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Mais um, era para ter saído todos na sexta, mas não consegui. Esse capitulo é mais para mostrar a passagem do tempo.

CINCO ANOS DEPOIS...

Cinco anos para alguns é bastante tempo.

Para outros se tornam insuficiente.

E para Inês parecia uma tortura sem fim, viveu tudo que se pode imaginar ao lado de Victoriano, ou melhor, mentiram para todos ao seu redor que eram felizes, mas na verdade nunca foram e pelo modo como conviviam dentro de casa, seria impossível. Inês não demorou muito tempo para perceber que o que sempre sentiu por Victoriano era amor, tentou demonstrar, se aproximar, mas a cada tentativa vinha a frustração e a amargura era o único que os cercava quando estavam sozinhos.

Victoriano acreditava fielmente que nunca poderia ter o amor de Inês, nem mesmo sua amizade era de valia para ele e tudo isso acontecia por não deixar que a amiga se aproximasse novamente, que chegasse até seu coração. Nada o fazia entender que realmente poderiam ter um futuro lindo juntos e resolveu se afundar no trabalho. Victoriano manteve sua palavra, cuidava de sua família, aguentava calado as ofensas de Roger que mesmo depois de cinco anos ainda o odiava por ter engravidado sua filha.

Aos 23 anos não esperava ter tanta responsabilidade, achou que a essa altura estaria saindo da faculdade, arrumaria uma fazenda para cuidar e seguiria feliz ao lado de seus amigos e familiares, mas ao contrario de tudo que pensou, estava preso a um casamento fracassado e o único que iluminava seus dias era a pequena Victória, sua filha. A pequena Victória o conquistou desde a primeira mexidinha na barriga de Inês e quando a teve em seus braços, seu coração entendeu que tudo valeria a pena se mantivesse seus olhos na garotinha de olhos verdes.

Quando receberam a fazenda, decidiram que construiriam um haras, terminaram a faculdade, dedicaram seus dias a crescer e em cinco anos prosperavam na vida profissional, menos onde realmente desejavam. Laura e Valentina seguiram apoiando os filhos, sempre que precisavam de colo era a elas que eles recorriam, Inês era quem mais pedia colo ao perceber que nada que fizesse faria com que Victoriano a olhasse como mulher novamente, mas o único que ele estava fazendo era proteger seu coração de mais uma decepção.

E não estava errado diante do passado que sempre reviviam ao deitar na mesma cama, uma cama fria e ao mesmo tempo cheia de sentimentos escondidos.

(...)

AGORA...

Era mais um dia de promessas não cumpridas.

Mais uma vez Victoriano prometera almoçar com Inês e não cumprira com sua palavra mais uma vez era deixada por qualquer assunto que ele julgava mais importante que sua esposa. Inês deixou o guardanapo de lado, levantou sentindo-se decepcionada, pensou em ir atrás dele, gritar e quem sabe assim ele a ouviria, mas resolveu que o melhor a se fazer era ir para qualquer lugar bem longe dele.

Inês saiu de casa depois passar por seu quarto, colocou o chapéu em sua cabeça, arrumou a bolsa, parou ao ver uma caminhonete se aproximar e seu sorriso foi o mais lindo ao ver quem chegava.

— Meu Deus, eu não acredito nisso! — Inês gritou, desceu os cinco degraus correndo e a agarrou pelo pescoço. — Você voltou.

Cristina abriu seu mais lindo sorriso, apertou a amiga em seus braços e a beijou. Cinco longos anos longe da cidade e agora chegava para ficar.

— Eu não aguentava mais ficar longe de vocês. — Cristina a soltou com o sorriso ainda em seu rosto e a olhou. — Está maravilhosa.

— Um filho é capaz de fazer milagres. — brincou, mas não era mentira, estava bem encorpada depois do parto. — Voltou para ficar?

POR VOCÊ - IyVOnde histórias criam vida. Descubra agora