Depois de Você (FINALIZADA) ✔

"O Julgamento" parte 2

-Bom dia. -O senhor cumprimentou o tribunal e ficou de pé ajeitando o seu terno. -Nathaniel Buzolic esteve internado em um hospital no Canadá e faleceu dias depois enquanto ainda estava internado. Coincidentemente, Analú Herrera atual namorada do réu e ex namorada da vítima, também esteve internada neste mesmo hospital e no mesmo período. Sendo assim, o réu em questão estava sempre por perto e no dia em que ocorreu a morte da vítima, ele esteve lá e isso não seria nada fora do comum se ele não tivesse entrado no leito da vítima minutos antes de ser constatada à sua morte. E eu tenho como provar o que estou dizendo, o hospital em que aconteceu o crime não tem muita verba e são poucas as câmeras que ali ainda funcionam, más por sorte, a câmera do corredor do quarto da vítima estava funcionando no dia do crime. -Ele disse pegando em sua pasta preta alguns papéis. -As imagens que eu vou entregar à vocês agora são nada menos do que as provas de que o réu esteve de fato no quarto da vítima no dia de seu assassinato. -Disse o senhor entregando imagens impressas com imagens da câmera de segurança do hospital com data e horário que de fato, batiam com o horário de morte de Nate e nessas imagens tinha Gabriel entrando e saindo do quarto.

-Com a palavra agora à defesa. -Autorizou o juíz.

-Bom dia a todos. -O advogado de Gabriel cumprimentou a todos de modo geral se levantando. -Meu cliente sim, esteve de fato no leito de Nathaniel Buzolic no dia em que ele veio a óbito, más ele não tem absolutamente nada a ver com sua morte. Pois bem, meu colega promotor tem provas de que Gabriel entra no leito de Nathaniel más isso não prova nada além de que ele somente esteve lá e mais nada. Meu cliente tem família, uma carreira musical reconhecida mundialmente e fãs. Ele jamais arriscaria perder tudo isso matando alguém que no momento estava impossibilitado de lhe causar algum mal, já que a saúde do senhor em questão estava tão debilitada que até os próprios médicos que o atenderam, achavam que dificilmente ele sairia com vida do hospital e fora o que de fato não aconteceu.

-Protesto, meritíssimo. O advogado do réu está desenhando justificativas e enovelando a desgraça. -Acusou o promotor.

-Protesto negado. Prossiga à defesa. -Autorizou o juíz.

-Como eu dizia anteriormente, apesar de ter fortes motivos meu cliente jamais cometeria tal feito uma vez que a vítima já estava a beira de sua morte.-Conclui.

-Protesto, meritíssimo. O ilustre colega tenta agora banalizar o crime, tirando toda a sua gravidade. Peço meritíssimo que aceite meu protesto. -Tentou mais uma vez o outro.

-Protesto aceito. Dr, limite-se aos fatos e argumentos sem a generalização inconveniente. -Disse o juíz.

-Meritíssimo, por ora dou me por satisfeito e voltarei a me manifestar após ouvir a primeira testemunha. -Disse a defesa de Gabriel.

-Com a palavra excelentíssimo senhor promotor. -Disse o juíz. -O acusado poderá replicar e a defesa poderá treplicar, sendo admitido a reinquirição da testemunha já ouvida em plenário. O tempo destinado a acusação e a defesa será de uma hora e meia para cada, e de uma hora para a réplica e outro tanto para a tréplica. Durante o julgamento não será permitido a leitura de documento ou a exibição de objeto que não tiver sido juntado aos autos com antecedência mínima de três dias úteis, dando-se ciência a outra parte. -Concluiu.

-Senhores, nada justifica um assassinato. O homem oprimido tem a vontade de exterminar o opressor, "antes ele do que eu." Pensa o oprimido. Más não podemos ser coniventes com tais crimes, não podemos concordar com essas barbaridades ou o número de crimes terá um considerável aumento, volto a repetir: nada justifica um assassinato e devemos punir aquele que tira a vida de outra pessoa. -Disse o promotor.

-Protesto meritíssimo. A acusação agora se vale da generalização, há crimes e há atenuantes. -Disse o advogado de defesa.

-Protesto negado, continue a promotoria. -Autorizou o juíz.