Henry desde pequeno sempre sonhou em se aventurar pelo mundo afora, anotou em seu caderninho de planos todos seus sonhos para quando pudesse partir e seguir seu destino tudo estivesse de acordo com o que sempre planejou.
Sempre calculista e nada pod...
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No final da aula os meninos decidiram ir para quadra jogar basquete e eu aceitei ir com a condição de que não iria jogar, eu era péssimo jogando basquete ou fazendo qualquer tipo de exercício físico, então iria apenas assistir o jogo, eles não insistiram e apenas aceitaram as condições. Os dois mais novos andavam na frente enquanto conversavam animados. Eu apenas sorria, não conseguia evitar sorrir vendo aqueles dois. Poderia igualar a mentalidade deles com a de uma criança de seis anos.
A quadra não ficava tão longe da escola, ela também ficava de frente para um parque, que mesmo sem nunca ter entrado nele, parecia ser bastante agradável, enquanto eles se aqueciam para jogar eu me sentei em um banco que tinha de frente ao parque. Peguei uma folha branca e comecei a desenhar a paisagem daquele lugar, eu não era nenhum desenhista profissional, mas gostava, e me relaxava fazer aquilo.
Alternava meu olhar várias vezes entre a folha onde desenhava e o parque a minha frente, ao voltar meu olhar para o parque acabei por encontrar um par de olhos castanhos claros, fiquei um longo período de tempo o observando, estava com a impressão de que já havia o visto antes, mas não conseguia me lembrar de onde o conhecia, até ele abrir aquele sorriso que me trazia uma sensação estranha.
Quando me lembrei de que era o garoto do café, desviei meus olhos rapidamente para a folha a minha frente e voltei a desenhar, quando ergui meu olhar para o parque novamente o garoto já não estava mais ali, suspirei soltando os ombros e continuei a desenhar. Mas minha atenção se desviou do desenho quando escutei um barulho de câmera, levantei a cabeça e meus olhos buscavam de onde vinha aquele som.
O garoto estava ali na minha frente, segurando uma câmera fotográfica, tinha um meio sorriso nos lábios enquanto olhava a foto que acabou de tirar, e se aproximava lentamente do banco se sentando ao meu lado como se fôssemos próximos. Eu observava cada movimento dele com um ponto de interrogação no meio da minha cara, que eu podia julgar estar bem visível.
─ O dia está muito refrescante hoje, você não acha? - Ele dizia gentilmente olhando para frente, parecia prestar atenção em cada pessoa que passava por ali. ─ Me desculpe não me apresentei antes, sou Julian.
─ O que você está fazendo? - O olhava aturdido, tentando entender o que ele estava fazendo. Aquele garoto estranho tinha tirado uma foto minha? Ele estava louco, sim completamente louco.
─ Eu? Estou tirando fotos, por quê? - Eu não tinha problemas em tirar fotos, mas ser alvo de alguém que eu não conheço não me agradava muito, ele tinha uma tranquilidade em suas palavras, como se fosse normal sair tirando fotos de qualquer um.
─ E só que, você tirou uma foto minha? - Soltava um sorriso irônico e um tanto irritado.
─ Sim, eu tirei uma foto sua e ficou muito boa, olha aqui - Ele levantava a câmera com seu olhar sereno e a aproxima do meu rosto, e eu empurrei sua mão de volta.
