Capítulo 21

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Ana Clara 

Estar grávida é tão mágico e irritante ao mesmo tempo, não me entendam mal mas eu já posso saber como será os próximos meses. Já estou de dois meses, os enjoos que não estava tendo antes de saber da gravidez agora são constantes. O perfume do Pedro que eu adorava, está me dando nojo e hoje fiz ele tomar outro banho só para tirar aquele cheiro. 

-Mamãe, mamãe, eu posso sair com o papai? - Davi anda quase correndo e o repreendo por saber que ele pode cair. - Eu já sei onde posso correr mamãe, aqui tem espaço. 

-Mesmo assim, onde vocês vão? Enquanto vou na sua vó, vão farrear sem mim? 

-Papai disse que é a tarde dos meninos. - fala todo sorridente. 

-Ela deixou campeão? - pergunta Pedro entrando na biblioteca que temos em casa. 

-Não sei, deixou mamãe? - pergunta apreensivo. 

-Deixo sim... 

-Eba! - ele grita e vira as costas saindo da biblioteca. 

Eu ainda ficou preocupada com ele andando pela casa sem estar por perto, mas Davi e Pedro já me disseram que ele precisa aprender a se virar sozinho, pois ele não será criança eternamente. Eles tem total razão, mais mãe pensa muito diferente de todas as outras pessoas. 

-Amor você sabe que não precisa pedir minha permissão para sair com Davi. - repreendo ele. - Se quer passar uma tarde só de garotos, façam. - digo me levantando da cadeira e o abraçando. 

-Eu sei, mas prefiro avisar para não te preocupar. - dá de ombros. - Está bem? Quer alguma coisa? 

-Pedro você já me perguntou isso hoje umas mil vezes, eu estou ótima apesar dos enjoos que é normal. - beijo seus lábios. - Vai fazer o que com nosso filho? 

-Quero leva-lo para um lugar onde eu ia quando criança, ele não enxerga mas pode sentir. - fala. - Ele é uma criança normal e tem que entender que ser cego não o limita para nada, ele é inteligente e pode fazer o que quiser. Eu quero que ele cresça sabendo seu lugar, que é onde ele quiser estar. 

-Ele tem muito sorte, ele e esse bebê que tá aqui na minha barriga. - respondo olhando como uma boba apaixonada pra ele. - Você é tão bom, carinhoso, tão... Tão pai. - ele sorri. - Você é o melhor pai que nossos filhos poderiam ter e eu te amo. 

-Eu que tenho sorte por ter vocês e eu também te amo Moranguinho. 

Ele me levanta do chão e me beija, enrolo minhas pernas na sua cintura fazendo ele me prender contra a parede. Nosso beijo calmo, vira um beijo urgente fazendo meu tesão subir num nível máximo. 

-Amor não podemos agora... - falo de olhos fechados enquanto ele beija meu pescoço. 

-Eu sei, eu sei... - resmunga em decepção. 

-Eu te juro que de noite te dou tudo que quiser de mim, tudo. - faço ele me olhar. - TUDO. 

-Fechado. - ele bate na minha buda.

 -Ai amor, doeu. - bato na dele. 

-Ei! 

-Direitos iguais. - dou de ombros. 

[...]

Ele me deixa na minha mãe e vai pro seu passeio com Davi, ao entrar na casa dos meus pais me assusto com o estado que está a casa. Tudo desorganizado e sujo, coisa que nunca aconteceu antes desde que me conheço por gente. 

-Mãe? Pai? 

-Oi filha... - meu pai surge cabisbaixo. 

-Pai o que houve aqui? - aponto para sala toda bagunçada. 

Eu Escolho Você  - Série Paixões Perigosas - Livro 5Onde histórias criam vida. Descubra agora