Será que devo?

20 3 3
                                    

-Eu ainda não entendi por que você está aqui e os outros não. -Disse Anna ao entrar no carro com Bia, estavam voltando para casa, Anna acabara de receber alta do hospital.

-Nossa que sensível, também fico feliz em vê-la, amiga. -Respondeu a ruiva irônica.

-Não me leve a mal, só pensei que estariam todos aqui. -Justificou.

-Estão todos ocupados com uma coisa na casa nova, até as crianças, vou te levar até lá. -Disse.

-Tudo bem, a vantagem de não terem vindo é que assim poderemos conversar. -Disse a morena.

-E sobre o que quer falar? -Perguntou a ruiva com o carro já em movimento.

-E do que mais seria além do seu caso? -Disse óbvia. -O que você por acaso está tornando misterioso até para mim.

-Eu não o tornei misterioso.

-Então confessa que tem um caso? Porque está negando desde que eu soube. -Lembrou Anna.

-Por favor, Anna. Não comece. -Pediu a ruiva que já não aguentava mais as perguntas de todos.

-Você sempre me conta tudo. O que foi, arrumou uma nova melhor amiga? -Perguntou Anna.

-Por que acha que todos nós a substituímos depois de ter ficado em coma? -A ruiva questionou.

-Bom, você veio sozinha me buscar no hospital, ninguém além de você apareceu e agora está me escondendo um caso, e você nunca me escondeu nada. -Disse a morena como uma pequena criança insatisfeita.

-Olha, eu confesso que tem alguém más eu não posso lhe dizer...

-Por que não? -Questionou Anna a interrompendo.

-Porque simplesmente não posso, você vai entender depois até porque não posso esconder para sempre. -Disse.

-Ta aí mais um motivo para me dizer agora.

-Analú!. -Exclamou Bia.

-Está bem. -Anna se deu por vencida, não arrancaria nada mesmo.

-E quanto aos outros não terem vindo, você vai entender quando chegarmos.

-Claro, depois. -A morena revirou os olhos.

O restante do caminho fora calmo e silencioso, só se ouvia o locutor do rádio nos intervalos das músicas que tocavam no volume baixo no carro.

Chegando na grande nova casa, Bia estacionou o carro que pegou emprestado de Gabriel na garagem e desceu junto a Anna que carregava sua bolsa com alguns pertences, olhando tudo a volta.

-Uau, a casa é realmente grande e bem bonita. -Disse a morena.

-Isso porque ainda não viu lá dentro, vamos. -Chamou Bia que tinha razão, a casa parecia ainda maior por dentro.

-Isso é cheiro de bolo? E por que é que está tudo esc...

-Seja bem vinda!! -Gritaram todos saindo de trás do sofá quando Bia ascendeu a luz.

-Ai meu Deus. -Anna mostrou seu melhor sorriso.

As crianças foram as primeiras a vir lhe abraçar, logo depois veio Gabriel que além do abraço, a recebeu com um beijo caloroso e por fim, más não menos importante, Maria com seu abraço tão acolhedor.

-Awwns.. tem até balõezinhos. -Disse Bia.

-E eu achando que tinham me esquecido quando na verdade, estavam fazendo uma surpresa para mim. -A morena se sentiu culpada.

-Você quer chorar, mamãe? -Enzo perguntou, Anna estava mesmo com cara de choro.

-Más a gente fez uma festa para você ficar feliz. -Disse Lucas.

-É, até ajudamos Maria a fazer um bolo. -Lembrou Mia, na verdade as crianças só ajudaram a pegar os ingredientes, Mia até derrubou um dos ovos no chão, consequentemente o quebrando.

-Eu não estou triste, pelo contrário. Eu amo tanto essa família, e amo que cada um de nós fassamos parte dela. -Anna quando se deu conta já estava chorando.

-Ai droga. -Reclamou Bia secando as lágrimas ao notar que fazia o mesmo.

-Adem, abraço coletivo. -Pediu Anna abrindo os braços que fora ficando sem espaço com tanta gente a abraçando.

(...)

-Hmmm.. eu acho que este é o bolo mais gostoso que eu já comi em toda a minha vida.  -Disse Anna se deliciando com um pedaço razoavelmente grande de bolo.

Estavam todos sentados nos sofás grande da sala, sendo o casal com Lucas e Mia em um deles, enquanto o outro estava ocupado por Maria, Beatriz e Enzo, cada um comendo seu pedaço de bolo.

-Ela tem razão, Maria. Quando eu me casar, por favor faça meu bolo. -Brincou Bia e Maria riu.

-Seu "lance" já está nesse nível? -Biel provocou.

-Não enche. -Rebateu a ruiva.

-Amor, deixe ela. -Anna ajudou.

-O que, não está curiosa? -Ele perguntou.

-Sim, más ela não quer dizer, então não força. -Pediu.

-Está bem. -Deu de ombros.

-Tia Bia, me ajuda a calçar os patins? Quero mostrar a mamãe que eu aprendi. -Pediu Mia ao terminar seu bolo.

-Tudo bem princesa, calma. -Pediu Bia quando a menina a puxou pelo braço. Bia teve tempo somente de deixar o prato com o restante de seu bolo na mesinha ao lado de seu celular, antes de ser arrastada pela criança.

-Eu enlouqueceria se Beatriz não tivesse se oferecido para ajudar-me com as crianças. -Disse Maria ao ver como Mia puxou a ruiva.

-Que nada, até que nos comportamos bem. -Lucas defendeu.

-É eu imagino. -Disse Anna que conhecia os filhos perfeitamente para saber que não eram santos.

-Eu te ajudo Maria. -Biel ofereceu ao ver a senhora recolher os pratos vazios da mesa.

-Ah querido, obrigada. -Agradeceu a senhora.

-Amor, o celular de Bia acaba de registrar uma chamada perdida. -Biel disse ao pegar o prato que estava justamente ao lado do celular.

-Vou levar para ela, deve ser importante. -Disse Anna pegando o celular.

Ao chegar no corredor dos quartos no andar de cima, o celular voltou a vibrar em sua mão, ela então olhou para o aparelho e pode ver "My Baby♡" piscando na tela, assim estava salvo o contato de quem ligava e só podia ser seu novo caso.

Anna estava a um toque que saber quem era, era arrastar o dedo na opção "atender" e enfim acabaria com sua curiosidade.

Depois de Você (FINALIZADA)  ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora