13

715 83 111
                                    

É o fim de algo que nem começou?

Victoriano não sabia nem por onde começar a procurar, mas resolveu começar pelo obvio. A casa de seus sogros. Chegou a casa deles em tempo recorde, desceu já gritando pelo nome da esposa e Laura assim como Roger apareceram no topo da escada para entender todo aquele escândalo.

— Cadê a minha esposa? — Victoriano gritou com os dois.

— Se você que é o marido não sabe... Imagino, eu que sou só o pai dela. — Roger não iria facilitar para ele.

— Não teste a minha paciência. — não se importou de gritar.

— Abaixe o tom pra falar dentro da minha casa. — Roger o repreendeu e desceu as escadas parando em sua frente.

— Pare já os dois com isso. — Laura desceu rapidamente e parou entre eles, não era momento para brigas. — Inês não está aqui e muito menos avisou que viria. — olhou para Victoriano.

— Como não está aqui? — ofegou. — Ela sumiu com minha filha. — se desesperou.

— Algo de muito errado você fez para que ela tomasse essa atitude. — Roger o provocou mais um pouco. — Pensando bem, já faz algum tempo que não vejo minha filha feliz e se foi embora eu vou apoiar.

— Cale a boca! Você não sabe o que diz. — Victoriano apontou o dedo para ele. — Ela é minha mulher e a gente se ama.

— Victoriano, você bebeu? — Laura tocou o ombro dele. — Vou preparar um café pra você e enquanto isso me conta o que aconteceu. — o puxou pelo braço para irem até a cozinha e olhou feio para o marido que entendeu que não era para acompanhá-los.

Roger só esperou que eles sumissem pelo corredor para correr até o telefone, discou para Inês que o atendeu no segundo toque e conversaram durante alguns minutos deixando o mais velho satisfeito, subiu para o quarto e ficou a espera da esposa. Victoriano sentou na cadeira, passou as mãos no cabelo, sentiu o olhar de sua sogra em si e Laura respirou fundo sabendo que o casamento deles não era fácil desde o começo.

— O que aconteceu? — Laura perguntou enquanto pegava as coisas para preparar o café.

— Eu... — estava envergonhado. — Eu esqueci o aniversario de casamento e o jantar que prometi estar em casa... — olhou a sogra.

— E onde é que ela está? — se aproximou e deixou o café ser preparado sozinho.

— Eu não sei... Eu pensei que ela estaria aqui, mas seu marido me deixou bem claro que não. — abaixou os olhos. — Eu me empolguei no bar e...

— Esqueceu de dar prioridade a sua família. — completou para ele. — Por que se mantém nesse casamento se não é feliz, Victoriano? — o olhava bem seria. — Não percebe que vocês só vão continuar sofrendo assim?

Queria ser capaz de refutar as palavras de sua sogra, mas não era capaz.

— Vão continuar sofrendo e dividindo a mesma cama sem ter nada em comum? — ele a olhou de imediato. — Minha filha nunca me escondeu nada, nada que acontece entre vocês dois e é por isso que me sinto na obrigação de dizer que vocês precisam se resolver ou é Victória quem vai acabar machucada no meio de tudo isso.

— Eu amo a minha filha e não faria nada para magoá-la. — a respondeu de imediato.

— Victoriano, minha neta já tem seu sobrenome e se foi somente por isso que se casou com Inês, já está na hora de vocês seguirem em frente.

— Eu não vou me separar! — nunca faria isso. — Não vou ficar longe da minha filha.

— Victória nunca vai estar longe de você, mas o que adianta uma união onde só há lagrimas e rancor? — suspirou. — Você a perdoou?

POR VOCÊ - IyVOnde histórias criam vida. Descubra agora