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Arizona Robbins.

Eu estava tentando superar Callie, juro que estava. Embora não parecesse pelas vezes que eu a via pelos corredores e babava por ela, ou as vezes que eu esperava até de madrugada uma ligação acreditando fielmente que ela poderia mudar de ideia, ela poderia abrir os olhos e enxergar que a culpa não era minha, ela não poderia projetar a frustração de ter sido traída em mim só porque eu sabia do que acontecia. Eu queria muito olhar nos olhinhos dela e dizer toda a minha versão, dizer que me senti insegura e que eu não queria ser a culpada de estragar o casamento dela.

Havia se passado só algumas semanas, mas as minhas olheiras pareciam ser de meses. Eu chorava todas as noites me sentindo usada e mesmo assim sofrendo por isso. Ela também foi uma idiota comigo, ela também me magoou, porque não consigo me apegar a isso?

"Sala de repouso, dez minutos."

Ela passou esbarrando em mim e colocando um papel na minha mão. Quando olhei para cima ela já estava longe, andando como se estivesse em um desfile de moda e me fazendo choramingar internamente, como eu tive essa mulher e a perdi?

Andei até a sala de repouso, sendo mais precisa a nossa sala de repouso. Sempre ficávamos ali, era a única que a chave girava perfeitamente e tínhamos todas privacidade.abri a porta e entrei. Repetia milhares de vezes "não vai deixar ela te usar de novo" pra ver se assim eu entendia que ela não poderia me chamar quando sentisse necessidade, ela tinha que pensar nos meus sentimentos.

— E então? – minha voz saiu baixa, eu temia dizer qualquer coisa e soasse errado. – Quer falar comigo?

Ela se levantou vindo até mim erguendo a mão e fechando a porta atrás de mim, trancando na verdade. E em seguida me empurrando contra a parede, colocando a mão por dentro na minha blusa e arranhando minha barriga, um arrepio correu por todo o meu corpo e a boca dela foi de encontro com meu pescoço, mordendo e me fazendo esquecer de tudo o que eu havia dito sobre ser usada. Que merda, ela estava me seduzindo mais uma vez.

A outra mão dela expulsou a minha calça de uniforme para fora do meu corpo e seguiu até a minha calcinha, eu gemia baixinho tentando pensar em alguma coisa mas era inútil, eu estava completamente molhada e em um estado deplorável. Ela soltou um riso baixo e sem dizer nada continuou me acariciando, afastou minha calcinha para o lado e penetrou suavemente dois dedos dentro de mim me fazendo gemer.

"Não vai deixar ela te usar de novo!" As palavras ecoaram alto, da minha boca só saia gemidos.

— Callie, espera! Para, para. – falei sem fôlego nenhum, ela diminuiu os movimentos.

— Quer mesmo que eu pare? – perguntou estocando mais uma vez e me fazendo fechar os olhos de prazer.

— Quero. – resmunguei, minhas palavras pareciam convincente, mas quando ela fez menção de retirar os dedos dali me deixando vazia, eu a segurei e rebolei lento. – Não quero não, continua!

Ela não devia ter dado ouvidos, ela devia ter parado de me foder e me mandado ir embora, mas ela continuou. Ela escutou as minhas palavras mais fracas. Mais alguns segundos e eu já havia gozado, ela levou os dedos encharcados até a boca e chupou, aquilo ela uma visão incrível de se ter.

Enquanto eu tentava controlar minha respiração e colocar em ordem os fatos na minha cabeça, Callie simplesmente saiu. Me deixou sozinha e confusa, ela estava mesmo querendo brincar com os meus sentimos! Mas a questão é, até onde eu consigo aguentar?

Com amor, Robbins. ~ Em Revisão ~Onde histórias criam vida. Descubra agora