29 (reunião)

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     Os sete, Nayeon havia se juntado ao grupo, se reuniram em volta do sofá da sala de Jungkook. O apartamento fora decidido como ponto de encontro pelos dois mais simples motivos: Espaçoso e não haveria ninguém indesejado por perto. 

— Então, todos estão cientes de toda a história da mala, certo? — Jin perguntou, recebendo acenos positivos com a cabeça como resposta. — Recentemente, eu e Namjoon descobrimos fotos e documentos de uma organização chamada exército dos justos, basicamente, militantes contra a dominação dos japoneses aqui na Coreia.
  — E vocês nos chamaram pra exatamente o quê? — questionou Minho.
  — Precisamos mostrar o exército dos justos ao mundo. — Namjoon explicou. — Pensamos que Jimin poderia fazer uma matéria no Daily Moon, seria um bom começo.
  — Não sei, Nam. — balançou a cabeça negativamente. — Sabe que preciso resolver as coisas do Donghae primeiro, realmente preciso o colocar atrás das grades.
  — Lee Donghae? — Taehyung franziu a testa. — O que ele fez?
  — Descobri que está desviando dinheiro do jornal, preciso coletar algumas provas a mais para ir até a polícia, principalmente agora que estou a um fio de ser demitido por causa do meu namoro. — comprimiu os lábios. — Desde que o Lee soube, qualquer coisa que faço, ele ameaça me mandar embora por sujar o nome do jornal.
  — Canalha. — murmurou. — Acha que também conseguiria coletar provas sobre o assassinato da minha irmã?
  — Eu não sou um jornalista investigativo por acaso. — sorriu.
  — Esqueceram que tem um detetive nessa sala também? — Seokjin cruzou os braços.
  — Desculpe, hyung. — Tae riu. — A ideia de enfim prender Donghae me anima.
  — Sabe se há algum contador ou alguém assim o ajudando a desviar o dinheiro? — enfim Nayeon se pronunciou.
   — Sim, se chama Bang Yeongsu, um gerente de contas que trabalha no banco central.
   — Jeongyeon começou a trabalhar lá, posso pedir que ajude. 
   — Começamos falando sobre uma mala antiga e agora estamos tentando colocar um homem na cadeia? — Minho franziu o cenho. — Gostei. — sorriu. 
   — Podemos combinar mais detalhes sobre essa investigação depois. — afirmou Jimin. — Quero saber como chegaram a essa conclusão, sabe, de que devem expor essa organização ao mundo. 
   — Fomos juntando as peças, tudo nos indicou a isso. — o professor respirou fundo. — Mesmo que eu seja meio cético, alguns sonhos estranhos também nos levaram a pensar assim.
   — Sonhos? — Jeon semicerrou os olhos. — Tipo na Coreia do começo do século XX?
   — Aham. — confirmou. — É tão estranho, sonhamos como se eu fosse Go Aeshin e Jin fosse Eugene Choi. Mas como sabia que era nessa época?
   — Também ando tendo sonhos assim, até falei pro Jin hyung uma vez. — fixou o olhar no chão. — Sonho que estou em um bar, conversando com um homem, ou que estou em um hotel antigo, como se fosse o Glory.
  — Por que nunca me contou? — seu namorado perguntou.
  — Não sei. — deu de ombros. — Achei que fosse só um sonho. 
  — Também sonho que estou em um bar. — disse Jimin. — E estou conversando com um homem, mas nunca me lembro o assunto das conversas.
  — Todos esses sonhos. — Seokjin divagou. — Parece que tudo está conectado.
  — Hoseok e Yoongi sabem de tudo. — Namjoon falou. — Eles sempre parecem saber de tudo.
  — Sempre os achei meio estranhos, mas nunca pensei que fosse algo demais. — Jungkook sentou-se no braço do sofá.
   — Já tentaram perguntar? — sugeriu Naeyon.
   — Querem que descubramos sozinhos. — disse o professor enquanto cruzava os braços.
   — Eles me deram pertences da antiga dona do Glory. — Taehyung foi até a pequena mochila a qual deixara na mesa de centro e retirou um caderno de lá. — Têm várias anotações aqui. — folheou o diário. — Gu Dongmae, ah, ele me deixa intrigada com sua cara de mau e com aquela espada a qual ele carrega para cima e para baixo. É uma bela arma, as flores gravadas na bainha são delicadas, contrastando com a fatalidade da espada. — leu em voz alta.
    — Havia uma espada desse mesmo jeito na Tudo Que Você Quiser. — comentou o detetive.
    — O homem com quem eu conversava no sonho possuía uma dessas, então será que era esse tal Gu Dong Mae? — Jimin apoiou as mãos no queixo.
    — Pode ser. — Tae voltou a olhar o caderno. — Falando em flores, isso me lembra Kim Huiseong, sempre diz que gosta de coisas bonitas inúteis, como as flores, mesmo eu sabendo que elas são muito úteis, não corto seu pensamento, é interessante o ver divagar sobre. Ah, Gu Dongmae e Kim Huiseong, eles tem uma ligação diferente, mas não conseguem enxergar, talvez em outras vidas se encontrem novamente. — terminou de ler a página.
    — Parece que essas pessoas tiveram muitos assuntos inacabados. — comentou Namjoon. — Espero que possamos colocar pontos finais em alguns deles.

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   Após muita conversa, o grupo se desfez, marcando outro encontro daquele tipo na próxima semana. Haviam discutido uma série de coisas, mas desde que o diário fora lido, Jungkook se encontrou calado e pensativo, tentando lembrar do sonho que tivera na noite anterior. Algo sobre Dongmae e Huiseong o instigava, apenas lhe restava saber o quê. Segundo as anotações, Gu pertencia a uma gangue japonesa, enquanto Kim era um nobre, antes prometido a se casar com Aeshin. 

  — Jimin. — chamou o namorado. — Uma vez você não disse algo parecido? — franziu a testa. 
  — Com o quê? — deitou na cama e aconchegou-se entre os lençois. 
  — Eu gosto de coisas bonitas, como as flores, a lua e as estrelas. — citou.
  — Sim, acho que deve ser apenas coincidência. — virou-se para Jeon. — Não sei o que isso tudo significa, mas nós dois gostamos de coisas bonitas. — falou sobre Huiseong. — E você é uma das coisas bonitas que eu gosto.
   — Então sou só um rostinho bonito? — provocou.
   — Não. — agarrou-se ao abdômen do outro. — Também é um ótimo travesseiro. — brincou e fechou os olhos. — Boa noite, Gguk.
    — Boa noite. — sorriu e beijou o topo da cabeça de Park. 

    Perambular por Joseon já não lhe parecia mais algo estranho, então tomou o caminho de  sempre. Ao entrar no bar, sentiu o pesar da espada presa ao seu corpo, e a colocou em cima do balcão enquanto pedia uma bebida, logo em seguida, o banco ao seu lado foi preenchido pelo homem que sempre encontrava no estabelecimento. O homem tomou um gole da bebida recém entregue e tocou o desenho de flores na bainha da espada exposta no balcão, virou para Jungkook e o observou, apenas falando algo depois de algum tempo.

   — Gu Dongmae. — foi a única coisa que disse antes do sonho acabar.

   Jeon acordou em um pulo, ao mesmo tempo que Jimin, e olhou assustado para o namorado.

   — Jimin, o homem do meu sonho, ele me chamou de Gu Dongmae.
   — Não é possível. — engoliu em seco.
   — O quê? — encarou a expressão incrédula de Park.
   — Eu encontrei Gu Dongmae em meu sonho e o chamei pelo nome. 
   — Então quer dizer que estávamos sonhando um com o outro? 
   — Sim, mas não faço ideia do que isso significa. — apoiou as costas na cabeceira. — Deveríamos contar isso para Seokjin e Namjoon.
    — Amanhã, agora já deve passar das quatro da manhã. — deitou novamente. — Vêm, vamos dormir. — puxou-o com delicadeza e o envolveu em um abraço.

   Naquela noite, nenhum dos dois teve mais sonhos.

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Desculpem a demora :( eu realmente fiquei insegura com esse capítulo, não sei pq :( Espero que tenham gostado.


Soulmates - namjinOnde histórias criam vida. Descubra agora