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Já já entra a nova fase. Beijos.

Já fazia uma semana que Victoriano estava fora de casa, toda manhã ele estacionava a caminhonete em frente a sua casa, entrava, cumprimentava Inês com um beijo no rosto e a atenção era toda da filha até que fosse para a escola e então cada um ia para um lado cuidar do haras. No final da tarde era a mesma rotina, Vick sorria largamente ao ver o pai entrar em casa, passavam horas juntos, jantavam e quando a pequena dormia exausta de tanto brincar. Victoriano olhava para Inês, queria beijá-la, levá-la para o quarto e fazer amor, porem só a beijava na bochecha a fazendo suspirar e ia embora.

Inês passou todos aqueles dias suspirando por seu amor, demonstravam a saudade no olhar sempre que se encontravam ou estavam trabalhando juntos, entretanto sabiam que o espaço, o tempo seria o melhor amigo deles. Se fosse por Victoriano, ele a teria chamado para sair na noite seguinte que deixou sua casa, mas Valentina o aconselhou a esperar e assim o fazia a uma maldita semana. Cristina aproveitou aqueles dias para conversar com ambos os amigos, compreendia a decisão de Inês e esperava que a separação não durasse tanto, aproveitou os dias para começar a comprar as coisas para o bebê e ainda não estava segura de querer se casar com Frederico só por estar grávida.

Era sexta-feira, Inês cavalgava ao redor da fazenda, estava pensativa, cheia de saudades dos beijos de Victoriano, queria ir até ele e chamá-lo para jantar, entretanto não sabia se deveria, cavalgou mais um pouco e quando se deu conta, estava próximo ao redondel onde o esposo domava um cavalo sem camisa. Inês estreitou os olhos ao ver Natasha pendurada, completamente concentrada em seu marido, aproximou mais, desceu do cavalo e ganhou a atenção da jovem.

— Você não tem mais o que fazer? — foi seca.

— Boa tarde, senhora Inês. — Sorriu. — Estou aprendendo, Victoriano é o melhor. — sorriu largamente.

Inês semicerrou os olhos a medindo de cima a baixo, um jeans apertado, uma regata branca e sem sutiã... a sobrancelha se ergueu ao voltar os olhos aos dela.

— Saia daqui. — era uma ordem.

— Mas...

— Acho bom ir cumprir suas obrigações ou amanhã não precisa nem vir trabalhar. — falou bem seria e a garota arregalou os olhos.

Natasha pensou em retrucar, mas era melhor garantir seu trabalho, pulou firmando os dois pés no chão e praticamente saiu correndo. Inês olhou para Victoriano que continuava concentrado na doma do cavalo, suspirou, ao ver os músculos de suas costas bem definidos.

— Não cansa de ficar se exibindo pra essa garota? — Inês chamou sua atenção.

Victoriano virou o rosto por um instante e voltou sua atenção ao cavalo, laçou o mesmo e entregou para seu ajudante que estava na saída do redondel e foi até a esposa.

— O que disse? — pulou e parou na frente dela.

— Não se faça de sonso. — o advertiu.

— Está com ciúmes? — sorriu.

Inês revirou os olhos e cruzou os braços.

— Eu tenho motivos?

Victoriano riu gostosamente e se aproximou dela a puxando pela cintura.

— Não. — balançou a cabeça de um lado para o outro. — Eu só tenho olhos para a minha esposa.

— E porque não me beijou todos esses dias?

— Porque minha mãe disse que era melhor te dar o espaço...

— Eu quero fazer amor... — o interrompeu.

POR VOCÊ - IyVOnde histórias criam vida. Descubra agora