Garcia Central

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Era quarta feira, dia de visita na penitenciária Garcia Central no México.

Anna estava sentada em uma cadeira de frente para uma parede de vidro blindada. De seu lado esquerdo, um telefone era por ele que se comunicaria com o namorado e falando nele, la vinha o mesmo vestido em um uniforme na cor laranja e com as mãos algemadas, era a primeira vez que se viam desde que ele fora preso. Um guarda o acompanhava e fora o mesmo quem o liberou das algemas.

Gabriel sentou-se de frente para Anna na cadeira que estava disponível para ele, o guarda avisou que teriam apenas alguns minutos e se afastou para terem mais privacidade. O casal ficou se encarando um pouco antes de pegarem o telefone.

-Como estão as crianças e você? -Biel fora o primeiro a perguntar.

-Bem, na medida do possível. E você? -Questionou ela sabendo que mesmo se não estivesse ele mentiria para não preocupá-la.

-Estou bem. Já contou para as crianças? -Ele perguntou.

-Que o pai delas está preso? Não, não contei e tenho esperanças de que saia logo e eu não precise contar. -Confessou.

-Estou aqui já tem quase uma semana, uma hora vai ter que contar. -Aconselhou. -Eu não acho que vou sair daqui tão cedo. -Fora sincero.

-Falei com seu advogado ontem, ele quer tentar negociar uma fiança antes que a imprensa fique sabendo que você está aqui. Eu apoio por que ainda falta um tempo antes de levarem seu caso pro júri.  -Contou Anna esperançosa.

-Não, nem pensar! Eu não quero um tostão do meu dinheiro na mão do Estado. -Negou de pronto.

-É o único jeito de sair antes, vai demorar para o seu julgamento. -Anna lembrou.

-Eu disse que não! -Ele aumentou a voz impaciente e logo que viu que a assustou, suspirou pesadamente arrependido  passando a mão que estava apoiada na perna, no rosto. Fora ali que Anna notou um machucado na mesma mão. 

-O que houve com sua mão? -Perguntou a morena e então ele se lembrou de como conseguira uma briga logo no primeiro dia que chegou.

-Amor, olha não quero que se preocupe. Não foi nada demais. -Falou calmo.

-Gabriel, por favor. -Pediu Anna, ele suspirou.

-Eu descobri que ninguém gosta de novatos por aqui e se for conhecido, pior. -Contou. -Sabe que tenho pavio curto, me provocaram por um dia inteiro, eu tentei não me deixar levar más não consegui, desculpe. -Ele pediu. Sabia qual era a opinião da namorada quanto a ele se meter em brigas.

-Você brigou? -Havia medo em seu tom de voz, medo por saber que poderiam ter o machucado feio.

-Briguei. Está tudo bem, eu ganhei uns socos no estômago más me recuperei na solitária. -Contou. E ela fez uma cara de espanto. -Ei, está tudo bem, só passei uma noite por lá e sinceramente? É bem melhor que ficar rodeado por aqueles homens soados nojentos.  -Disse em tom de brincadeira na tentativa de tranquilizá-la.

-Por favor tenta ficar longe de encrenca, eu não sei o que aconteceria comigo se alguém te fizer mal. -Fora sincera.

-Não vai acontecer nada e se te deixa mais tranquila, eu prometo que vou ficar longe de confusões. -Prometera.

-Tempo acabando, só mais dois minutos. -Avisou o guarda caminhando de um lado para o outro.

-Quando vou poder te ver de novo? -Perguntou a morena.

-As visitas são só uma vez por semana, a não ser que seja urgente. Vou pedir uma visita íntima, para a gente conversar melhor sem essa droga de vidro e eu poder te tocar. -Disse e Anna sorriu.

Depois de Você (FINALIZADA)  ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora