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Bom diaaaa, bom sábado a todas! Perdão pela demora, mas tive lançamento do meu livro lésbico essa semana na Amazon, vou deixar o link no meu perfil pra se alguma de vocês quiserem me da uma moral.

Boa leitura.


— E agora?

— Agora é você quem tem que me dizer se quer seguir aqui comigo ou se acabou!

Victoriano afastou-se de sua esposa, encheu mais uma vez o copo e se manteve em silêncio por tempo suficiente para fazer o coração de Inês doer, seu casamento tinha acabado ali. Victoriano não tinha noção do quanto seu silêncio era perturbador, ele tinha tratado ela assim por cinco anos, sempre que perguntava ou queria conversar, era assim que ele a punia.

— Por cinco anos seu silêncio me maltratou, mas eu não o suporto e também entendo que precisa de um tempo para pensar. — caminhou para a porta mesmo querendo ficar. — Vou estar com nossa filha e espero sua resposta.

Inês o olhou mais uma vez, Victoriano continuava de costas com seus dilemas, não virou e assim ouviu a porta bater o separando de sua esposa. Inês procurou pela filha que estava com Cristina e Frederico brincando na grama, Victória quando viu a mãe, correu até ela e ganhou o colo que tanto queria.

— Mamãezinha. — a beijou muito e Inês sorriu a abraçando.

— Estou aqui minha princesa. — se segurou para não chorar.

Cristina se aproximou da amiga, passou a mão por seu ombro e sentiu seu corpo tremer por segurar o choro.

— Quer conversar? — Cristina sussurrou.

— Não consigo. — limpou a lágrima antes que a filha visse.

Vick estava deitada em seu ombro, tinha uma mecha de seu cabelo entre os dedos e enrolava preguiçosamente.

— Se precisar sabe que estaremos por perto. — avisou e Frederico se aproximou delas.

— Quer que eu vá conversar com ele? — era um bom homem.

— Ele não vai falar, tem a estranha mania de se fechar. — Inês suspirou. — É melhor deixar que fique sozinho e reflita o que vai ser de nos de agora para frente.

— Quer que Vick fique com a gente para vocês tentarem conversar depois? — Cristina se ofereceu.

— Não, se a tirar daqui tenho certeza que vai chorar e não a quero sofrendo. — beijou a bochecha da amiga. — Obrigada por terem ficado com ela.

— Essa gatinha é adorável e podemos ficar com ela o tempo que precisarem. — Cristina beijou a afilhada que sorriu e Frederico fez o mesmo arrancando uma gargalhada da pequena. — Vamos amor.

— Passa pela cozinha e leva a sobremesa, você vai adorar.

Cristina concordou, beijou mais uma vez a amiga assim como Frederico e então mãe e filha ficaram sozinhas. Inês ficou mais um tempo ali olhando para o nada, entrou, foi direto para o quarto da filha, trocou sua roupa e foi para seu quarto. Victoriano estava no escritório ainda, sentado no sofá olhando para o teto, parecia que nunca conseguiria ser feliz com Inês, respirou fundo brigando com seus próprios sentimentos, queria ir até a esposa, conversar, mas estava com medo de estragar tudo e ter que ir embora.

Então achou melhor ficar ali por um tempo e Inês no quarto adormeceu com a filha grudada em seu corpo.

(...)

MAIS TARDE...

Já era noite quando ela despertou e não viu a filha ao seu lado, a buscou com os olhos e deduziu que ela estivesse com Victoriano e se levantou indo para o banho, no corpo tinha uma dor estranha e achou que com a água pudesse melhorar. Ficou ali por longos minutos e quando saiu secando seus cabelos e enrolada em seu roupão deu de cara com seu marido.

POR VOCÊ - IyVOnde histórias criam vida. Descubra agora