49.

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— Donghyuck, você está acordado ou ainda dorme? — a mulher gentilmente perguntava, com um sorriso simpático sobre o rosto, olhando o loiro da porta e dando espaço para que o casal e o ex psiquiatra entrassem no quarto. Quando entraram, ela se retira-la do local para deixá-lo a sós.

O garoto apenas murmurou algo indecifrável, abrindo os olhos um pouco e piscando. Era o mínimo, mas Mark pode finalmente abrir aquele largo sorriso de alegria ao ver seu pequeno.

Mãe, pai... e Mark?! — perguntou num sussurro, olhando a presença dos três a sua frente, sorrindo aliviado ao ver os conhecidos, ainda fraco, ele soltou um riso contente.

— Filho, você está bem, graças a Deus! — o homem se aproximou da cama, suspirando fundo, derramando suas lágrimas finais, enquanto passava sua mão sobre os cabelos do filho.

— Você quase me matou do coração, quer que eu morra? Nunca mais faça isso! — sua mãe murmurava irritada, com as lágrimas caindo sobre o rosto. Mas não pode negar seu sorriso nos lábios ao ver o Lee a olhar, de volta.

— Me perdoem. — respondeu curto, dirigindo seu olhar para as mãos, suspirando fundo, perdendo o ar alegre em questão de segundos. Algo estava ainda errado, ainda — Me perdoem...

O casal olharam um para o outro, e o canadensce continuava avista-lo um pouco de longe, diferente dos pais a frente de sua maca. O coração do acastanhado doía, era estranho aquilo tudo, mas estava contente por vê-lo.

O loiro olhou a afeição do mais velho, engolindo um seco, como se estivesse envergonhado, olhou para os pais novamente, sem dizer nada.

— Acho que vocês precisam conversar, a sós. — o homem sorriu de canto, olhando para Mark e o garoto enfraquecido na cama.

O canadensce sorriu sem jeito para os Lee, a mulher de volta para ele, concordou com a cabeça, secando as lágrimas dos olhos e sorrindo com os lábios. E eles saíram da sala, fechando a porta, em seguida.

Eram os dois, aquelas almas apaixonadas embora machucadas por seus próprios erros e momentos vergonhosos, na cabeça de cada um. Eles se olharam, suspiraram fundo em uníssono, antes do mais velho deixar escapar algo de seus lábios:

— Como você está? — sorriu aberto, um pouco sem jeito, com os olhos marejados, olhando ele dali, na sua frente.

— Acho que preciso de ajuda. — Donghyuck sorriu de volta, largo em um tom desajeitado, rindo envergonhado pela situação. Secou seu rosto molhado por lágrimas que caíam e escondeu-se antes de começar a derramar-se totalmente ao choro.

O sorriso do americano decai, ele suspirou e seguiu seus passos até a cama, sentando-se ao seu lado e observando-o de perto.

Nunca tinha visto alguém naquele estado. Donghyuck era apenas uma veste azul clara, quase branca, de uma roupa simples de hospital. Com soro ligado em um daqueles assessórios que nunca lembramos o nome a sua veia da mão direita. Ele cheirava a aquele perfume morno natural de sua pele e hospital, um cheiro forte de qualquer coisa. Ele estava frágil, e não apenas pelo fato de ter sofrido uma operação delicada de lavagem estomacal tão intensa a nível de precisar daquele remédio nas próprias veias, Mark também estava ali. E isso com certeza era a melhor coisa de todas que pudessem ter acontecido naquele maldito dia.

— Me perdoe por tudo. — falou em tom decepcionado, observando ele com atenção, mordendo o lábio inferior discretamente para segurar o choro — Eu deveria ter corrido atrás de você e ter resolvido toda essa porra com uma simples conversa.

— Nós dois fomos grandes irresponsáveis por isso tudo. — falou com dificuldade, mas tentando controlar-se — Eu sou tão patético...

— Não, não, não! — ele passou as mãos sobre os cabelos tingidos, separando de sua testa para que a franja tamanho quase médio não houvesse de irrita-lo — Você não é patético, tudo bem? Você não fez nada de errado. — o mais novo suspirou, retirando as mãos do rosto, abrindo os olhos encharcados de lágrimas, olhava o rosto do seu amado atentamente. Respirando e suspirando, acompanhando Mark, que ajudava-o — Vamos com calma, respira fundo...  — mencionou calmo, enxugando o rosto úmido do loiro.

can you help me? | markhyuckOnde histórias criam vida. Descubra agora