Se eu dissesse que eu tinha dormido normalmente aquela noite, estaria mentindo, nem consegui fechar os olhos, minha cabeça martelava um pouco dolorida, só de pensar que eu, Park Jimin, estava apaixonado por Jeon Jungkook, sim, aquele Jeon Jungkook, aquele preconceituoso homofóbico, que tinha o costume de pegar no meu pé toda hora, na frente de todos, bem, acho que eu isso nunca nem passou pela minha cabeça, mas agora aconteceu uma coisa bem complicada, eu percebi que realmente estou apaixonado por aquele moreno alto.
E é exatamente nesse ponto que voltamos para onde começamos a história, aqui estou eu atualmente surtando por perceber a maior burrada que eu fiz na minha curta vida, sim, internamente eu acreditei fielmente que eu tinha chances de fazer Jungkook perceber que não era assim tão hétero quanto pensava, e ainda nesse momento eu ainda acho que ele não é hétero, talvez não gay, mas hétero ele não é, senão o pau dele não subiria comigo, quando eu faço direitinho, isso não vem ao caso no momento, e o que vem ao caso aqui nesse momento que eu estou deitado na minha cama, ás sete da manhã enquanto eu na verdade deveria estar me arrumando, é que meu pai realmente teria vergonha de mim, por me atrair por um homofóbico, por ter me deixado apaixonar por alguém que foi tão cruel comigo no início, eu sequer entendia aquele sentimento, não sabia muito bem como resolver aquilo.
Ao mesmo tempo que eu estava contando os segundos para encontrar o Jeon nessa tarde, eu estava querendo me esconder do mundo, uma pessoa com certeza iria me matar, me xingar muito e falar todos os "eu avisei" que podia, e essa pessoa era ninguém mais ninguém menos que Kim Taehyung, e em um momento como esse, só tinha uma pessoa que eu poderia recorrer para poder chorar minhas mágoas, e não, não era o Hobi, nem o Yoongi, era um amigo meio distante, e muito ocupado, um tal de Kim Seokjin, mas conhecido com Jin, ele costumava ser bem próximo de mim e do Tae no início no curso, isso porque fomos juntos para a escola, mas ele se afastou de nós depois que começou a namorar um cara alto de cabelo platinado, desde então ele fica mais com o namorado, e como começou a estagiar, e estuda gastronomia ao mesmo tempo o único tempo que sobra ele fica grudado no namorado.
Então decidido a tomar alguns esporros logo de manhã, peguei meu celular e procurei pelo contato do antigo amigo por ali, mandei o celular discar e o ouvi chamar e chamar, parecia que o outro não iria atender até eu ouvir uma voz muito rouca do outro lado da linha, que com certeza não era do Jin, e com certeza essa certa voz não estava feliz de ser acordada às sete da manhã de uma quarta—feira, será que ele tinha mudado o número?
— Alô? O Jin está? – perguntei já roendo as unhas com medo de ter acordado alguém bastante irritado.
— Hmm? Quem fala? – e a voz assustadora continuou falando, será que ele não poderia só me responder não?
— É...É o Jimin, um antigo amigo... Eu queria saber se o Jin se encontra, Seokjin. – minha voz saiu mais trêmula do que eu queria, mas isso a gente releva.
— Ah, oi Jimin, vou passar para ele. – ué? Será que ele me conhecia? Mas quem é que não me conhece nesse campus, não é verdade?
— Tudo bem, eu espero. – esperei em silêncio ouvir a voz melodiosa e doce do meu hyung, só queria um carinho no cabelo.
— Minnie? – a voz tão conhecida aqueceu meu coração na mesma hora, aquela voz materna que fala que vai ficar tudo bem, Jin era conhecido entre a gente como a "mãe" do grupo, sempre se preocupando com a gente e dando esporro quando necessário, então eu não pude controlar uma fungada quando o ouvi. – Está tudo bem? – sabe quando você está chateado e sua mãe, ou alguém especial chega para falar com você e você desaba na mesma hora? Pois é, esse era eu naquele momento, tentando segurar o choro igual um idiota, mas morrendo de vontade de me esgoelar.
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Minha Amizade Colorida Hétero • jjk + pjm
Romantizm[CONCLUÍDA] Faz mais ou menos uns seis meses desde que a minha vida virou uma bagunça, eu posso até dizer que eu nem sei mais quem eu sou, bom eu até sei quem eu sou, eu sou um azarado e burro, se meu pai estivesse vivo com certeza ele teria vergon...