CAPÍTULO 17

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Seria bem menoso doloroso se ela tivesse me dado um tapa no rosto. Encosto as costas numa árvore e choro. Foi aqui nesse rio que tudo começou, será que vai ser no mesmo que as coisas vão terminar? Olho para o lado e vejo que ela esqueceu a mochila, pego, ajeito as coisas e volto para casa ainda com lágrimas nos olhos. Meus pais já estavam esperando o almoço ficar pronto, deixo a mochila dela na sala e vou direto para cozinha-
LUAN: Olá- Falo sorrindo fraco-
MARIZETE: Bom dia, meu filho
AMARILDO: Bom dia. O que houve?- Puxo uma cadeira e sento com eles-
LUAN: Mãe, a senhora lembra da Priscila que veio aqui no dia seguinte da festa?
MARIZETE: Sim, filho. A menina de São Paulo?
LUAN: Isso, a que o pai dela tem uma gravadora. Ela me mandou uma mensagem falando que conversou com o pai dela e que eles querem investir em mim
AMARILDO: Pera, eles querem que você vá para São Paulo?- Eu concordo com a cabeça e meus olhos voltam à marejar-
MARIZETE: Meu filho, esse é o seu sonho. Por que a tristeza?- Ela fala toda animada-
LUAN: Eu quero muito ir, sabe? Como a senhora mesma disse é o meu maior sonho desde pequeno. Mas eu tenho medo de ir e deixar vocês para trás, tem a Gabi...- As lágrimas escorrem assim que eu lembro da cena dela saindo me dando apenas um beijo na bochecha- Eu tenho um mês para me decidir, mas eu preciso tomar essa decisão antes para me resolver com ela.
MARIZETE: Você não pode levar ela junto?
LUAN: Eu não faço a mínima idéia, ela diz estar mega feliz por mim, mas eu sei que esse não é o sonho dela. Ela não tem a obrigação de ir

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