Eu Escolho Você - Série Paixões Perigosas - Livro 5

Prólogo

Ana Clara 

Você ser recém separada não é uma coisa muito fácil, ainda mais quando você tem um filho de sete anos deficiente visual que ama o pai e não quer ficar longe dele. Me casei com vinte anos de idade, estava terminando minha faculdade de recursos humanos. Me separei por muitos motivos e um deles foi a traição, sempre fui uma boa esposa mais para ele nunca foi o suficiente. Milton é dez anos mais velho que eu, quando o conheci me encantei e não teve jeito me apaixonei como uma boba. Ele sempre foi galante e muito amoroso, não deixou faltar nada para mim e meu pequeno Davi. Quando ele nasceu e soubemos da sua deficiente visual, ele nunca o rejeitou pelo contrario o amou mais anida. Seu único problema foi durante esses anos se afastar de nós, de mim. Ele chegava cada vez mais tarde, dava desculpas para não ter relações e pensava que o problema era comigo, mas não. Sempre foi ele. 

Ele poderia ter chegado em mim e ter contado, mas um dia antes de descobrir sobre sua traição ele disse que me amava, jantamos juntos e fizemos amor como a muito tempo não acontecia. O que me machucou mais foi ele brincar comigo e não por estar apaixonado por outra, simplesmente porque queria carne nova. Depois disso resolvi me fechar para qualquer sentimento, não quero mais amar, não quero. Vou dedicar minha vida ao meu filho que precisa de mim e vou arrumar um emprego. 

-Mamãe o papai chegou. - Davi me grita da sala. 

Moramos um aparatamento de dois quartos, depois da separação aluguei um apartamento e estou pagando com o minhas economias que estão acabando. Vou pra sala e lá está Milton sentado no sofá conversando com Davi, meu filho está feliz em ver o pai. 

-Oi. - me manifesto já que ele não tinha notado minha presença. 

-Oi. - levanta sorrindo. - Como está? - pergunta. 

-Bem porque? Pensou que estaria cortando os pulsos? 

-Filho vai lá pro quarto papai tem que conversar com a mamãe. - Milton beija a testa do Davi. 

-Eu levo ele, o mesmo não está acostumado com aqui ainda. 

Depois de deixar Davi no quarto volto para finalizar nossa conversa. 

-Eu não queria que tudo isso tivesse acontecendo, eu amo você Nana. - me chama pelo apelido que ele me deu quando namorávamos. 

-Se me amasse não teria me traído, eu sim te amava e olha o que você fez. - dou de ombros. - E pare de me chamar assim como se ainda fossemos um casal. Estamos separados a dois meses, vai viver sua vida e eu a mim. 

-É isso que você quer? 

-Sim, é isso. 

-Tudo bem. - me olha com raiva. - Sua irmã tem razão, você não perdoa ninguém. 

-O que minha irmã tem a ver com isso? - questiono. 

-Ela disse que você jamais iria me perdoar, ela tinha razão. 

Eu não acredito que ele está de conversa com minha irmã, não depois de tudo que ela nos fez. 

-Vai embora logo, já me cansei dessa conversa. - explodo. - Amanhã você pega o Davi, ele estará pronto. 

-Como queira. 

Ele sai batendo a porta. 

-INFERNO! - grito nervosa. 

-Tá brava mãe? - a voz do meu filho me acalma. 

-Não amor, amanhã seu pai volta para te pegar ele teve quer sair. - digo. - Agora vamos tomar um banho e cama, já está tarde para estar acordado.