Henry desde pequeno sempre sonhou em se aventurar pelo mundo afora, anotou em seu caderninho de planos todos seus sonhos para quando pudesse partir e seguir seu destino tudo estivesse de acordo com o que sempre planejou.
Sempre calculista e nada pod...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Era finalmente sexta-feira, e hoje eu não trabalhava no café, era o dia em que eu ficaria na loja da pista de patinação. Archie tinha acabado de chegar com uma garota que eu não conhecia, eu sorri quando o vi e nos cumprimentamos, ele segurava a mão da garota que parecia estar animada por estar ali, então ele me pediu duas fichas, e eu entreguei para ele os patins e os acessórios de segurança e explicando as instruções de uso dos protetores.
Estava sentado com os cotovelos apoiados em cima do balcão, eu olhava as pessoas rindo e se divertindo enquanto patinavam. Era nove e cinco da noite quando eu vi o garoto da câmera entrar no café, fiquei observando e percebi que ele não demorou tanto tempo lá dentro e saiu uns cinco minutos depois, ele olhava ao redor e parecia procurar por algo ou alguém.
Ele se virou para a loja onde eu estava e eu pude nota-lo sorrindo, mas espera. Sorrindo? Mas porque ele sorriria ao me encontrar? Eu o encarava confuso sem tirar meus olhos dele enquanto ele caminhava até a entrada do estúdio de patinação.
─ Eu não sabia que você trabalhava aqui também, Henry – Ele sorria pequeno e eu o encarava ainda mais confuso. Desde quando ele achava que éramos próximos?
─ Como você sabe o meu nome? ─ Pude vê-lo sorrir ainda mais, me trazendo aquela sensação irritante que tinha sempre que ele aparecia em minha frente. Então ele apontou com a cabeça mostrando o crachá em minha camisa.
─ Eu não sou nenhum tipo de vidente ─ Ele dizia em um tom irônico e apoiou os cotovelos em cima do balcão me encarando, da mesma forma que eu estava.
Soltei o bocejo falso e decide por fim ignora-lo, voltei meu olhar para a pista e pude ver o Archie brincando com a garota que por um descuido caiu, a cena foi muito engraçada e eu não pude conter uma risada. Parei de rir quando um certo garoto baixinho e totalmente insolente parou em minha frente tomando minha atenção, ele estava com os braços cruzados e torcia os lábios.
─ Você deveria sorrir mais Henry, seu sorriso é lindo.
─ Você acha que eu não sei disso? – Sorri novamente, e então pude vê-lo sorrir ainda mais fazendo com que seus olhos se transformassem em pequenas meias luas, ele parecia muito infantil sorrindo daquela forma, e em meio a minha insanidade mental, por alguns milésimos de segundos eu o achei fofo. Eu estava enlouquecendo por achar que ele sorrindo era adorável, coloquei a culpa no sono em que eu sentia, quando estava com sono, ah! eu não podia raciocinar bem.
─ Henry, você sabe fazer isso? ─ Ele apontava com o indicador as pessoas que patinava. – Patinar no gelo? Você sabe?
─ Eu sei, você não sabe? – O pequeno garoto apenas apertou seus lábios os friccionando e balançou a cabeça negativamente.
─ Você me ensina a fazer isso? ─ Eu ri alto pela pergunta idiota e me aproximei do rosto dele, enquanto esticava mais o meu corpo em cima do balcão, de perto pude perceber sua pele pálida em contraste suas bochechas rosadas. Seus olhos se arregalaram e sua boca entreabriu, talvez surpreso pela minha aproximação repentina.
