(penúltimo)
O sol passava pela cortina não tão agressivo como estava do lado de fora da janela. O clima no quarto era de aconchego e foi assim que Jeongguk se sentiu ao abrir os olhos devagar e se deparar com o rosto de Taehyung tão perto e os braços dele envolvidos em si. Sempre pensou que dormir abraçado a alguém seria desconfortável, mas quando as pessoas se encaixavam perfeitamente nunca haveria algo tão satisfatório como acordar abraçado e confortável. Sorriu deixando um selar na bochecha do moreno. Ele se levantou sem fazer muito alarde e foi ao banheiro.
Se olhou no espelho com a cabeça um tanto virada, se aproximou vendo os próprios olhos e viu os ganhar a tonalidade vermelha, de algum modo eles realmente pareciam mais escuros no meio e suspirou os apagando e se apoiando na pia com as mãos tentando pensar em algo, mas nada fazia sentido para si. Se o seu poder se expandisse mais significava que poderia o matar mais rápido também, e se tinha uma coisa que Jeongguk não queria naquele momento era morrer.
Jogou água no rosto para ver se limpava um pouco daquele horror que tomava de conta da sua mente junto com todos os questionamentos sobre aquele assunto. Depois de longos minutos saiu do banheiro vendo Taehyung sentado na cama mexendo no próprio telefone, ele tinha os olhos um tanto inchados e coçou a cabeça se levantando então vendo o rosto de Jeongguk que forçou um sorriso e o mais velho franziu as sobrancelhas chegando perto dele.
— Tudo bem? — tocou o rosto gelado de Jeon que concordou. Só que não conseguiu convencer Taehyung que continuou o olhando. — eu vou tomar banho, quando eu sair você me diz. — disse simples e Jeongguk balançou a cabeça, Taehyung foi ao banheiro e o outro pegou o telefone do quarto pedindo o café da manhã em seguida.
Jeongguk tinha as mãos juntas e as apertava, estava gelado, estava com medo de algo e ele devia ter sido esperto o suficiente para saber que aquilo lhe atingiria, aquela ansiedade que já lhe acompanhava há anos, e que não tinha como se livrar. Tomava seu remédio direito e seguia à risca o tratamento que fazia. Mas tudo culminou naquele momento e não sabia se a dose que ingeria faria algum efeito ali. Eram muitas coisas lhe rondando a cabeça, seus pais, memórias, Taehyung, seu poder.
Ele se levantou e começou a andar de um lado para o outro no quarto e era incrível como havia acordado tão calmo e agora estava ali com aquele sentimento de insuficiência, de pressão e principalmente de medo. Respirava fundo até que ouviu a campainha do quarto e foi até a porta um tanto rápido, abriu a mesma vendo uma moça com o carrinho do café da manhã que ele havia pedido. Agradeceu a ela e pegou o objeto o movendo para perto da pequena mesa que havia no quarto e tocou com os dedos nervosos na parede. Sentia seu peito se contraindo e começou a tremer.
— Taehyung? — chamou baixinho na porta encostando a cabeça nela. Estava desmoronando e não sabia explicar tais sentimentos em si. Só sabia que doía e não tinha uma ideia de como parar aquilo, mas não tinha como parar um eminente crise que se aproximava.
— Oi. — o mais velho abriu a porta, estava com um roupão e secava o cabelo, quando viu seu namorado com os olhos eufóricos e as mãos trêmulas à medida que o rosto ficava vermelho. — ei, o que aconteceu meu amor? — deixou a toalha de lado e segurou o mesmo perto de si logo tomando o rosto dele em um das mãos. — Jeongguk?
— É a minha ansiedade, eu estou com medo. — falou com a respiração falha e se empurrou com o corpo trêmulo e sua respiração saia de compasso enquanto seu coração batia rapidamente. — isso não vai funcionar, não vai. — falou o olhando que engoliu a seco e tinha as mãos um tanto levantadas perto dele que sentia seu corpo se desfazendo e sua mente lhe machucar. — eu não sei porque isso aconteceu, eu não sei... — sussurrou com lágrimas nos olhos e Taehyung chegou perto de novo o segurando mais gentilmente.
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red eyes; taekook [c]
Fanfiction[concluída] Numa Seoul dos dias atuais, pessoas com habilidades telepáticas, psicocinéticos e telecinéticas são mais comuns do que se imagina. Quando rumores de que existe um menino de olhos vermelhos começam a rodar pelas ruas da cidade, Kim Namjoo...