Pedro Henrique
Assim que desperto percebo que estou com os olhos vendados e as mãos amarradas, tento me soltar mas é inútil. Não saber onde estou e quem fez isso me deixa profundamente nervoso, se isso for um sequestro é bem provável que não vá sair daqui vivo.
-Quem está ai? - pergunto assim que escuto barulho de uma porta sendo aberta.
-Chama o chefe, ele acordou. - fala a pessoa que se aproxima de mim. - Desculpe, eu errei na medida da injeção. - fala a pessoa rindo.
-Quem são vocês? O que querem comigo? - pergunto.
-Logo saberá.
Ele se afasta e sai novamente, depois de quase uma hora a porta é aberta novamente e sei que são mais pessoas que dá primeira vez.
-Tira a venda dele. - uma voz grossa que não é me estranha pede. - E desamarre os braços dele.
-Chefe eu acho...
-Não é pago para achar nada, só fazer. - diz friamente. - Anda!
Eu sinto minhas mãos serem desamarradas e logo a venda de meus olhos é tirada, meus olhos queima com a claridade. Assim que vou me acostumando, vou olhando para todos que estão me encarando, mais nada nessa vida me faria ter um preparo para ver ele ali na minha frente. Depois de tantos anos eu quase não o reconhecia, estava com muitas tatuagens, cabelos mais curtos, só que os olhos era iguais o da minha mãe. Era ele, era meu irmão!
-Guga? - olho pra ele ainda em choque.
-Todos fora da sala agora. - ordena e os outros que estavam com ele saem quietos. - Como você tá? - pergunta agora desarmado.
-Como eu to? Seu filho de uma figa, você some e agora me sequestra, porque não me procurou como uma pessoa normal? - levanto da cadeira irritado.
-Era a única forma de ninguém ficar sabendo. - dá de ombros.
-Seu fedelho. - eu sorrio e não aguentando de saudade o abraço.
Nosso abraço é longe e emocionante, como já disse nós sempre fomos grudados e ter ele longe foi muito complicado. Ele perdeu muita coisa da minha vida, assim como eu dá dele.
-Chega de abraço, estou ficando sufocado. - ele me solta rindo. - Desculpe pelo susto eu só precisava te ver, conversar com alguém. - diz me olhando. - Vamos sair daqui, vamos subir lá pra sala.
Eu sigo o mesmo e quando chegamos em sua sala, vejo que se trata de uma mansão só não faço ideia de onde isso fica. Seus homens estão em toda parte, por pedido dele eles saem nos deixando mais a vontade. Uma mulher de cabelos ruivos trás duas cervejas e vejo que é a que sempre tomávamos juntos.
Ele não esqueceu.
-Porque deixou Magali tomar seu lugar? - pergunta me espantando.
-Como diabos você sabe disso? Isso aconteceu hoje. - olho pra ele assustado.
-Eu sei de tudo PH, sempre sei.
-Dá pra parar de me chamar de PH, sabe que detesto. - resmungo dando um gole na minha cerveja. - Se tem seus meios, porque não impediu você? Eu não tinha o que fazer Guga, não tinha e não tenho. - falo frustrado.
-E seu pai? Não é o rei de tudo? Devia ter te ajudado. - responde com frieza.
-Nossa pai. - digo.
-Seu pai, pra ele eu não sou mais filho dele. - diz. - E mamãe? Tenho saudade dela, queria muito encontrar com ela... Acho que nem lembra de mim mais né, ainda mais com essa doença maldita.
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Eu Escolho Você - Série Paixões Perigosas - Livro 5
Lãng mạnPLÁGIO É CRIME! Ela recém separada e com um filho de sete anos para sustentar. Ele prestes a se casar com uma mulher que nunca amou. Ela louca por um emprego. Ele louco atrás de uma secretária. Ela trinta e sete anos. Ele quarenta e dois anos. ...