Sonhos... Reais.

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Cheguei em casa, corri para meu quarto e percebi que estava estampado no meu rosto a minha felicidade, apenas um burro não perceberia.

Tirei a camisa e o colar, com medo de dormir e arrebentar o meu mais novo e precioso presente enquanto durmo, já que me disseram que mexo demais enquanto durmo. Não, não tem como mexer desta forma quando se está em coma.

Deitei na cama da festa forma e tentei dormir, senti preguiça de pegar meu pijama, e vi que com calça e meia já estava confortável para dormir. Me cobri e fechei os olhos, mas o sono, ansiedade somados aos cansaço não é muito bom, pois não conseguia dormir. Depois de horas, enfim consegui dormir.

Um sonho estranho, como se eu estivesse em coma novamente me rodeada e escutava vozes. Era Curtis e a minha mãe falando um pouco sobre mim, e nossa, tem coisas que nem eu sabia. Mas foi apenas um sonho, nada que incomode de verdade.

O dia amanheceu, fui acordado para ir à escola, e no caminho da escola não hesitei contar sobre o sonho.

- Nossa mãe, sonhei essa noite que estava em coma novamente, e a senhora conversava com o Curtis sobre a senhora ter perdido as esperanças de que eu acordasse mandando desligar meus aparelhos, mas Curtis não deixou.

O carro quase perdeu o controle e ela esbugalhou os olhos.

- F-Filho, em casa conversamos.

Tremi, tremi de verdade sobre isso. Eu deveria estar morto agora? Será que Curtis já me amava desde a época que nos conhecemos?

Cheguei na escola e Curtis já estava me esperando na porta. Milagre ele ter chegado cedo.

- Tchau mãe. - disse com a voz trêmula.

- Tchau Sra. Morris.

- Meu amor! - dizia Curtis partindo para um abraço.

- Eu deveria estar morto, não é? - disse quase chorando.

- C-Como assim?

- Mamãe ia desligar meus aparelhos?

- Como você sabe?

- Eu tive um sonho e ela acabou meio que confirmando isso quando contei o sonho para ela, e você me salvou. - Abracei Curtis, chorando.

- Prefere que eu te conte, ou que ela te conte? - retribuía o abraço.

- Ela.

Curtis me afastou limpando as lágrimas.

- Calma. - disse ele acariciando meu cabelo. - você está aqui, isso que importa.

Passei a aula inteira em uma espécie de estado de choque. Eu deveria estar morto agora. Não deveria ter descoberto esse lado da.vida. Não deveria estar aqui, com meus novos amigos. Isso é deprimente, mas vou querer saber o motivo.

- Alunos! parece que temos uma aluna de intercâmbio.

O espetor sussurrou na fresta da porta que eram duas e não uma.

- Desculpem-me, são duas meninas de intercâmbio. Entrem por favor.

Eram duas asiáticas. Uma com um pequeno emblema da Coréia do Sul no peito e a outra com o emblema do Japão.

- Podem se apresentar.

- Annyeonghaseyo! No meu país, isso significa " Olá " , sendo breve. Me chamo Hwang Chae-Rin, mas podem me chamar de Rin se quiserem.

- Ohayou Gozaimasu. Isso é " Bom dia" no Japão. Me chamo Kurabone Kirika, mas me chamem de Kirika apenas.

Claramente dava para perceber que a Rin era mais simpática e feliz por estar ali que a Kirika.

- Kirika, Rin, tem duas carteiras vazias, podem se sentar ali.

- Obrigada. - disseram em dupla.

Calvin, como um cara simpático, foi puxar assunto com Rin e Kirika, mostrando entusiasmo ao conhecer pessoas de fora.

- Calvin já está sendo comunicativo, como de costume. - disse olhando para elas.

- Sim, ele é uma pessoa muito simpática. Não men lembro dele destratando ninguém, apenas a Stacy naquele dia.

- Sim, ele é um fofo.

Recebi um olhar mortal de Curtis.

- O-O-O que foi?

- Haha, agora sabe como é ser intimidado pelo ciúme.

- Idiota. - disse rindo.

Incrível como ele tinha o poder de melhorar meu dia, mas não muda o fato.

Após à aula Curtis ficou esperando do lado de fora da escola comigo minha mãe chegar para me buscar.

- Então... - disse Curtis tentando puxar assunto.

- O quê?

- Não fique mal pelo o que sua mãe dirá. Era só uma pressão que ela sofreu. Não fique nervoso também, não foi nada demais.

- Ok, tentarei.

Minha mãe chegou, me despedi de Curtis com um abraço e entrei no carro.

Assim que chegamos em casa, logo perguntei à ela.

- Agora você pode me contar?

- Sim, filho. dizia ela suspirando. - Os médicos disseram que as chances de você acordar eram quase nulas, pois pela pancada que você recebeu, no máximo 3 semanas você acordaria. Mas se passou 1 ano e eu queria aliviar sua dor, mas Curtis foi persistente e não deixou e a esperança dele te fez acordar.

- E aliviar seria... Me matar logo?

- Exatamente.

Estive surpreso e em estado de choque. Curtis disse que não era nada demais, e comparando bem, não era mesmo, pois foi culpa minha não ter despertado antes, mas ainda fico mal por isso.

- Ok, posso ir para meu quarto, tenho lições.

- Filho...

- Depois venho jantar.

- Corri para meu quarto e me joguei na cama. Acabou que caí no sono sem perceber.

Golden Boys (Em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora