Livre?

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-O que você pensa que está fazendo, vadia!? -Nate gritou irritado, ele era forte e eu parecia não pesar nada quando com facilidade me virou em seu colo de modo que, conseguíssemos fazer contato visual, eu não consegui responder sua pergunta, nem ao menos tive tempo, suas mãos logo foram para meu pescoço apertando ali. -Você está me fazendo perder a paciência, não pense que por gostar de você eu não seja capaz de fazer contigo, o que fiz com Lorena.

-Você não gosta de mim! -Falei com dificuldade. -Isso não é gostar, o que você tem é uma obsessão doentia. -Tossi tentando tirar suas mãos de meu pescoço.

-Que seja. Você é minha, Analú, e se não aceitar isso eu sinto em lhe informar que não será de mais ninguém. -Cuspiu as palavras e senti suas mãos apertarem ainda mais meu pescoço.

-Nate.. -Minha voz saiu baixa, eu varria o chão do carro com uma das mãos enquanto a outra ainda tentava tirar suas mãos de mim. -Por favor.. -Saiu ainda mais baixa. -Me solta..

-O que disse? Desculpe, não consegui te ouvir. -Zombou e então lhe acertei no lado esquerdo do rosto, ele me soltou, salva pela garrafa de cerveja vazia que encontrei, não foi inteligente deixá-la ali.

Assim que me libertei das garras de Nate, pulei para o banco de trás e consegui sair do carro.

-Vadia maltida, eu vou acabar com você! -Ele gritou gemendo de dor, me apressei e corri mato a dentro quando o vi sair apressado do carro.

-Corra, Enzo, corra! -Gritei quando o vi a uns metros à frente, olhando tudo assustado.

Dei uma rápida olhada para trás e vi Nate parar, seu rosto sangrava más não pense que ele estava desistindo, só parou para recarregar a arma com as balas que estavam no bolso que não tive tempo de olhar.

Alcançando Enzo, o peguei nos braços e corri como se nossas vidas dependessem daquilo e de fato, dependiam.

-Mamãe ele está se aproximando. -Enzo avisou. -Corre mamãe, ele está chegando perto. -Se apavorou e eu corri mais.

Meu desespero só aumentou quando ouvi os disparos que Nate começou a fazer. Eu corria tão rápido que eu sentia que a qualquer momento eu teria um colapso, foi então que fui obrigada a parar e fazer uma escolha. Não tinha mais para onde continuar correndo, eu estava diante de um barranco, eu podia pular, não era tão alto, tenha talvez uns doze metros más também tinha algumas pedras e pedaços de trocos de árvore que me faziam repensar.

É isso, o barranco ou Nate, eu precisava fazer uma escolha por mim e principalmente por Enzo.

-Mamãe o que vai fazer? -Enzo me perguntou com receio.

-Você confia em mim? -Perguntei ainda ofegante pela corrida.

-Confio mamãe. -Disse e me abraçou.

-Tudo bem, eu vou fazer uma coisa louca más eu preciso que saiba que é tudo para te proteger, okay? Eu te amo muito. -Disse com as lágrimas já começando a dar as caras.

-Eu também amo você mamãe, não chore. -Pediu.

-Olha só, parece que a vadia não tem mais para onde ir. -Me virei quando ouvi Nate começar a falar, seu rosto ainda sangrava e ele apontava a arma para nós. -Sabe, eu acho que não quero mais vocês vivos, você é muito teimosa, Analú. Eu acho que meu prazer vai ser maior se eu acabar com você ou melhor, com vocês, agora mesmo.

-Vai se foder! -Disse calma e antes que ele pudesse reagir ou dizer mais alguma coisa, protegi Enzo em meus braços e me joguei do barranco, senti dores em diferentes partes do meu corpo, onde algumas das pedras bateram, más ainda estava consciente. Minha única preocupação naquele momento era Enzo, se ele estivesse bem, nada mais importava.

Depois de Você (FINALIZADA)  ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora