Logo cedo o celular de Seokjin apitou, o fazendo acordar assustado com a notificação do aplicativo coreano de mensagens. Não era habituado com aquele som estranho, o usava apenas para falar com os pais, que ligavam na maioria das vezes, Taehyung e, agora, Namjoon. Ainda zonzo, leu o texto recebido.
de/Namjoon Kim
Quer sair pra tomar um café? :)
[06:33 AM]você
Namjoon!Desculpe a demora, estava dormindo lmao*
Se o café ainda estiver de pé, eu topo.[07:12 AM}
de/Namjoon Kim
Está sim, Seokjin-ssiQual é o seu hotel??Passo ai para irmos juntos
você
O nome é Glory hotel.
Te mando a localização :)
Com um sorriso pequeno no rosto, correu para tomar banho e se arrumar. Não exagerou na roupa, apenas o de sempre: jeans, camisa e all star. Pegou tudo o que precisava e desceu para a recepção do hotel, ao aguardo de Namjoon.
Sentou em um sofá do lobby e após ler uma mensagem do outro, a qual dizia que ele chegaria em aproximadamente dez minutos, sentiu alguém sentar ao seu lado no sofá e o abraçar.— Tae-Tae! — abriu um sorriso e abraçou o amigo de volta.
— Vamos sair, hyung. Hoje estou com tempo livre pela tarde.
— Oh, eu marquei com Namjoon de tomar um café. Acho que ele descobriu algo.
— Ah... Tudo bem. — seu sorriso se desmanchou um pouco. — Não me contou quase nada sobre esse Kim Namjoon, como ele é?
— Ele é... — suspirou. — Não sei como descrever. Acho que, quando nos conhecemos, não foi muito com a minha cara, mas estamos nos entendendo agora.
— E de aparência? — o mais novo sorriu de lado e bateu de leve nos ombros de Seokjin.
— Taehyung! — riu. — Isso não importa, não estamos namorando ou algo assim, apenas nos ajudando. Falando nele... — apontou para frente, onde a figura de Namjoon caminhava calmamente até eles. Quando Taehyung virou o rosto, fez cara de assustado e confuso ao mesmo tempo.
— Namjoon-ssi? — arqueou uma sobrancelha. — Quando Hoseok disse Kim Namjoon e historiador, pensei que poderia ser outro, mas Seoul parece ser uma cidade tão pequena.
— É verdade. — desviou o olhar.
— Vocês se conhecem? — franziu a testa.
— Sim, nossas famílias são amigas. — Taehyung respondeu a última palavra com um tom áspero e logo levantou. — Tenho que ir, hyung. Até logo, Namjoon-ssi. O dono do hotel saiu rápido, ele havia ficado estranho ao ver o historiador.
— Tem algo a mais nesse "famílias conhecidas" de vocês, não é? — se colocou ao lado de Namjoon.
— Sim. É uma longa história. — fitou o mais velho por alguns segundos. — Vamos?
— Vamos. — sorriu e começaram a andar lado a lado.
Caminharam em silêncio, um ao lado do outro, ouvindo os sons dos carros e observando a rua. O mais novo os guiava silenciosamente até o destino final. Logo chegaram em um grande parque com uma cafeteria bem na entrada, onde foram fazer seus pedidos.
O policial quis café com leite e pãezinhos doces, enquanto o professor optou por um mocha com bolo. Após pegarem seus pedidos, andaram um pouco até encontrarem um banco com sombra por ali. Ansiosos, logo começaram a comer.— Acho que estamos comendo doces muito cedo. — Namjoon brincou após tomar um gole de sua bebida.
— Eu tenho um amigo, ele é detetive, assim como eu. — sorriu ao lembrar de Jake. — o café da manhã dele de quase todos os dias é um cereal com o triplo de açúcar dos nossos dois pratos juntos. — balançou a cabeça. — Uma vez, o vi comer um burrito recheado de balinhas de ursinho.
— Que nojo. — colocou a língua pra fora.
— Pois é. — comeu um dos pães. — Mas então, descobriu algo sobre a mala?
— Não.
— Achei que tivesse... Já que me chamou para sair tão cedo.
— Acordei cedo hoje, quis sair e pensei em te mostrar esse parque. — comeu um pouco do bolo. — Algum problema?
— Não, nenhum. — bebericou o café. —Só pensei que não gostasse tanto de mim.
— Para um estadunidense, você não é tão chato. — riu.
— Eu não sou chato. — revirou os olhos. — Mas chega de falar de mim, vamos falar de você e de onde conhece Taehyungie.
— É como ele disse, nossas famílias se conhecem.
— O que tem por trás disso? É relacionado a você ter ido aos Estados Unidos?
— Um pouco. — terminou o doce e fechou a caixa de papel em seu colo. — Quando estive pelos Estados Unidos, pensei em abandonar medicina e fazer história, como sempre quis. Meus pais descobriram. — seu tom não era mais divertido. — Então, me mandaram para a Coreia novamente e disseram que eu deveria terminar a faculdade aqui e me casar,. Já que eu estava tendo "tendências de homossexualismo" — revirou os olhos ao fazer aspas com as mãos. — deveria me casar com uma moça de boa família, Kim Jihyo.
— A irmã do Taehyung. — encarou os próprios pés.
— Exatamente. — suspirou. — Eu nunca nem havia a visto na vida e me disseram que era minha noiva. Era um sentimento tão angustiante, me sentia incapaz, fraco... Então, um mês antes do casamento, tive coragem. Tranquei a faculdade e cancelei tudo, meu pai disse que se eu saísse pela porta da casa deles naquela hora, não seria mais parte da família, então, eu sai de casa e da família Kim. — tomou o resto de café do copo. — Morei uns meses com Jimin, meu melhor amigo, aquele que atendeu o telefone por mim quando você ligou, até me estabilizar com o dinheiro que eu tinha guardado e arrumar um estágio. Por um tempo, dei aula para crianças e aulas de reforço, assim que me formei, consegui uma vaga como professor de história no colégio em que foi me ver, comecei meu mestrado e estou onde estou hoje. — sorriu.
— Oh. — comprimiu a boca. — Você é determinado.
— Apenas sei que toda liberdade precisa de um pouco de rebeldia.
— Por que não me contou tudo quando perguntei pela primeira vez?
— Porque ainda não confiava o bastante em você, além do mais, provavelmente Taehyung te contaria. — deu de ombros.
— Faz sentido. — respirou fundo.
— Mesmo com tudo isso, Jihyo era uma pessoa incrível. Antes de cancelar tudo, conversamos e ela me deu todo o apoio do mundo, também não queria casar com alguém que não amava, mesmo que no futuro tenha feito isso.
— Sinto saudades dela. Desde o acidente... Lembranças de quando eu e Tae-Tae eramos crianças e ela queria brincar com nossos carrinhos, então juntávamos todos os brinquedos e brincávamos escondidos dos pais deles.
— Fofo. — sorriu meio tristonho. — Mas vamos deixar isso de lado. Vem, tem algo que quero te mostrar! — levantou, arrastando o mais velho pelo braço.Jogaram as embalagens no lixo e se encaminharam até um grande lago localizado no centro do parque. Como eram mais ou menos dez da manhã, pessoas estavam começando a aparecer. Mães com suas crianças levando seus filhos para passear, pais de cachorro levando seus filhos para passear e casais de idosos fazendo caminhadas matinais.
— Esse lago é bem bonito, gosto de vir aqui para pensar. — pendeu a cabeça para o lado, encarando a água.
— É agradável, o máximo disso que temos em Nova Iorque é o Central Park, só que mal vou para lá.
— Vem, vamos colocar os pés na água. — riu e correu até a beira do lado, tirando os tênis rapidamente e dobrando a calça.
— Agora? — olhou-o assustado.
— O que acha que estou fazendo? — balançou os pés ao sentir o frescor da água.
— Oito à zero pra você. — riu e revirou os olhos enquanto tirava os sapatos e fazia o mesmo que o outro.
— Como? — arqueou uma sobrancelha.
— Já me deu tantos foras, comecei a contar. — mordeu o lábio. — Agradeça por eu não ter começado a fazer minhas piadas de tio, esse humor que estou fazendo com você é o meu nível mais refinado. — disse com naturalidade, fazendo ambos rirem.Permaneceram rindo até que o silêncio se instalou, contudo, não era desconfortável, apenas necessário. Iam se aproximando um do outro conforme as pernas balançavam dentro d'água, quando já não havia mais como se aproximarem lado a lado, seus rostos lentamente ficavam um mais perto do outro. Os narizes quase estavam se tocando, quando o celular de Namjoon começou a apitar incessantemente.
— Esse é o toque de Jimin, deve ser importante. — ainda não havia tido coragem de se afastar.
— Tudo bem, melhores amigos em primeiro lugar. — as respirações ainda estavam coladas.Checou as mensagens e arregalou os olhos, Jimin estava com problemas
de/Jimminie :)
Hyung?
Pode vir aqui?
Por favor?
Está ocupado?
Não quero te incomodar
Preciso conversar
Responda quando puder
Preciso de você hyung :(— Tenho que ir. — guardou rápido o celular no bolso e calçou os pés com pressa. — Jimin precisa de mim.
— Vai. — sorriu amigável. — Mas antes... — se aproximou novamente do outro e deu um pequeno beijo no canto de sua boca, sem chegar a encostar nos lábios. — Até logo, Namjoon.
— Até logo, Seokjin. — disse sem nenhuma reação ao gesto do outro, seu coração estava acelerado demais para isso.Depois das despedidas, o mais novo saiu apressado, pensando no amigo e com medo de que algo sério houvesse acontecido. Enquanto isso, Seokjin ria, pensando que Taehyung estava certo.
💼
Vocês gostaram???
É séeeeeerio???? (impossivel dizer issi sem pensar no Tae aqui, desculpa)
Mas enfim, me digam o que acharam :)
Recomendo olharem a letra da musica na mídia do cap.
A história do namjoon me deixa triste pq ele perdeu muito tempo sendo quem não é, mas fico feliz porque no fim deu tudo certo.
enfim, até a próxima att
(tem um grupo no whatsapp pra quem ler, se quiser entrar, só me chamar na dm do twitter (seeyxxngi)beijinhoss
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Soulmates - namjin
Random{concluída} Seokjin, um policial de Nova Iorque, precisa da ajuda de Namjoon, um historiador, para entender sobre os objetos deixados por sua avó em uma mala misteriosa. "Eu acho que o conheço de algum lugar" /NamJin = Namjoon + Seokjin/ 05.12.18...