Se não fosse ela, seria eu

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(Pov Analú)

-Anda, levanta! -Ouvi uma voz, era distante. Abri meus olhos e aos poucos minha visão turva fora se normalizando. Eu estava sentada no chão encostada na parede, não sei ao certo más acho que perdi a consciência por breves segundos, eu ainda estava no banheiro e na porta alguém caído, era Lorena. Vendo-a ali caída, sem vida me senti aliviada, se não fosse ela seria eu.

-Matou.. matou ela. -Disse ainda em choque me aproximando do corpo. Nate estava exatamente ao lado e ainda segurava a arma.

-Sim e seria você quem estaria morta se eu não chego à tempo. -Respondeu e se abaixou pegando da não de Lorena a arma que ela teria usado em mim.

-Ouviu o motivo da discussão? -Perguntei com receio.

-Não. E não temos tempo para botar o papo em dia, temos que ir. Cadê o pirralho? -Perguntou.

-Para onde vamos?

-Vai descobrir. Enzo! -Chamou.

-Espere. Deixe-me falar com ele antes, não quero que ele veja Lorena. Ele só tem três anos. -Pedi e ele pareceu pensar. -Nate, por favor, o chão está coberto de sangue. -Choraminguei.

-Está bem. -Autorizou, então corri em direção ao quarto, ele veio atrás.

Corri meus olhos pelo quarto e lá estava ele, sentado no chão, em um dos cantos do cômodo. Seus joelhos estavam dobrados e a cabeça baixa entre eles enquanto suas mãos tampava os ouvidos. Ele estava apavorado e meu coração em pedaços, respirei fundo e hesitante me aproximei, não queria assustá-lo ainda mais.

-Meu amor. -O chamei me ajoelhado próximo a ele, o mesmo deu um sobressalto quando minha não tocou seu braço.

-Mamãe! -Ele pareceu aliviado em me ver. -Que barulho foi aquele? Foi muito alto. -Me abraçou.

-Foi só uma coisa que caiu. -Menti e depois de retribuir seu abraço me afastei para olha-lo. -Vamos ter que sair daqui, agora. Quando formos, eu preciso que feche os olhos, tudo bem? -Pedi e ele concordou, deduzo que ainda sem enteder pela carinha confusa que fez.

O peguei no colo e perguntei se tinha feito o que pedi, com uma resposta positiva e o pedido de pressa de Nate, caminhei para fora do quarto com ele logo atrás. Passei por onde estava o corpo de Lorena o mais de pressa que pude e já no andar de baixo, Nate voltou a amarrar nossas mãos, feito isso, nos levou para o carro e logo partimos. 

(Pov Off)

-Aqui, é aqui. Pare! -Gabriel pediu e Bia parou o carro.

-Tudo bem. Vamos entrar de uma vez? -A ruiva perguntou.

-Bia, acho melhor ficar aqui. Pode ser perigoso e não quero botar mais ninguém em risco.

-Não! Nem pensar, eu ficar aqui não é uma opção. É a minha amiga que é como uma irmã parar mim que está la dentro e Enzo que é como se fosse meu sobrinho. -Disse e ele suspirou. 

-Tudo bem, vamos então. -Se deu por vencido e desceu, Bia fez o mesmo.

Os dois caminharam até a pequena casa de dois andares e pararam na porta.

-Está aberta. -Bia disse quando forçou a mesma e a viu se abrir. -Acha que chegamos tarde? -Perguntou.

-Espero que não. -Gabriel respondeu e entrou  na frente usando a arma que roubou do policial como defesa. Bia fez o mesmo com sua pistola. -Fique aqui, vou ver o andar de cima. -Disse após revirar com a ruiva os únicos dois cômodos do andar de baixo.

Depois de Você (FINALIZADA)  ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora