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Callie Torres.

Não era nem onze horas da manhã e Arizona e eu estávamos discutindo pela terceira vez aquele dia, pelo mesmo motivo: a nova interna. Aos meus olhos, ela estava dando encima da minha namorada sem parar, a cada segundo era um flerte diferente e a forma como Arizona não estava ligando para isso, estava me incomodando profundamente. E para melhorar a situação, estávamos no mesmo caso. Katerine Blass, uma adolescente de treze anos com uma fratura no ombro, Arizona decidiu que seria uma boa idéia ensinar aquela garota justo perto de mim.

— Já falei um milhão de vezes, Callie! – ela gritou comigo no meio do corredor. O olhar das pessoas me fez respirar fundo, agarrar no braço dela e entrar na primeira sala de repouso que vi pela frente.

— Não importa se você não liga pra isso, a próxima ela não escapa, assim que ela te olhar atravessado eu vou bater nela! – eu disse, agora ainda mais brava do que antes.

— Love, pega leve. É o primeiro dia dela, está assustada e perdida. – eu semicerrei os olhos.

— Tá defendendo aquela coisa?

— Não, não estou.

— Ela está se aproveitando da sua generosidade. E pra que você tá sorrindo tanto, em? Trate de fechar essa boca, guardar seus sorrisos para mim.

— Você está exagerando, Calliope! – ela disse séria. – Não precisa disso tudo, além de que, minha namorada é você não é?

— Vou falar a última vez, se ela continuar nesse caso você vai ter um problema ainda maior em casa! Não aguento mais essa inconha olhando pra sua bunda.

Ela não respondeu. Ou melhor, a resposta dela foi tirar a roupa toda. Me olhando com aquela cara de safada, me deixando com a calcinha molhada em questão de segundos.

— Vai ficar falando aí e perdendo tempo, ou vai vim foder sua mulher? – ela disse, me desafiando.

— Que porra em Arizona. – falei indo na direção dela, agarrando sua cintura e jogando-a na cama.

[...]

Estávamos na sala de raio-x, analisando os detalhes da fratura. Eu, Arizona, Sloan, as duas internas que estavam com a gente, Edwards e Wilson; e Leah Murphy, a interna idiota que estava dando encima de Arizona, bem na minha cara. Ela ao menos sabia que nós namorávamos, ela no menos notou a aliança no dedo de Arizona. Eu estava fulminando de tanto ódio, olhava toda aquela bajulação e sentia vontade de voar no pescoço dela.

Eu não sei em que momento aquela tralha se desequilibrou e caiu no chão, arrastando uma prateleira cheia de potes de vidro que estava atrás de nós. O barulho dos vidros caindo e quebrando foi grande, todo mundo olhou ao mesmo tempo. Arizona ficou preocupada, correu no mesmo instante para tentar ajudar a menina e acabou escorregando em um líquido transparente que havia sido entornado, e acabou caindo por cima de Leah. As duas no chão, cara a cara me dando um estado de nervo sem explicação. A interna tinha um sorriso nos lábios, na cabeça dela aquele era um cenário romântico, ela só não sabia que logo logo viraria um velório. Arizona se levantou super sem graça, me procurando com os olhos. Quando ela levantou os dois antebraços, estavam banhados de sangue e alguns pequenos caquinhos espalhados por toda a extensão.

— Você tá bem? – perguntei me aproximando preocupada, levantando seu braço e analisando os ferimentos?

— Eu, estou. – respondeu me olhando envergonhada, logo virou o rosto para olhar para Murphy.

Ela estava sentada, tentando tirar alguns cacos também de seus braços.

— E você? Está bem? – ela perguntou, me fazendo rolar os olhos.

Com amor, Robbins. ~ Em Revisão ~Onde histórias criam vida. Descubra agora