45.

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— Renjun, preciso de sua ajuda! — o canadensce dizia desesperado daquele outro lado da ligação. Dirigia o carro, numa velocidade considerável.

Nos bancos de trás carregando suas coisas do antigo emprego, em caixas de papelão grandes e respetivamente grossas. Seu celular estava no lugar do antigo GPS, então estava tudo sobre controle.

— Diga, para que a ansiedade toda? — perguntou curioso, rindo sem jeito ao receber um beijo na bochecha de Jaemin assim que passava pelo corredor com Chenle.

— Donghyuck. Ele veio para a aula? Preciso que me diga, rápido, estou a caminho. — disse rápido.

— Acho que sim, por quê quer— foi interrompido.

— Fique de olho nele. — respondeu indignado — Me perdoe, estou agitado.

— Ok, tudo bem... — franziu a sobrancelha. — Parece algo muito sério, preciso me preocupar? — ajustou a mochila sobre seu ombro, passando a andar em passos lentos.

— Não tenho certeza, por isso mesmo que preciso que fique de olho... — mordeu o lábio, lembrando que felizmente pode encontrar o número da mãe do pequeno e se certificar que não havia levado nenhum remédio para o colégio. E infelizmente... — Não acho que ele está sobre controle próprio... sei lá! Porra, me ajuda!

— Certo, tudo bem. Estou indo pra aula. — respondeu preocupado, desligando a ligação em seguida.

— Ok, Mark! Respire, respire, respire... — apertou as mãos no volante, virando para a outra rua. Por que diabos aquele colégio era tão distante?!

[...]

Soubemos que não está vendo mais o doutorzinho, Haechan. Vê se agora usa isso como desculpa e engole logo a porra dos seus remdinhos e morra, puta. — sussurrou no ouvido do garoto, articulando bem o último xingamento, enquanto este andava pelo percurso da sala até sua mesa.

Ele ignorou o comentário, não era a primeira vez desde que aquela confusão toda aconteceu.

Se mata, putão. — outra garota disse firme, rindo do garoto após receber um tapa ao meio dos cabelos.

Até quando uma pessoa poderia lhe odiar por um mal entendido? Donghyuck de vez em quando se perguntava sobre aquilo.

Ele suspirou fundo, largou a mochila naquela classe e segurou o choro novamente naquele dia. A quarta aula. Apenas mais duas e estava livre daquilo tudo. O dia iria ser diferente...

— Bom dia, Hyuck... — Renjun cumprimentou o garoto gentilmente, ofegante, sorrindo com os lábios, falando baixo.

Ele se sentou na classe a frente da que Donghyuck estava, pões sua mochila sobre a mesa, observando-o.

Era óbvio, na cabeça dele, não gostaria que os comentários daqueles em geral atingissem Renjun, embora naquele momento não quisesse ficar sozinho.

— Bom dia, Ren... — respondeu quase em sussurro, apoiando o rosto sobre a mão livre, cobrindo seu corpo com o outro braço.

— Precisa de ajuda? — perguntou baixo, também. Observando os colegas insuportáveis o olharem — Posso te ajudar a matar aula, se quiser.

Por dentro, ele queria mais que tudo fugir daquela aula, mas não podia. Ele sabia que não podia.

— Não posso, preciso passar nessa matéria. — sorriu com os lábios, fraco, olhando em volta, discretamente. Abriu seu estojo, abrindo ali dentro uma das cartelas de seu calmante, tirando outra cápsula, com cuidado para que não notassem — Está tudo bem. Nada é pior do que esses idiotas. — levou rapidamente o remédio para sua boca e deu um gole da água da garrafa que carregava.

Naquela vez, uma tontura forte veio turva em sua vista, achou que sua pressão teria caído. Aquela cápsula fez-o quase cair tonto. Ele fechou os olhos com força, formando um pequeno e um bico quase impossível de se enxergar.

— Você está bem...? — perguntou preocupado, pondo sua mão no ombro dele ao ver que poderia cair da cadeira.

Donghyuck riu sem graça, quase mudo. Balançou sua cabeça em negação. Era a quarta cápsula. Mas Renjun recuou, e virou seus olhos para o outro lado da classe.  

Me desculpe. — respondeu para Renjun ao notar a companhia mudar de direção, sem entender o que havia acontecido. Ele se desculpou.

can you help me? | markhyuckOnde histórias criam vida. Descubra agora