Jimin revirou os olhos ao receber por e-mail uma nova reportagem sensacionalista que deveria aprovar. Não aguentava mais ver a credibilidade do jornal, o qual sua família havia colocado tanto esforço e dedicação com a verdade, despencar com matérias tendenciosas. Passou alguns segundos apenas encarando a tela e relendo a notícia sobre o caso amoroso, provavelmente falso, de um ator casado com alguma integrante de um grupo feminino famoso. Batucou os dedos na mesa de vidro e tomou um decisão repentina, saiu de sua sala e foi até Wonpil, que arrumava alguns papeis.— Wonpil-ssi? — se aproximou.
— Sim? — ele se atrapalhava um pouco com o trabalho.
— Sabe se o senhor Lee ainda está na sala dele?
— A reunião acabou há alguns minutos, então ainda deve estar lá. — colocou algumas fichas na pilha errada. — Droga...
— Obrigado. — observou sua dificuldade. — Boa sorte com isso.Foi calmamente até a sala de Donghae e ia entrar, mas ouviu pela fresta da porta quase fechada, a voz do chefe ecoar no ambiente.
— Escute aqui, Bang, ninguém pode sequer imaginar o que estamos fazendo. — respirou fundo enquanto a outra pessoa na linha falava. — Estou conseguindo mais cliques justamente por isso!
Atento, Jimin abriu o gravador do celular e aproximou-o da porta entreaberta.
— Temos que ser mais cuidadosos com esse dinheiro, preciso mandar para outro lugar, talvez Suíça. — se ouvia o barulho de seu andar nervoso. — Estamos desleixados, mas os cliques que arrumarei com uma nova notícia nos ajudarão a encobrir. Falando nisso, o filho da Park Yoora não larga do meu pé. — bufou. — Vive batendo de frente com minhas decisões, se não nos atentarmos, ele descobrirá sobre o desvio de dinheiro.
Levou a mão livre até a boca, em espanto, sabia que havia algo de errado com Donghae e acabara de descobrir o que era. O mais velho terminou a ligação logo em seguida e assim que o ouviu se despedir, Jimin saiu de sua posição e foi para a sala dos funcionários, localizada quase ao lado. Tomou um copo d'água e sentou no sofá preto, raciocinando o acontecimento.
Não demorou para alguém chegar no local em busca de um café, então Park apenas cumprimentou a funcionária e se levantou para voltar até sua sala. Quando retornou, pegou os fones e ouvido e os conectou no celular para ouvir a gravação, as palavras de Lee lhe confirmavam suas suspeitas sobre ele, mas também colocavam outros questionamentos, sabia que ele era o viúvo da irmã de Taehyung, e que ela havia morrido em um assalto à sua casa. Lembrou sobre a culpa que Kim sentia em relação a si e a Namjoon, e como pensava que se o professor houvesse se casado com sua irmã ela ainda estaria viva. Pensou se o CEO estaria envolvido no assassinato, mas não tinha informações suficientes para concluir muita coisa.
Checou a hora e percebeu que seu expediente acabara, então arrumou suas coisas e foi até seu carro, só então percebeu que enfim conseguiria desmascarar Donghae, consequentemente, o Daily Moon voltaria para as mãos de sua família.
Por fim, pensou em Jungkook, com aquilo tudo, estaria livre para namora-lo, o problema seria fazer o mais novo aceita-lo de volta depois de ter terminado tudo tão repentinamente. Naquele momento, tomou outra decisão inesperada e ligou o carro, indo em direção da companhia Sun.💼
Faziam semanas que não encontrava Jimin. Jeon sentia como se o mais velho fosse uma miragem à sua frente e pudesse desaparecer a qualquer momento.
— Oi. — enfim o jornalista falou algo, estavam numa espécie de jogo de encarar desde que esse chegara.
— Oi. — respondeu o mesmo, sem ainda saber o que o outro queria.
— Eu me arrependi, me precipitei. — sua voz saiu quase como um sussurro. — Achei que tudo estivesse perdido, principalmente em relação ao idiota do meu chefe. — tremia de raiva só de pensar no mais velho. — Descobri coisas que podem coloca-lo na cadeia, e fazer o jornal voltar a ser o que era antes. — tocou a mão do empresário e sorriu baixo. — Não posso fazer isso sozinho, preciso de você do meu lado. Desde que terminamos eu me senti tão vazio, não porque preciso de um namorado pra viver, mas porque é chato não te ter comigo, não poder compartilhar as coisas. — respirou fundo e encarou Jungkook, que o ouvia pacientemente. — Me aceita de volta? Não precisa responder agora, e se não quiser nada mais comigo, eu entendo... Só precisei esclarecer tudo de uma vez por todas.
O mais alto levantou uma sobrancelha, como se estivesse bravo, porém logo depois abriu o sorriso mais bobo do mundo e riu fraco.— Você me chamou de namorado?
— Sim, Jungkook. — a fala do outro o fez rir.
— Meu deus, eu tenho um namorado!Jeon levantou-se, foi até Jimin e puxou para cima, em seus braços, o agora namorado. Passou as mãos no rosto desse e beijou seus lábios como se não o fizesse a anos. Estava com saudade disso. Estava com saudade de Jimin.
💼
Espero que tenham gostado! Foi muito curto e atrasei bastante a att, mas esse final de semestre tá super corrido pra mim, espero que entendam.
Queria dedicar essa att pra alice, por apoiar soulmates desde o início ;)
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Soulmates - namjin
Aléatoire{concluída} Seokjin, um policial de Nova Iorque, precisa da ajuda de Namjoon, um historiador, para entender sobre os objetos deixados por sua avó em uma mala misteriosa. "Eu acho que o conheço de algum lugar" /NamJin = Namjoon + Seokjin/ 05.12.18...