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Arizona Robbins.

— Meus parabéns! Olha o que você fez seu idiota! – gritei depois de ver Callie pisando fundo e se afastando de nós dois.

— Eu não fiz nada! – ele gritou de volta, eu quase armei um murro pra dar na cara dele.

— Cala a porra da boca. – revirei os olhos empurrando-o pra longe de mim. – Pra início de conversa se você não tivesse traído ela nada disso teria acontecido.

Tentei ligar para Callie um milhão de vezes e ela apenas rejeitou todas as chamadas, até uma hora cair direto na caixa postal indicando que ela havia desligado o celular. Não iria adiantar ficar indo atrás dela, ela estava de cabeça quente e precisava de um tempo para pensar, ela tinha esse direito. E sem contar que quanto mais eu tentava me aproximar, mais ela fugia de mim.

Eu era culpada, claro. Eu deveria ter dito desde o início o que estava acontecendo. Ela era minha amiga, não merecia estar sendo feita de idiota, o mínimo que eu poderia ter feito era alertado-a. Ao mesmo tempo eu pensava ter feito a coisa certa em guardar segredo, eu tinha e tenho outras intenções com ela, eu queria contar só para deixá-la livre e disponível para mim e não era justo pensar daquela forma.

Eu não fazia ideia de onde Callie estava e isso começou me preocupar, estava alternando entre ficar com raiva dela por jogar toda a culpa em mim ou relevar porque ela está magoada.

Cheguei em casa afundada em pensamentos, eu queria tanto tanto insistir em Callie, queria tanto que fossemos um casal que nos acertassemos. Queria que as coisas voltassem como era antes, no começo, quanto tudo era novo e perigoso, quando era escondido, quando tínhamos o fogo ardendo como duas adolescentes, antes de segredos e mentiras. Estava no meio do meu banho quando a campainha começou a tocar sem parar, seja lá quem fosse estava muito apressado. Terminei bem rápido e me enrolei em um uma toalha antes que acordasse todos os vizinhos.

— Espera! – berrei no fim do corredor andando em passos rápidos.

— Arizona... – antes que eu pudesse abrir a porta eu escutei aquela voz arrastada.

— Callie?! – murmurei e enfim abri. – O que está fazendo aqui? – eu a olhei de cima abaixo.

Ela não estava com as roupas da festa, era ainda melhor, ela estava de pijama e com os pés descalços, como se tivesse tido um surto de coragem e viesse correndo antes que mudasse de idéia. Ela tinha um sorriso safado nos lábios que eu ainda não entendia.

— Sh... Fala nada não. – ela colocou o dedo indicador sob meus lábios me calando.

Senti as mãos macias nos meus ombros me empurrando lentamente para dentro e em seguida tomou meus lábios em um beijo desesperado. Ela fechou a porta atrás de si e abaixou as alças da camisola, deixando-a cair aos seus pés. Eu fiquei estática no lugar, não esperava por aquela atitude. Olhei-a de cima abaixo e olhei em seus olhos, ela não parecia bêbada nem nada do tipo, ela parecia estar surtando. Me afastei um pouco tentando me concentrar em alguma outra coisa, precisávamos conversar antes, precisava saber se estava tudo bem, se ela estava em condições de fazer alguma coisa.

— Ei, calma! Está se sentindo bem? – ela apenas balançou a cabeça tentando se aproximar. – Callie, está mesmo bem?

— Shh.. – ela cobriu a minha boca com uma mão e começou a me puxar com a outra até o meu quarto.

Com amor, Robbins. ~ Em Revisão ~Onde histórias criam vida. Descubra agora