O idiota do ano

102 25 79
                                    

Já tinha perdido a conta de quantas vezes tinha ajudado ele a se levantar aquela noite, minha barriga toda doía de tanto rir, e eu gostava de ver seu beicinho de quem estava frustrado, estendi minha mão para que ele pudesse se levantar e o segurei...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Já tinha perdido a conta de quantas vezes tinha ajudado ele a se levantar aquela noite, minha barriga toda doía de tanto rir, e eu gostava de ver seu beicinho de quem estava frustrado, estendi minha mão para que ele pudesse se levantar e o segurei bem perto de mim, seu rosto estava suando e algumas gotas de suor escorriam pela sua testa e pescoço, não pude deixar de notar que ele era bonito, notando minha classe de pensamento sacudi a cabeça brevemente e foquei em sua posição. Abaixei-me um pouco tentando curvar minimamente seus joelhos e me levantei novamente.

─ Mantenha seus joelhos assim, e sempre olhe para frente, não olhe para os patins, a luz que reflete pode te deixar tonto ─ Ele concordou balançando a cabeça, então continuei. ─ E tente relaxar mais um pouco, vamos fazer assim ─ Segurei sua mão e passei meu braço por sua cintura e comecei a puxa-lo lentamente enquanto ele deslizava inseguro sobre o gelo.

Mas aos poucos ele começou a ter confiança e quase já patinava por conta própria, então soltei sua mão e me afastei, assim que o fiz pude notar seu rosto assustado, mas não durou muito tempo e logo mudou para um sorriso satisfeito que tomava conta de seu rosto, andou mais alguns metros com os joelhos um pouco mais arqueados e seus braços abertos para se equilibrar, ele estava indo bem.

─ Henry! Eu estou patinando, isso é tão... ─ Antes que pudesse terminar sua frase ele escorregou e caiu de costas no gelo causando um barulho alto. Dessa vez eu não ri, deslizei no gelo o mais rápido que pude me ajoelhando perto dele e pude ver seus olhos fechados e com uma expressão de dor no rosto.

─ Você está bem? ─ O toquei no rosto, mas não veio nenhuma resposta, então toquei em seu ombro e o apertei levemente preocupado. ─ Sente alguma dor?

─Eu estou bem, doeu apenas um pouco ─ Ele abriu os olhos e sorriu minimamente.

─ Acha que precisa ir ao hospital fazer um check-up? ─ Falo já me preparando para levantar.

─ Henry ─ Sinto-o segurar meu pulso, me fazendo encara-lo novamente. ─ meu nome é Julian ─ Seus olhos insistentes buscaram os meus sem desviar, me deixando desconfortável com sua atitude ─ Quero que me chame pelo meu nome ─ Sua mão se afrouxa do meu pulso e ele tenta se levantar com dificuldade, mas eu o ajudo e o levo para a saída do rinque.

De certa forma me senti melhor quando ele disse seu nome novamente, talvez ele pudesse ler mentes ou sei lá o que, mas dessa vez eu certamente não me esqueceria.

Julian me esperou enquanto eu fechava o centro de patinação, assim que terminamos nós saímos juntos ele chateado dizia que patinar não era tão fácil, mas que com um pouco mais de pratica ele seria o melhor patinador, eu ri discordando dizendo que nunca seria melhor do que eu, ele me empurrou e me chamou de convencido, eu disse que apenas dizia a realidade. Caminhamos juntos por um tempo, por morarmos em direções opostas tivemos que nos despedir. E seguimos nosso próprio caminho.

Um lugar Para o Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora