01.

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A chuva caindo rápido do imenso céu, escorrendo sobre o guarda-chuva azul escuro de Mark Lee.

As luzes amareladas clareando a noite escura e fria, a rua tomada com carros afrente das casas de seus vizinhos. Seus pés não muito molhados por estarem protegidos com um de seus tênis.

Tudo, estava como sempre.

Não faria tanto tempo que teria saído de seu consultório. Estava cansado, mas mesmo assim aproveitou de passar antes na cafeteria do outro lado da clínica para comprar bolinhos e aproveitar o fim de noite com o namorado.

Não morava tão longe de onde trabalhava, por isso não se importava em ir a pé. De forma alguma era sedentário. Ele era jovem para necessitar tanto do transporte do carro.

Ele abriu a porta daquela casa, podendo já sentir o aroma suave de produtos de limpeza e o ar quente do aquecedor. Ficava animado.

— Johnny, cheguei! — disse em um tom de voz mensurável, mas ainda muito possível de se escutar dentro daquela casa. Largou seu guarda-chuva ao lado da porta e retirou seus sapatos molhados, ficando apenas com suas meias — Johnny! — falou novamente o nome do namorado, indo a sua procura dentro da residência.

Era infantilmente adorável a cena de Mark Lee andando rapidinho a procura de Suh Johnny. Seus pés andando em um passo de cada vez.

Passou pela cozinha, sala de estar, pelo banheiro, mas nada e nada. Foi até mesmo a procura do mesmo na lavanderia. Amava aquele cômodoz tinha seu cheiro incrível, mas infelizmente ainda nada do seu companheiro.

O garoto bufou sem muita paciência. Queria descansar logo e ver o mais velho, aquilo parecia irônico e irritante.

Ele deu meia volta e subiu as escadas procurar o namorado no último cômodo do qual restava: o quarto. Para a sua surpresa, as luzes estavam ligadas.

— Amor, eu cheguei! — abriu a porta suavemente, segurando com mais firmeza a sacola de papel reciclável dos lanches, mas para o seu espanto, viu algo que não iria acreditar — QUE PORRA É ESSA? — gritou ao dar de cara com a cena a sua frente.

Suh Johnny aos beijos e sem muitas peças de roupa com uma moça.

— VOCÊ É COMPROMETIDO? — a jovem de cabelos morenos exclamou, se levantou de cima do mesmo e indo vestir suas roupas.

— Não estou acreditando nisso... — suas energias foram esgotadas. Seu corpo foi tomado pelo ódio e o desgosto extremo — O QUE VOCÊ TEM NA MERDA DA SUA CABEÇA?

— Mark, por favor... vamos conversar? — o mais alto disse em voz pacífica, indo até a porta apenas com sua calça jeans sem sua camiseta. Mas Mark não exitou em dar um forte empurrão no mais velho.

— EU TÔ COM NOJO DE VOCÊ, NÃO SE ATREVA A CHEGAR PERTO DE MIM! — continuou gritando. Ele colocou sua mão sobre o rosto, se controlando para não sair do controle — Sai da minha casa.

— Eu preciso que você ouça o meu lad— foi interrompido pelo o de cabelos castanhos escuros.

— SAI DA MINHA CASA, AGORA! — gritou, com suas lágrimas escorrendo em seu rosto. Não eram lágrimas de tristeza, eram lágrimas de pura raiva.

Dito e feito, o ruivo fez o que Mark teria mandado. Foi até o cômodo ao lado da porta, pegou sua camiseta e seu moletom e saiu da casa.

can you help me? | markhyuckOnde histórias criam vida. Descubra agora