Eu estou andando pelas ruas desertas do setor sete. Muitos entulhos preenchem as ruas. John está logo atrás de mim. De repente um som chama a minha atenção. Eu olho para baixo, para olhar no que pisei, e fico momentaneamente enjoada. É um velho crânio, provavelmente de uma menina, já que do lado está uma boneca meio queimada. O resto do esqueleto já deve ter se ido há muito. De repente, ouço um som agudo, e sei que é um veículo. Eu olho alarmada para John, e ele me dá uma espécie de cordão. Eu sei o que significa. Pego o cordão e corro para um dos destroços próximos, uma espécie de bloco de concreto. Então, finco o suporte da armadilha nele. John faz a mesma coisa em um bloco do outro lado da rua. E então nós esperamos. Enquanto ouço o barulho se aproximando, penso no conceito do que está acontecendo, no que aconteceu a esse lugar desde que eles chegaram.
Ninguém sabe de onde eles vieram nem o que eles querem, e ninguém jamais viu um deles. Há mais de sessenta anos, naves espaciais cobriram os céus de todo o mundo. Ficaram lá por três dias, sem nada fazer. Nós pensamos que eram amigáveis, que queriam somente fazer contato. Até eles atacarem.
A tecnologia deles era tão avançada, que em menos de dez horas, as populações de cidades como Nova York, Pequim, São Paulo e Cidade do México foram totalmente dizimadas. No primeiro dia do ataque, cerca de 80% da população mundial foi exterminada. A extinção era total e plenamente certa. Mas então eles pararam.
Os governos da terra se juntaram, e prepararam um plano para reação. Construíram as colmeias, grandes comunidades subterrâneas, à prova de radiação. O plano era salvar o máximo de pessoas, e depois deixar as nucleares caírem.
Em seis meses tudo estava pronto. Cada colmeia abrigava um máximo de vinte mil pessoas, e era autossuficiente. Foram construídas dez delas. E então a segunda fase do plano entrou em ação. As bombas nucleares foram lançadas, atacando as principais bases alienígenas, que se localizavam nas maiores cidades terrestres. Mas nada disso funcionou. Os invasores capturaram a energia das explosões, assim que ela era liberada, fazendo com que as nucleares fossem totalmente inúteis. Mas isso não foi tudo. Para a população fora das colmeias foi o fim.
Os invasores criaram um predador. Forte e inteligente como uma aranha, esguio e rápido como um leopardo. O macho possui assas, embora tenha metade do tamanho da fêmea. O corpo todo é coberto por placas, tão duro quanto cascos de tartaruga. Os predadores aniquilaram o resto dos humanos restantes.
Os invasores tinham planos. Eles aproveitaram os sistemas industriais das grandes cidades para construir os seus exércitos. Eles construíram milhares de drones automáticos. Pelo menos, foi isso que os mais velhos nos ensinaram.
As colmeias então criaram um sistema de defesa próprio, treinando os melhores, e os tornando guardiões, encarregados de adquirir tecnologia alienígena, para mudar o rumo da guerra. Eles se especializaram em destruir drones, e essa nova era é conhecida como a Guerra dos Drones.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Vingadora da Galáxia - A guerra dos Drones
JugendliteraturA terra foi invadida por uma força externa. Os humanos tentaram reagir, mas sem sucesso. Derrotados, eles se escondem em bunkers gigantescos, chamados de colméias. De dentro desses bunkers, eles começaram a reunir tecnologia alienígena, a estudar e...