Eram exatamente 19:30 e Jimin havia acabado de sair do Daily Moon com a barriga roncando de fome. Naquele dia, havia deixado seu carro na oficina para arrumar um pequeno problema no pneu, então teve que andar e pegar um metrô até seu apartamento.
Em meio ao vento fraco, pensou em parar em alguma lojinha de conveniência e comer um lámen de microondas qualquer. Contudo, no meio do caminho, parou exatamente em frente ao Hwaollou, o restaurante o qual Jeon Jungkook era sócio. Seria inocência da parte de Park achar que o empresário estaria ali, mas ele não mentiria dizendo que não sentiu vontade de entrar lá e buscar por Jeon. Olhou para os dois lados, procurando por algo que não sabia, e entrou no estabelecimento.
Estava quase tudo arrumado da mesma forma de antes, porém sem a grande mesa destinada aos sócios. A atendente o guiou até uma mesa para um e o deixou, dizendo que poderia fazer sinal para qualquer garçom ou garçonete para realizar seu pedido. Jimin agradeceu e começou a olhar o cardápio, mesmo com fome, sua mente ainda o fazia olhar ao redor a procura de Jungkook. Riu de si mesmo, pensando que parecia um adolescente procurando o garoto da outra turma na biblioteca, não que ele já houvesse feito isso. Quando realmente iria começar a olhar os pratos, seu olhar se fixou em um homem alto de terno indo em direção ao bar. Piscou os olhos para ter certeza e riu mais uma vez, não era possível que o empresário realmente estivesse ali, mas estava.
Levantou-se devagar, como se a imagem do outro rapaz fosse sumir repentinamente, respirou fundo e— Pensando muito em mim? — sorriu um pouco, olhando para Jeon, que levou um susto e saltou de leve na cadeira.
— Jimin-ssi? — arqueou uma sobrancelha ao ver o jornalista e piscou da mesma forma que Jimin.
— Ao vivo e em beleza. — riu e jogou a cabeça de leve para o lado. — Acho que assustei.
— Eu estava concentrado. — sorriu amarelo. — O que te traz aqui?
— Assim, é um restaurante e eu estou morrendo de fome.
— Eu... — olhou para baixo. — Foi uma pergunta idiota.
— Deixa disso. Eu que tenho um humor um pouco ácido.
— Quer jantar comigo? — perguntou, tentando desviar da timidez.
— Está me chamando para um encontro, senhor Jeon? — comprimiu os lábios, tentando não rir quando viu o outro arregalar os olhos, dando conta do que havia dito.
— Quis dizer, você está com fome, não achei que quisesse jantar sozinho, e... — falou rápido, quase gaguejando, então foi ai que Jimin riu baixo e tocou de leve na mão de Jungkook, a qual batucava a madeira do bar incessantemente, fazendo-a parar.
— Eu entendi, não se preocupe. Quer escolher a mesa? — perguntou levantando do banco.
— Claro. — o acompanhou ao levantar e saiu andando na frente de Jimin.O mais novo os guiou até uma mesa para dois um pouco mais reservada, com a iluminação mais baixa e amarelada. Se acomodaram rapidamente, sem falar mais nada um para o outro, naquele momento, o clima entre ambos havia ficado mais desconfortável, não sabiam o que conversar. Balbuciaram algumas sugestões de pratos, logo as pedindo ao garçom, acompanhadas a duas taças de vinho tinto.
— Qual o seu cargo no Daily Moon? — Jungkook deu inicio a nova conversa.
— Sou editor chefe. — bebeu um pouco da taça de vinho a qual o garçom havia lhes servido previamente.
— Editor chefe? — arqueou uma sobrancelha ao ouvir a resposta. — Não sabia que iam à conferências de imprensa.
— Geralmente não, mas eu havia praticamente acabado de ser promovido no dia e a jornalista que iria antes teve algum imprevisto, se não me engano, quebraram uma janela da casa dela poucas horas da conferência.
— Que estranho... — franziu a testa e tomou um pouco do líquido em sua taça.Logo os pratos chegaram e os rapazes começaram a comer, elogiando a comida sem pensar duas vezes.
— Wheein noona está ai todos os dias, esse restaurante é o sonho de vida dela. — colocou um pouco da comida na boca.
— De onde se conhecem? — perguntou curioso.
— Da adolescência. — tentou desviar da pergunta.
— É um restaurante? — riu e limpou a boca com o guardanapo de tecido.
— Você entendeu. — sorriu de leve.
— Sim, mas foi uma resposta vaga demais.
— Você vai conseguir arrancar tudo de mim, não?
— Já disse, essa é minha profissão. — mordeu de leve o lábio, encarando o empresário por alguns segundos, o qual desviou o olhar para a taça de vinho.
— Trabalhamos juntos em um restaurante, eu ela atendia as mesas e eu lavava os pratos. Precisava de dinheiro na época.
— Seus pais não queriam te dar um computador novo? — brincou e bebericou do vinho.
— Eles deveriam querer. — suspirou.
— Você é tão vago. — sorriu de lado.
— Então, e a conta do bar que você deixou no dia da inauguração? — comprimiu um sorriso ao mudar de assunto.
— Pensei que fosse por conta da casa. — disse ao levar o talher até a boca.
— O jantar era por conta da casa, nunca falamos nada sobre o bar.
— Bem, acho que sei uma forma melhor de pagar essa conta. — riu ladino ao ver a reação do mais novo. — Calma, estou brincando... — tomou mais um gole do vinho. — Mas toda brincadeira tem fundo de verdade.
— Jimin-ssi... — soltou uma risada nervosa.
— Precisa entender meu senso de humor, Jungkook-ssi.Terminaram o jantar com as barrigas felizes depois de desfrutarem da boa refeição, então quando Jimin iria pagar sua parte, o outro a puxou de suas mãos e colocou o valor total dentro do envelope.
— O próximo você paga. — disse ao entregar o pagamento para o garçom.
— Então quer dizer que vai haver próxima? — inclinou a cabeça de lado.
— Talvez, depende de você.
— Vou pensar no seu caso. — levantou-se. — Até mais, Jungkook-ssi.
— Espera. — ficou de pé rapidamente. — Você está de carro?
— Não, vou pegar um metrô.
— Essa hora? Vamos dividir um taxi.
— Está querendo se aproveitar de um pobre e bêbado Park Jimin? — riu.
— Vamos lá, não deve ser tão longe.Mesmo não tão relutante assim, concordou em ir com o mais novo no táxi, como havia um ponto na mesma rua do restaurante, logo conseguiram um carro. Na medida em que conversavam dentro do veículo, acabaram tendo a ideia de comer uma sobremesa no apartamento do Jornalista. Quando chegaram lá, Park pagou ao taxista e ambos deram boa noite ao homem de cabelos grisalhos antes de desceram na frente do prédio cinza.
Subiram até o oitavo andar e entraram no apartamento 804. Assim que tiraram os sapatos, o dono do lugar pediu para que Jeon esperasse no sofá enquanto pegava algo doce. Enquanto esperava, conseguiu reparar na decoração do local. Era tudo muito clean, baseado nas cores preto, branco e azul, fazendo o visitante concluir que Jimin tinha muito bom gosto para decoração. Sorriu ao ver uma foto dele ao lado de um rapaz alto, ambos sorriam e seguravam sorvetes.— É o Namjoon hyung. — apareceu subitamente e colocou duas fatias de torta de hibisco juntamente a duas taças de vinho na mesinha de centro. — Somos melhores amigos desde que nos entendemos por gente. Ele é praticamente meu irmão mais velho.
— Você está fofo nessa foto. — riu. — A torta parece estar boa.
— É ótima, sempre compro em uma cafeteria no centro. — sentou ao lado de Jeon.Continuaram a jogar conversa fora até terminarem suas sobremesas, então o mais novo se ofereceu para lavar os pratos, tendo seu pedido negado pelo outro.
— Já pagou meu jantar, não precisa disso. — juntou as louças e foi até a cozinha, sendo acompanhado de Jungkook. Colocou tudo na pia e se apoiou no balcão.
— Você tem uma cara de quem vai foder a minha vida, sabia? — riu seco, apoiando-se no balcão oposto a Jimin.
— Digo o mesmo sobre você. — arqueou uma sobrancelha.Se aproximaram aos poucos, com a respiração já descompassada. Sem menos perceber, seus rostos estavam a centímetros de distância, enquanto suas bocas apenas esperavam que aquele espaço entre elas acabasse. O mais velho colocou suas mãos na cintura do outro ao receber as do outro em seus ombros e sorriu, finalmente encaixando seus lábios aos de Jeon.
A boca macia do mais alto era confortável para os lábios de Jimin, eles se encaixavam perfeitamente com os do outro. O gosto de torta e vinho brincava com os paladares que se misturavam. Não demorou muito para que caminhassem desajeitadamente até o quarto de Park, jogando as camisas sociais e paletós de lado. O jornalista observou uma marca marrom pouco abaixo do tórax de Jungkook e sorriu, logo tratando de deixar um beijo leve ali.
Mesmo só havendo se encontrado apenas duas vezes, os corpos deles não mentiam e nem vacilavam um com o outro, a conexão entre as mãos bobas e os corpos suados existia a cada segundo.
Já perto das 4 da madrugada, após tomarem um longo banho juntos, adormeceram entre os lençóis azuis da cama de Park.Um dojo de artes marciais fora a primeira coisa a qual Jungkook vira ao abrir os olhos. Alguns homens estavam a sua volta, lhe encarando com atenção. Não entendia o que estava acontecendo, mas sentia que os homens o respeitavam. Se levantou, percebendo que vestia roupas tradicionais do Japão. O próprio corpo lhe parecia estranho. Foi em direção da porta de correr e saiu, dando de cara com uma rua de areia e pedras e diversas casas com arquitetura antiga. Continuou andando e deu de cara com um bar, ao entrar lá, foi atraído até um homem de costas que usava terno, quando iria se sentar ao lado dele, subitamente acordou.
💼
Espero que tenham gostado e essa att vai especialmente pra Alice porque eu fiquei inspirada depois que ela ficou me contando as teorias dela.
Aliás, eu fiz um grupo pra quem lê soulmates, se quiser entrar, me avisa aqui :)
Me conta o que achou ou me marca no tt (seeyxxngi) e conta lá :D
VOCÊ ESTÁ LENDO
Soulmates - namjin
Разное{concluída} Seokjin, um policial de Nova Iorque, precisa da ajuda de Namjoon, um historiador, para entender sobre os objetos deixados por sua avó em uma mala misteriosa. "Eu acho que o conheço de algum lugar" /NamJin = Namjoon + Seokjin/ 05.12.18...