14.

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— Olá, Mark. — ele riu, mesmo sabendo o grau de erro que estaria cometendo ali, pela madrugada.

Donghyuck e Mark estavam andando sobre as ruas desertas da madrugada de Busan, jogando conversa fora e rindo de coisas fúteis.

Um simples — e perigoso — encontro marcado logo pela tarde.

— Olá, Donghyuck! Como você está? — perguntou simplista, notando aquele sorriso largo se formar no rosto do coreano.

— Ah! Eu estou ótimo, tirando o fato que meus pais não sabem que estou aqui e que coisas ruins aconteceram em meu dia... — ele suspirou fundo — E você jogou mesmo seus planos fora para sair com um adolescente em plena madrugada?

— Não fale desta forma! Prefiro passar o tempo consigo do que qualquer outro.

— Uhm... — ele riu surpreso das palavras de Mark, e logo se pões em uma posição tímida e envergonha — Isso foi fofo.

— Onde estamos indo, exatamente? — perguntou um pouco confuso, até porque continuavam a andar e andar sem nenhum rumo.

— Para lá! — apontou animado para uma ponte alta com a vista para o jardim de um parque próximo ao mercado. Já Mark, suspirou fundo pela distância, o que fez Donghyuck outra vez rir.

Eles continuaram a seguir, embora não fosse tão longe andaram rápido para conseguirem se sentar logo. Subiram as escadas e andaram um pouco até um bom ponto para avistar as belas flores.

— A vista é linda. — disse Mark com os olhos sobre o jardim, e escutara um riso sair dentre os lábios de Donghyuck.

— Realmente, a vista é linda. — susurrou baixinho olhando para o moreno.

Mark entrou em choque naquele instante, mas riu fingindo manter a calma.

— Pare de me paparicar! Sou seu médico. — fingiu se importar de maneira envergonhada, provocando um riso entre ambos.

— É um pouco difícil evitar isso, sinto muito, me encanto facilmente com você e esse rostinho bonito, doutor! — eles desviaram os olhos um do outro e direcionaram as flores logo a frente. Um silêncio pareceria ser eterno ali no meio, chegava ser agoniante — Na realidade, o que estamos fazendo?! — indagou curioso.

— Saindo para caminhar de madrugada... — respondeu Mark, sem entender ao certo o foco da pergunta — Ou é sobre outra coisa?

— Sobre outra coisa. — ele olhou atentamente para o mais velho — Isso não é errado? Tipo, não é um crime?

Crime talvez não, mas Mark podia ser afastado do trabalho, de fato!

— Estamos saindo apenas como dois homens sem nenhum objetivo ou ponto de foco algum. Foi você quem me chamou para sair, também!

— Eu sei só... estou preocupado — deu de ombros — Gosto de você. Está sendo um dos médicos mais legais que já tive e isso me anima. Quanto a isso tudo, não é um problema para nenhum de nós, certo? — questionou, recebendo uma negação como resposta.

— É normal pessoas ansiosas se sentirem preocupadas atoa com coisas sem maldades como essa. — respondeu, surpreendendo o loiro com as palavras. Ele riu sem jeito — O que aconteceu hoje para querer estar aqui?

O coreano sorriu simplista com os lábios, destinando os olhos para o colo e se mantendo quieto por breves segundos.

— Você precisa manter em segredo absoluto... — disse baixo, gerando maior atenção do profissional mais velho.

— Tudo bem! Eu farei isso. — respondeu calmo, no mesmo tom de voz do qual ele mencionava as palavras.

— Eu tive uma recaída na escola... minhas notas estão vermelhas em quatro matérias e eu... eu voltei a usar os calmantes... — ele sorriu torto, envergonhado — Fazia seis meses desde que usei pela última vez... — seus olhinhos encheram de lágrimas, mas não caíram qualquer uma sobre seu rosto — Eu voltei a usar os calmantes. De novo. Não consegui controlar meu vício...

Mark observava aquele rosto com atenção. Cada detalhe dele e pensava com calma em como consola-lo aquele instante.

— Você começou com quantos? — indagou atencioso, ouvindo um suspiro pesado por parte do mais novo.

— Três cápsulas de homeopático. — ele riu brevemente — Mas o efeito foi tão bom, que eu quase não me arrependo.

— Três cápsulas de um homeopático não fará mal algum em seu organismo, mas como relatou ter um histórico de vícios... eu acho que você deva pegar leve... — o coreano olhou para seu rosto com atenção — Podemos fazer um acordo?

— Um acordo? — questionou de volta.

— Sim. — afirmou tranquilo — Nós podemos nos encontrar para se distrair e beber juntos um chá sempre que estiver se sentindo estressado ou com a necessidade de ingerir calmantes. — ele deu de ombros — Você tem o meu endereço e número.

— Isso... seria ótimo! É uma ótima ideia! — ele sorriu com os lábios, contente com as palavras do americano — Eu adoraria. — ele riu animado — Mark, muito obrigado por me ajudar...

— Você não precisa agradecer com nada. — ele sorriu com os lábios, simplista — Estaremos juntos lidando com isso tudo por dois meses. Será uma honra estar presente para lhe ajudar com tudo isso fora ou não de uma sala terapêutica.

Naquele instante Donghyuck piscou os olhos, admirado com as palavras do moreno. Ele olhou para o redor, em uma forma positiva de mudar de assunto outra vez.

— Os girassóis estão bonitos esta noite.

can you help me? | markhyuckOnde histórias criam vida. Descubra agora