18 anos atrás.
O sol brilhava como em qualquer outro dia do verão, mas ele já não parecia tão aterrorizante pois o outono se aproximava. As crianças com seus pais corriam pelo parque que haviam no meio do conjunto de um bairro rico de Seoul. Risadas e gritos eram facilmente reconhecidos e todos ali pareciam se diverti bastante.
— Jeongguk-ah. — o garoto ouviu a voz de sua irmã e virou o rosto. Os dois estavam brincando de 'correr', sim, apenas correr um atrás do outro. O menino tinha os cabelos pregados na testa pelo suor e um sorriso nos lábios. Sua irmã estava com o rosto vermelho e as chuquinhas no cabelo um pouco caídas. — papai está chamando. — ela disse.
— Não, quero brincar mais. — ele disse com as sobrancelhas juntas e um rosto exibindo descontentamento com a situação.
— Diz isso pra ele. — ela respondeu pegando uma bola tacando no garoto que riu e a pegou jogando em Soyeon de volta.
Eles começaram a correr novamente um atrás do outro e rir bastante alto. Os dois estavam aproveitando a semana em que não tinham aula na escola para poderem se divertir. Ele com 6 anos e ela com 5 anos, a melhor idade para quem não quer se preocupar com nada. Correram até uma árvore logo caindo na grama cansados.
— Papai! — Soyeon disse assim que eles viram o homem os olhando no chão.
— Oi garotinha! — ele disse rindo e os ajudando a levantar. — hora de ir, não podemos nos atrasar pro jantar.
— Pai, mas aqui é tão legal. — Jeongguk disse com os braços cruzados andando do lado de seu pai que mexeu nos cabelos dele.
— Eu sei Guk, mas outo dia voltamos, sua mãe fica brava quando chegamos tarde. Você sabe. — disse abaixando a cabeça e o filho riu concordando. Eles andavam para o fim do parque e Jeongguk sentiu a mão de sua irmã segurar a sua.
— Gukkie, será que o céu é muito grande? — ela perguntou com os olhos enormes e o garoto olhou o mesmo vendo as nuvens brancas pairarem pelo enorme azul.
— Não sei, a gente pode pesquisar quando chegar em casa. — eles balançavam as mãos dadas enquanto andavam do lado de seu pai. — que tal?
— Tudo bem, a gente podia ver naqueles livros do escritório do papai. — ela sussurrou a última parte como se fosse um segredo no ouvido do irmão que balançou a cabeça positivamente.
O pai deles tirava o carro do estacionamento enquanto os dois esperavam na calçada, pois ficaria muito ruim para entrarem. Soyeon olhava os pés e ainda tinha a mão dada com Jeongguk que mexia nas pedrinhas com um graveto. A menina sentiu uma sensação estranha e virou para os lados logo com um vento leve os atingir e ele apertou mais a mão na outra.
— Guk! — o encarou que respondeu um 'hm' entretido com as pedras. — Jeongguk!
— Oi. — ele olhou e viram o carro se aproximar.
— Promete que sempre vamos ficar juntos? — ela falou piscando algumas vezes e ele sorriu.
— Claro Soyeon. Sempre juntos, prometo! — olharam para frente vendo o pai deles se aproximar.
— Vamos crianças! — ele sorriu e de mãos dadas eles foram para o carro.
Mais um fim de tarde que tinha tudo para ser normal, mas que infelizmente não foi.
...
Dias atuais.
Passos lentos eram ouvidos vindos do enorme corredor. A luz da sala foi ligada e iluminou parcialmente o local, o barulho de algo caindo no chão foi ouvido e logo em seguida um corpo caiu deitado no sofá. A respiração era deveras ofegante e as mãos sujaram o chão com sangue. O coração batia acelerado e não havia nada que pudesse fazer para aquilo tudo ir embora, teria que esperar até o efeito passar, até tudo em si se acalmar.
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red eyes; taekook [c]
Fanfiction[concluída] Numa Seoul dos dias atuais, pessoas com habilidades telepáticas, psicocinéticos e telecinéticas são mais comuns do que se imagina. Quando rumores de que existe um menino de olhos vermelhos começam a rodar pelas ruas da cidade, Kim Namjoo...