Ready To Run (Scorbus)

Capítulo 14

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Ready to Run (tommosassy)

•Scorpius

“Me beija"

As palavras dele soaram em meus ouvidos de forma suplicante. os olhos verdes brilhavam e a boca vermelha parecia tão convidativa. Principalmente quando Albus passou a língua pelos lábios para lubrificá-los em expectativa.

Largo o capacete no guidão da moto e me aproximo dele, passo o polegar levemente  pela sua testa retirando o cabelo da frente dos seus olhos e depois acaricio as bochechas onde as sardas pareciam estrelas salpicadas no céu noturno.

Sem pressa como se tivesse um lápis imaginário ligando cada ponto e vendo suas bochechas ficarem vermelhas.

Passo uma das mãos em sua cintura sentindo a pele quente embaixo da camisa, o puxando para mais perto e com a outra mão acaricio sua nuca ainda olhando em seus olhos me perdendo na imensidão verde. Sinto sua respiração quente em minha boca, pois nós éramos da mesma altura.

– Você tem certeza? – pergunto com minha boca praticamente encostada na dele. Não queria que o Potter se arrependesse.

– Quero sim – o Albus afirma e sorri de canto.

– Repete, por favor – peço sorrindo largamente ao ouvir sua afirmação.

– Me beija, seu bobo – ele sorri audivelmente e eu me perco com a melodia. Eu poderia ouvir esse som por horas.

Encosto meus lábios nos dele levemente apenas provocando e o Albus tira suas mãos das minhas costas e leva a minha nuca para iniciar um beijo profundo, que eu insistia tanto em adiar apenas para ficar adimirando-o.

Sua língua quente na minha, o gosto de pasta de dente se misturando com o de chiclete em minha boca. Apertei sua cintura com pouca força e ele se encostou ainda mais no meu corpo.

Nos beijamos por um longo tempo, conhecendo a boca um do outro.  Terminamos com vários beijos e respirando fundo em busca de ar.

Volto a beijá-lo com mais intensidade e deixo uma mordida fraca em seu lábio inferior e o escuto arfar.  Mas um barulho alto faz com que a gente se afastasse rapidamente.

Vemos que ele havia largado o capacete no chão e acabamos rindo da situação. Os lábios dele estavam inchados e provavelmente os meus também.

– Desculpa – o Potter pede ao pegar o capacete do chão rapidamente – Ufa! – ele suspira ao conferir que não estava quebrado.

– Não tem problema – nego com a cabeça. Eu iria continuar a frase, mas ele me interrompe.

– Você tem outros em casa? – o Albus me provoca e sorri de canto.

– Engraçadinho – torço o nariz e mostro a língua – Esse é meu e não tem problema. Ainda bem que deixei o do meu pai ali.

– Seu pai ficaria bravo? – o moreno perguntou.

– É que essa moto foi a primeira coisa que ele comprou com o dinheiro dele – explico – Valor sentimental... Esse capacete – pego o preto que eu havia pendurado no guidão – É original e o único que restou... Não faço ideia do que aconteceu com o outro.

– Quem sabe ele só perdeu na garagem enorme de rico que vocês têm – o Albus dá de ombros.

– Olha quem fala – tento fazer cócegas nele e o mesmo se esquiva rindo alto tentando se proteger.