The Opportunist - Camren

Capítulo 02 - Arriscando

P.O.V. Lauren Jauregui.

Seattle, Washington.

Caminho pelas ruas úmidas de Seattle. O céu está nublado com um tipo de nuvem cinza que te faz pensar que a qualquer instante pode chover. Estava voltando para casa após um dia duro de trabalho. O ar daquele noite era fresco as ruas estavam esvaziadas pelo horário, e as árvores balançavam com o vento forte.

Os pensamentos corriam em minha mente. Na falha tentativa de reorganizar a confusão que havia ficado por causa daquela mulher.

O que em nome dos céus foi aquilo? Aquela mulher só pode ser louca. O que estava me propondo era tão sujo e errado. Que tipo de pessoa propõe algo desse tipo? E enquanto a sua família, e sua esposa. Será que ela não pensa neles?

O que mais me intrigou foi o fato de ela ser assustadoramente idêntica a mim. Está diante dela é como está de frente ao espelho.

Fisicamente ela até pode ser como eu, mas sua personalidade é totalmente distinta da minha. Ela é prepotente, misteriosa, tinha uma certa elegância, mas seus olhos demonstravam ambição. Isso ficou explicitamente claro, quando me fez aquela proposta de ocupar seu lugar.

Eu tinha apenas dezessete anos quando perdi minha mãe em um acidente. Desde então, tive que aprender a tomar conta de mim mesma. Eu sempre quis dedicar meu tempo aos estudos. No entanto, fazer faculdade estava fora de questão. Embora eu tivesse tentado preencher alguns formulários para conseguir uma dessas bolsas de estudos. Não poderia me dar esse luxo, eu tinha que trabalhar para sobreviver. Arrumei um emprego como garçonete e consegui alugar um pequeno apartamento em uma comunidade próximo ao meu local de trabalho.

Minha mãe nunca mencionou o fato de eu ter irmãos. Quanto ao meu pai, ele desapareceu quando eu era pequena. Até hoje não sei do seu paradeiro. Tentei procurá-lo, mas nunca o encontrei, mas eu ainda tenho esperança de um dia reencontrá-lo.

Faltavam dois longos quarteirões para chegar ao meu apartamento. A chuva já havia começado novamente os respingos molhavam minha roupa deixando minha visão turva. Apresso os passos na tentativa de me molhar menos.

O prédio onde moro é um edifício antigo de quatro andares. Ele não tem elevador, neste caso terei que subir as escadas. O meu fica no segundo andar, apartamento 239. Subir rapidamente os degraus encharcada pela chuva.

Assim que entro noto que há um envelope no chão, recolhi o mesmo e sem ler o jogo em cima da mesinha da sala junto aos outros.

"Dívidas e mais dívidas." Digo a mim mesma resmungando.

Eu não tinha condições físicas e nem psicológicas de ler mais um boleto de cobrança.

Caminhei em direção ao meu quarto. Tudo que eu fiz foi deixar minhas coisas sobre a cama e fui diretamente para o banheiro. Tirei as roupas que estavam molhadas, e tomei um bom banho. Eu gostava da sensação de tomar banho, não era como se eu tivesse limpando apenas meu corpo. Era como se estivesse limpando minha alma, minha mente, e naquele momento era tudo que eu precisava.

Depois de tomar um delicioso banho quente, vesti uma calça e blusa larga e enxuguei meu cabelo com a toalha.

Fui direto para a cama e deitei sobre o colchão desconfortável. Na cabeceira ao lado peguei um porta retrato onde tinha uma fotografia minha e de minha mãe.

Queria que você estivesse aqui mamãe, as coisas seriam mais suportáveis.

Fecho os olhos e me permito ser vencida pelo cansaço.

{...}

Acordo na manhã seguinte com batidas incessantes na porta. Murmuro e me remexo virando para o outro lado da cama. As batidas continuam e eu abro os olhos checado às horas no rádio relógio. 6:45 h.