tô bonita? – ela perguntou se virando pra mim, abri um sorriso vendo ela dar uma voltinha.

Você está maravilhosa. – eu me levantei indo em direção a Callie.

Abracei a mesma pela cintura encostando meu rosto na curva do seu pescoço, aspirando o cheiro doce e suave que sua pele tinha. Deixei um beijo naquela região arrancando um suspiro de Callie.

Vamos? Já está tarde. – ela me chamou, e eu assenti com a cabeça.

Ela foi andando na minha frente e a cada passo que ela dava, segurando a minha mão, eu pensava no quanto era sortuda de ter essa mulher do meu lado, não imaginava que pudesse amar alguém como amo Callie."

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"Na fila do cinema, Callie já tinha reclamado oito vezes da demora, e mesmo eu dizendo que a fila estava grande pois era lançamento ela continuava a falar com algumas pessoas ao nosso redor sobre como o vendedor dos engressos era lento.

Acho que quando a gente chegar lá o filme já vai estar nos créditos finais. – ela falou pra mim, na frente do vendedor, ele abaixou um pouco a cabeça e respirou fundo.

Cala a boca. – sussurrei baixinho. – Obrigada. – agradeci o moço já que Callie apenas puxou os dois engressos da mão dele e saiu andando.

Sentamos na última fileira e mesmo que aquele filme fosse um dos que eu mais estava esperando pelo lançamento, eu não prestei atenção nenhuma, por si só Callie me distraia mas quando ela ficava perguntando de cinco em cinco minutos o porque de estar acontecendo algumas coisas, eu não conseguia me concentrar.

Eu nunca mais venho no cinema com você. – falei me encostando no ombro dela.

Eu só fiz algumas perguntinhas, para com isso.

Com amor, Robbins. ~ Em Revisão ~Onde histórias criam vida. Descubra agora