30 (conclusão)

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    Após meses incessantes investigando, em uma operação comandada por Seokjin e Lee Sunmi, a comandante de sua unidade, enfim Lee Donghae fora acusado de desvio de verba e homicídio culposo. Não fora fácil, mas aos poucos conseguiram juntar provas suficientes para que o ex-diretor do jornal Daily Moon enfim fosse levado ao júri. 
   Jin encarou o teto uma última vez antes de fechar os olhos e se agarrar ao travesseiro, sentindo ligeira saudade de Namjoon. Mesmo cada um ainda tendo sua vida, ambos passavam muito tempo juntos, então era natural que o policial acabasse estranhando passar a noite sem o namorado. Sentiu a brisa da janela arrepiar os pelos de sua nuca descoberta após o corte de cabelo feito no começo do dia, e enfim caiu no sono.

    — Infelizmente, não tenho tempo para um uísque, tenho que salvar a mulher que amo. — falava em japonês com o barão.
    — E ela está no vagão? — perguntou em tom calmo enquanto servia a si uma porção da bebida.
   — Infelizmente, sim. — sua voz não passava nenhuma emoção. — Preciso lhe fazer uma pergunta, quem matou Takashi Mori?
   — Deve ter sido um rebelde de Joseon. — tomou um gole do líquido.
  — Está errado. — sacou a arma do bolso. — Foi um americano que fugiu de Joseon. — apontou-a para o homem.
 
   O trem sacolejava intensamente, dificultando os movimentos dos oficiais japoneses, mesmo assim, eles haviam encurralado Aeshin. Seokjin, ciente de estar no corpo de Eugene, respirou pesado enquanto apontava a pistola contra o pescoço do barão, o mesmo tremia enquanto gritava para que os militares cessassem o fogo. Andaram entre os vagões praticamente em uma fila, seguida pelos oficiais, barão Kuroda, Seokjin e Aeshin, com armas apontadas e prontas para disparar a qualquer momento, excerto por uma.

    — O que pensa que está fazendo? Minha arma está descarregada. — disse em sua língua materna, sabendo que não seria entendida pelos japoneses.
    — Espero adiar a ruína de Joseon. — manteve as mãos firmes. — Passaremos por um túnel. — afirmou. — Por isso devo dizer, não chore, esta é minha história e a minha história de amor, é por isso que devo ir, torço pela sua vitória. — olhou sutilmente para Aeshin, com lágrimas nos olhos. — Você deve avançar e eu recuar.

    O túnel se aproximou, com isso, Jin e os japoneses se dirigiram até o outro vagão, Aeshin observava tudo com lágrimas nos olhos. Quando chegaram ao ponto estratégico, soltou o barão e atirou no local que prendia ambos os vagões, fazendo o que estava se desprender do de Aeshin. Sentiu as balas dos oficiais atingirem suas costas, mas não sentiu dor. Olhou para a amada uma última vez, para a aliança no próprio dedo, por fim, viu o céu azul aparecer diante de seus olhos antes de tudo se apagar.

   Acordou assustado, mesmo sabendo que havia sido um sonho. Pegou o celular e ligou para Namjoon, torcendo para que ele estivesse acordado.

"Nam?" perguntou esbaforido quando foi atendido.

"Oi." O tom dele era o mesmo que o do namorado. "Você teve o mesmo sonho?"

"Eugene morreu pra salva-la." encarou o lençol.

"E ela sofreu por isso até o último segundo." afirmou. "São quatro da manhã, melhor dormir, teremos um dia importante"

"Eu sei." suspirou. "Boa noite, nam. Eu te amo."

"Eu também te amo, Jin." respondeu antes de desligar a ligação.

💼

  Jimin hesitou antes de adentrar o escritório da avó, nutria grande respeito e admiração pela mesma. A viu sentada em sua cadeira, olhando para um porta retratos antigo.

Soulmates - namjinOnde histórias criam vida. Descubra agora