CAPÍTULO 134

71 2 0
                                    

Eles se sentam e jantam conosco, o clima estava ficando cada vez mais estranho e tal do homem não perdia a oportunidade de dar em cima de mim na cara dura. Já estava ficando com dó da mulher dele. Ela se levanta e vai ao banheiro, tão desconfortável quanto eu.-
JOSUÉ: Finalmente ela se tocou- franzo o cenho-
GABRIELA: Como assim?
JOSUÉ: Queria um momento com você, poxa- Lázaro, que estava bebericando uma taça de vinho, coloca a taça na mesa e olha pra ele incrédulo-
LÁZARO: Tá maluco, cara?
JOSUÉ: O que? Vocês nem namoram, sem ciuminho bobo, vai
GABRIELA: Não namoramos, mas nos envolvemos e eu respeito não só ele, como você e sua esposa! Tenha senso do ridículo, cara. Eu em- Falo me levantando, Lázaro faz o mesmo- Vamos embora daqui- Falo muito séria e saio andando do salão, paro de andar quando ouço um barulho atrás de mim. Me viro e o tal Josué estava no chão com a mão na boca, Lázaro veio caminhando até mim, vermelho de raiva e segurou minha mão sem falar nada. Caminhamos para o carro e quando entramos, ele não liga o carro-
GABRIELA: Que cara ridículo- Falo querendo chorar-
LÁZARO: Ele nunca teve senso do ridículo! Mesmo não estando namorando contigo, não da à ele o direito de fazer o que fez.
GABRIELA: E a esposa dele? Fiquei com dó, juro
LÁZARO: Ela já sofreu demais na mão dele, nunca vi alguém ter tanta paciência com alguém como ela.
GABRIELA: Me senti muito mal, juro- Falo jogando minha cabeça para trás.-
LÁZARO: Me desculpa por isso, por favor- Fala engolindo um seco e alisando meus cabelos-
GABRIELA: Você não tem culpa pelos atos dele
LÁZARO: Nem se quer comemos- Fala sem graça-

Estrada de chão Onde histórias criam vida. Descubra agora