Boas notícias

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-Ai meu Deus, eu preciso te contar!. -Disse Bia ao passar como um furacão pela porta de entrada recém aberta por Anna. 

-Beatriz, são oito horas da manhã. -Disse a morena soloneta com o cabelo bagunçado e ainda vestida de seu pijama de ursinho.

-Eu sei, me desculpa por aparecer aqui tão cedo más eu quase não dormi, preciso te contar uma coisa. -Disse a ruiva andando de um lado para o outro no centro da sala. -Espera. Você não me contou como foi ontem, na visita íntima. -Lembrou. Anna fechou a porta e se sentou no sofá sorrindo.

-Foi tudo bem, Gabriel me assustou um pouco quando resolveu engolir as drogas, más enfim, deu tudo certo e ele já as entregou para o pai da Lorena que até o momento não fez mais nada contra nós. -Explicou a morena.

-Perfeito! Bom, agora deixe-me contar o que aconteceu. -Pediu Bia eufórica.

-Fala logo, Beatriz. -Pediu Anna.

-Está bem. -A ruiva respirou fundo e encarou Anna por segundos tentando conter o sorriso.

-Você vai contar ou não? -Perguntou a morena impaciente.

-Vou. -A ruiva novamente respirou fundo o que fez Anna revirar os olhos. -Eu vou casar, Anna. -Soltou como uma bomba.

-Como é? -Anna arregalou seus olhos azuis. -Casar?.. com.. Alana? -Questinou surpresa.

-Com quem mais seria? -Bia franziu o cenho.

-É que é tão.. repentino. Vocês estão juntas à quanto tempo mesmo? -Perguntou a morena.

-Dois meses. -Bia respondera.

-E já vão se casar? Bom, como sua melhor amiga eu tenho que perguntar. Bia, você tem mesmo certeza disso? -Questinou.

-Sim, Anna. Eu tenho certeza. Sei que foi rápido...

-Muito rápido. -Interrompeu Anna a corrigindo.

-Tá, muito rápido. Más o que eu sinto e o que eu vivo com ela... sabe? É algo especial, eu nunca senti antes. -Explicou Bia se juntando a Anna no sofá.

-Eu acho precipitado, na verdade, parece com aquelas decisões malucas que tomamos quando estamos cegos de paixão, sabe? -Perguntou Anna.

-Como esconder drogas na xota e levá-las até a prisão?-Perguntou Bia irônica.

-Tudo bem, você ganhou essa. -Se deu por vencida. -Más não toque neste assunto, as crianças estão dormindo lá em cima. -Pediu.

-Certo. -Bia riu.

-Já tem uma data?. -Perguntou a morena querendo saber mais.

-Ainda não, más queremos o quanto antes. Ah, e você vai ser uma das madrinhas. -Contou.

-Eu não esperava menos, sou eu quem sempre te aturo. -Brincou, a outra riu. -E a decoração, já pensou nessas coisas? -Anna começava a se empolgar.

-Na verdade, não. Por isso preciso tanto de sua ajuda. -Disse a ruiva aflita. 

-Certo. Eu tenho umas coisas para fazer hoje. -Coçou a nuca pensando. -Tenho que me encontrar com o advogado más eu ficarei livre mais tarde. Você pode arrumar umas revistas sobre casamentos e volta com elas aqui mais tarde, eu te ajudo com o maior prazer do mundo. -Disse Anna.

-Está bem, eu consigo as revistas e mais tarde volto aqui. -Bia também estava animada. -Até mais tarde, dê um beijo nas crianças por mim. -Pediu a ruiva antes de se despedir e ir embora. 

Anna sorria ao imaginar a amiga no altar. Bia nunca teve vontade de casar, segundo ela mesma, era bobagem, e vê-la assim, tão apaixonada por alguém à ponto de embarcar no que ela mesmo intitulava como bobagem, deixava a morena feliz, Bia merecia ser feliz.

-Bom dia, Anna. -Maria cumprimentou quando adentrou a casa. A senhora tinha uma chave, e passe livre para entrar ou sair quando quisesse.

-Bom dia, Maria. -Anna sorriu ao vê-la.

-Levantou cedo hoje. Já tomou café? -Perguntou a senhora, gentilmente.

-Não eu ainda não tomei café. Bia me acordou, ela acabou de sair na verdade. Acredita que ela vai se casar? -Perguntou Anna divertida.

-Eu cruzei com ela lá fora. Bia vai se casar? -A senhora estava tão surpresa quanto Anna. -Confesso que fiquei um pouco supresa com esta notícia. Que tal irmos até a cozinha? Eu preparo um café da manhã para você e assim conversamos mais sobre isso?. -Sugeriu.

-Eu adoraria, Maria. Sério mesmo, más eu fiquei de me encontrar com o advogado daqui à pouco. -Contou. 

-Certo, então vou mandar boas energias para ele trazer boas notícias e o menino Gabriel estar de volta o quanto antes. -Disse a senhora.

-Ele aqui, de volta com a gente é o que eu mais quero. -Contou. -Bom, por ter que ir ver o advogado, não sei se vou chegar à tempo de levar as crianças até a escola...

-Não precisa dizer mais nada, eu as levo sem problemas. -Garantiu. 

-Obrigada, Maria, você é um anjo. -Anna sorriu, beijou a bochecha da senhora e subiu para se aprontar.

....

-Bom dia, Anna. Me desculpe o atraso. -Disse Dr. Charles, o advogado.

Anna estava em um café, em uma mesa do lado de dentro mais afastada das demais.

-Bom dia. -Ela disse. -Está tudo bem, cheguei tem pouco tempo. -Ela se levantou para cumprimentar o senhor de aproximadamente cinquenta e quatro anos de idade.

Após se sentarem, uma garçonete se aproximou para anotar os pedidos.

-Bom dia! Já querem fazer os pedidos? -Ela perguntou com um sorriso no rosto.

-Eu quero um cappuccino. -Disse Anna enquanto a moça anotava.

-Para mim, um café. Quero com adoçante. -Pediu e a moça após anotar, se retirou garantindo que os pedidos não demorariam. -Trago boas notícias. -Ele disse. -Não vai demorar para Gabriel estar livre!.

-Ai é maravilhoso ouvir isso, Dr. Charles. -Anna suspirou aliviada. -Quando ele sai?

-Tudo indica que nos próximos dias, talvez até domingo ele já esteja de volta. Consegui negociar uma boa fiança, ele não deu nenhum tipo de problema desde que fora preso e isso só nos favorece. -Contou.

-Realmente é um grande alívio, eu quero que ele fique livre de tudo isso o quanto antes. -Ela disse.

-Sim, eu entendo. Estou indo atrás de algumas provas de que Gabriel não teve absolutamente nada a ver com a morte de seu ex namorado e assim que eu tiver novidades entro em contato com vocês. -Ele disse. -Quanto ao jugamento, ainda não deram uma data o que também me dá mais um tempo para conseguir provas a favor de Gabriel.

-O senhor está fazendo um ótimo trabalho. -Elogiou. -Espero que consiga o livrar dessa.

....

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