Estrada de chão

CAPÍTULO 26

- Entramos numa sala cheia de instrumentos-
LUAN: Esse é o estúdio?- Pergunto maravilhado com tudo que eu estava vendo-
BRUNO: Não, essa é a sala de instrumentos. Pode escolher um e aí vamo para o estúdio- Passo meus olhos por todos os instrumentos até chegar nos violões. Caminho até eles, aposto que minha felicidade está estampada em meus olhos. Meu olhar vai na direção de um violão lindo, olho para eles que me encaravam atentos-
LUAN: Posos pegar?
BRUNO: Claro- Ele fala sério e vejo a Priscila balançar a cabeça bem animada, sorrio e me estico para pegar o violão. Apoio em mim segurando no braço dele e dedinho devagar, solto algumas notas lembrando da melodia da música que fiz pra Gabi.-
BRUNO: Podemos ir para o estúdio agora?
LUAN: Sim- Sorrio sem jeito, seguro o violão e caminho com eles para o estúdio, meus olhos brilham com cada detalhe, é ainda mais bonito na realidade. É uma sala dividida por um vidro. De um lado uma mesa de som com uma aparelhagem bem tecnológica e do outro lado, um sala com isolamento acústico e alguns microfones-
BRUNO: Pode ir para o outro lado e começar à cantar, eu e a Priscila vamos ficar aqui ouvindo, pode ser?- Confirmo com a cabeça e vou pra parte com os microfones. Fecho a porta e me sento em uma banqueta alta, apoio o violão no colo e dedilho com calma, eu nunca toquei um violão tão afinado. Começo à tocar e cantar a música que fiz pra Gabi:
"O que é que eu fui fazer?
Te deixar tão longe, eu com vontade de te ver
Tô juntando grana pra voltar no mês que vem
Agora mesmo eu tava olhando o preço da passagem
Princípio de amor
E o padre da cidade diz que a gente combinou
Tamo misturado igual feijão com arroz..."