32.

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— Não tente sequer me tocar, seu ridículo. — resmungou quando entrou pela porta da casa desconhecida.

— É um pouco estranho te ouvir bêbado em plenas oito da boite, Mark. — o mais novo debochou de suas palavras daquela forma infantil de se fazer e Suh Johnny riu, apenas.

Era uma residência pequena, aconchegante mas pequena. Bom, ainda bem que fosse só o Suh ali dentro pois se ainda houvesse "os dois" Mark se sentiria claustofóbico.

— Certo. — balançou sua cabeça, tentando lembrar o que fosse dizer. Olhou para ele e se sentou sobre o sofá — Senta aqui e me responde tudo com sinceridade porque não estou nem aí, estou bêbado, certo? — suspirou fundo e mandou o mais alto obedece-lo, assim fez.

— Olhe Mark, não quis fazer aquela cena toda no hospital aquele dia. Sinto muito, de coração. — respirou fundo e não manteve contato visual — Sabe que as vezes posso agir de maneira estúpida na força do meu impulso.

Por todo aquele tempo em desventura com Johnny, Mark notou verdade em suas palavras. E aquilo, simplesmente aquilo, fez ele sorrir.

— Tudo bem, não é sobre isso que gostaria de conversar, mas lhe perdoo por isso, Johnny. — o mais velho lhe olhou finalmente, e Mark também — Me conte tudo desde o início... o que rolou para ter chegado naquele ponto?

Johnny penejou e em meio de um suspiro pesado, coçou a ponta de seu nariz como sempre fizesse quando estivesse envergonhado.

— Estávamos brigando sem parar, Mark. Você sequer me beijava ou prestava atenção em mim. Naquele dia quando fui ao bar antes de ir para casa, encontrei Haseul e desabafei com ela... me arrependo do que fiz e sei que não é motivo mas... — foi interrompido pelo mais novo.

— N-nós poderíamos ter resolvido isso, Johnny... — respondeu com a voz fraca — Eu ainda te ouviria e pensaria em alguma forma para resolvermos isso tudo...

— Não minta para você mesmo... — ele sorriu com os lábios, desanimado — Era claro que você não iria cumprir com suas palavras, você sabe que também estava cansado daquela nossa vida.

— Você mesmo assim me amou de verdade nesses últimos tempos? — olhou no fundo de seus olhos com aquela afeição preocupada.

— Eu te amei de verdade, te amei mesmo!

— Então por que fez isso? Mesmo que eu não estivesse mais presente, mesmo que eu não estivesse mentalmente atento a você, se você me amava então por que me traiu? Nós tinhamos uma história. Não pensou em nossa vida? Tudo o que vivemos?

— Você sabia que o nosso amor estava se tornando cada vez mais superficial, Mark, por que se importa tanto com ele agora? — suas palavras lhe atingiram em cheio. Por minutos pestanejou pelo o que teria escutado, mas o choque do que teria ouvido apenas trouxe Donghyuck em sua mente.

Sua voz tremula e seus olhos se tornando marejados no mesmo instante. Aquilo teria machucado.

— Eu só estou com medo de perder algo que nunca será meu... — com dificuldade disse e as lágrimas cairam sobre seu rosto sem emitir nenhum som — Eu perdi você e perdi Donghyuck, Johnny. Perdi as únicas pessoas que amei na minha vida por erros meus.

can you help me? | markhyuckOnde histórias criam vida. Descubra agora