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Olá, não é sempre, mas acaba acontecendo de sair um capituluzin assim do nada!!!

Segurem os forninhos que tá babado esse capitulo.

— O que você quer de mim, Inês? — Victoriano foi sincero, estava tão cansado, tão machucado por tudo que despejaram um no outro.

— Eu só queria que você percebesse o que estou tentando de mostrar a anos. — soluçou. — Eu só queria que você percebesse que eu te amo e não tenho olhos para ninguém além de você.

Victoriano parecia ter perdido o chão embaixo de seus pés, não sabia mais como respirar, não parecia verdade o que acabava de ouvir, tanto tempo, tanto tempo em que ele esperou para ouvi-la se declarar, queria que tivesse sido ainda no colégio, mas não tinha conseguido mais que sua amizade e agora Inês estava parada em sua frente com os olhos cheios de lagrimas declarando seu amor. Inês o olhava com o coração acelerado, guardava por tanto tempo o amor por ele que já não tinha esperanças de que ele ouvisse algum dia ou que pudessem viver e isso a fez chorar mais.

— Acredito que seja tarde para qualquer sentimento entre nós dois, mas se vamos terminar esse casamento, eu precisava que soubesse de tudo. — passou a mão no rosto para limpar as lágrimas. — Eu não aguentava mais sufocar esse sentimento e queria que as coisas fossem diferentes, mas você nunca vai conseguir me perdoar.

Victoriano parecia em outra dimensão, estava tão absorvido por suas palavras que não percebeu que seu silêncio era interpretado errado, mas também como poderia ser diferente? Inês estava em sua frente se declarando depois de palavras tão duras que ele perdeu o rumo. Inês entendeu que ele não falaria nada, caminhou para deixar o quarto e foi quando ele reagiu, a segurou com o braço e a trouxe para frente de seu corpo, não falaria nada, não se machucariam mais e antes que ela protestasse seus lábios se juntaram aos dela.

Inês chorou mais, cinco anos haviam se passado desde que o beijou pela primeira vez, cinco anos que tanta coisa aconteceu para separá-los que agora que finalmente o tinha novamente em seus braços se sentia nas nuvens, levou suas mãos ao rosto dele e deixou que a língua de Victoriano a invadisse. O beijo era intenso, melhor que o primeiro e, Inês o abraçou pelo pescoço ficando na ponta dos pés, o amava e o amaria para sempre.

— Eu te amo... — Inês declarou mais uma vez assim que o beijo cessou.

Victoriano tinha uma mão no pescoço de Inês e a outra a prendia pela cintura para que não se afastasse. A amava tanto que ao beijá-la sentiu que seu amor era ainda maior do que há cinco anos. Victoriano tinha se fechado por não perceber nenhum sinal em Inês que o fizesse insistir naquele casamento, estava se protegendo e acabou por magoar ainda mais os dois com seu jeito rude.

Estavam imersos um nos olhos do outro e quando ele resolveu falar, ouviram batidas na porta e uma Vick afobada querendo entrar. Victoriano riu porque a filha não deixaria de bater enquanto não abrissem e Inês se afastou com o coração acelerado, eram tantas questões naquele casamento que o silêncio dele depois de tantas coisas ditas, a deixa sem saber como agir, não sabia se ficava esperando para conversarem novamente ou se começava a arrumar sua mala para ir embora.

Inês tinha se declarado para ele, aberto seu coração e ele simplesmente a respondeu com um beijo, mas o que isso significava? As engrenagens de seu cérebro começavam a trabalhar em varias alternativas, mas poderia acreditar que o beijo era a resposta para tudo ou era só um momento de euforia? Nenhuma de suas perguntas seriam respondidas naquele momento, Vick queria a atenção do pai e seu sorriso era mais importante que tudo.

— Papai, vamu no cavalinho. — falou com os olhos brilhando não podendo ser negado nada a ela daquele modo. — Vamo?

Victoriano olhou para Inês que já tinha secado o rosto para não assustar a filha, não queria uma cena como a do quarto mais cedo, se perguntou naquele instante se ela não ficaria chateada dele ir com a filha passear, estavam conversando... Beijando-se depois de tanto tempo que não queria ir, mas Vick queria sua atenção e ele a dela depois de dias sem vê-la.

POR VOCÊ - IyVOnde histórias criam vida. Descubra agora