Sem rumo

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-Porra! Isso só pode ser brincadeira. -Bufou. -Onde encontrou isto? -Perguntou com a carta ainda em mãos.

-No quarto, na cama dela. Maria pediu para chamá-la para o almoço, quando cheguei só estava a carta. -Bia explicou. -O que faremos com ela? -Olhou para Anna que ainda estava na mesa.

-Pode descer pro almoço, não conte nada a ninguém ainda, vou conversar com ela. -Pediu.

-Tem certeza? Eu posso tentar ajudar com ela se quiser. -Ofereceu.

-Não, obrigado pode deixar.

-Tudo bem. -A ruiva suspirou, saiu e fechou a porta os deixando a sós.

(Pov Analú)

Agora tudo era caos outra vez. Eu me sentia tão burra, tão idiota por ter confiado em alguém que não conhecia, me sentia tão culpada por tudo estar voltando, porque eu sei que vai. Passava tanta coisa em minha mente, tanta coisa e nenhuma delas era boa. É isso, então? Tudo vai voltar? De novo vão haver fugas, lugares novos, despedidas? Qual o sentido de tudo isso, continuar viva? Bom, se para continuar viva eu tenha que passar por tudo isso, eu não sei bem se está valendo a pena.

(Pov off)

-Ei, está tudo bem? -Ele a encarou, estava de frente para ela, segurando suas mãos, só então ela "acordou" e notou sua presença ali, más ela nada respondeu, apenas o abraçou, forte.

-Eu me sinto tão tola. -Ela disse depois de um bom tempo em silêncio.

-Você é boa, só quis ajudar. -Confortou afagando seus cabelos.

-Bia percebeu que ela não era boa pessoa.

-Bia só estava com ciúme por você ter feito uma amiga nova, não se culpe, não tinha como você saber..

Apesar de tudo, Anna não chorava, o que era estranho. Em seu rosto se via o quão debilitada e perto de desmoronar ela estava, más parecia querer se manter forte, mesmo estando em cacos por dentro.

-Quem ligou pra você? -Ela perguntou desfazendo o abraço para encará-lo, ele suspirou e ela soube ali que coisa boa não viria.

-Vem, vamos sentar. -Ele a guiou até a cama, os dois se sentaram ali um de frente para o outro, e ele mantinha suas mãos unidas as dela. -Se lembra do Ben? -Perguntou e ela negou. -Um dos caras que mandei para investigar e ir atrás de quem vem nos perseguindo. -Tentou e ela assentiu lembrando. -Bom, ele me ligou para dizer que não vai continuar.

-Por que? -Perguntou.

-Porque Scott, um dos caras, foi morto. -Disse e ela se espantou. -Estavam quase chegando a um nome, marcaram um encontro com outras pessoas que estavam ajudando, más quando chegaram lá, descobriram que eles já estavam trabalhando para o outro lado, então foram ameaçados. Ben e Scott não deram ouvidos e mesmo depois da ameaça, continuaram investigando então "apagaram" Scott, Ben desistiu e eu não o culpo. Acho que voltamos a estaca zero. -Ele suspirou.

-Acho que não, agora temos dois nomes pelo menos. -Ela disse. -Lorena e o pai. Alana nos deixou uma pista.

-Tem razão, já temos algo.

-Vamos ter que nos despedir de todos e fugir outra vez, não é? -Perguntou, sabia exatamente qual seria a resposta más precisava ouvir, ter certeza de que não teria mesmo escapatória.

-Vamos. -Não era bem a resposta que ele gostaria de dar más não havia escolha.

-Então, para onde vamos agora? -Perguntou.

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