Ano 62; Colmeia, 1º andar, quarto 3.
Karen.
Joanna e eu corremos até não podermos mais, mas chegamos ao quarto dela. Esse é um dos problemas de se morar no primeiro andar. Assim que chegamos, percebemos na hora que há algo muito errado. A porta do quarto está entreaberta. Anna para em frente à porta, observando a maçaneta caída no chão, arrancada da porta à força. Ela estende a mão para a porta, mas em seguida a retrai.
– O que está esperando? – eu sussurro. – Pode ter alguém aí dentro ainda.
– Exatamente – ela responde – não seria mais sensato pedir ajuda para as autoridades competentes?
– Nós não temos tempo. – eu digo, empurrando para o lado e passando. Escancaro a porta quebrada, e me deparo com uma cena aterradora. Móveis estão revirados por todos os lados, alguns quebrados, armários e escrivaninhas com as gavetas escancaradas e papéis espalhados por todos os lados. Eu me volto para Anna assim que ela entra e pergunto – Onde está o mapa?
– Na escrivaninha do meu quarto – ela diz, o olhar perdido, sem se focar em nada.
– Então vamos! – eu grito e a puxo pelo braço, em direção ao quarto. Assim que chego à porta, ou ao que resta dela, já que está destruída em pedacinhos, estaco. Antes mesmo de ver, eu posso ouvir algo ali dentro. É um som metálico, definitivamente não humano. Eu empurro os restos da porta e boto lentamente a cabeça para dentro, mas assim que faço isso me arrependo.
O grito fica entalado na minha garganta. Jamais vi alguma coisa do jeito do que está dentro do quarto. Mesmo sem saber ao certo o que é, sei de imediato que é uma espécie de drone. Todo metálico, de cor escura, o drone tem o corpo parecido com o de um enorme felino, e de diversos pontos do corpo saem tiras de metal, semelhantes a tentáculos, que ficam se movendo como larvas em carne decomposta. Em alguns pontos, elas reentram o corpo do drone, ao mesmo tempo em que outras tantas saem de outros pontos. Parece algum tipo de pelagem viva.
Prendo a respiração. Aquela coisa não pode saber de nossa presença. Observo enquanto os diversos tentáculos mexem por tudo, averiguando e procurando por informação. Assim que ele se dirige para a escrivaninha, ouço Joanna suspirar atrás de mim, e sei que isso não foi nada bom. O monstro para de se mover imediatamente. Após alguns instantes, ele retoma o trabalho de procurar.
– Precisamos de armas – eu digo em voz baixa, após recuar alguns passos.
– Eu tenho algumas por aqui. – Joanna diz, voltando para a sala principal. Ela afasta o carpete, o que revela um pequeno compartimento secreto, fechado com um cadeado eletrônico. Ela digita a senha e o cofre faz um clique, indicando que está aberto. Ela levanta a porta do compartimento, e eu fico abismada com o que ela tem ali.
– Está brincando comigo! – eu digo para ela. Ela tem diversos tipos de armas, inclusive um rifle de choque, uma arma ilegal para se portar dentro da colmeia. – E porque você não guardou o mapa aqui?
– Por que eu não tive tempo – ela responde, jogando um rifle automático para mim, e pegando o rifle de choque para ela. Ela me alcança um pente de munição, e então fecha a porta. Assim que levanta, ela olha para mim e diz – É hora de mostrar que nenhum drone de merda vai invadir minha casa e escapar imune.
– Então vamos acabar com ele – eu digo, e não consigo evitar sorrir. Mas o meu sorriso não dura muito tempo. Assim que termino a frase, ouço um barulho atrás de mim, e me viro. O drone está lá, parado nos encarando. Eu levanto a arma, apontando-a diretamente para o que deve ser a cabeça dele. – Você não deveria ter vindo aqui hoje. – eu digo. Ele olha para os lados, evidentemente buscando uma saída, mas nós estamos entre ele e a porta.
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Vingadora da Galáxia - A guerra dos Drones
Teen FictionA terra foi invadida por uma força externa. Os humanos tentaram reagir, mas sem sucesso. Derrotados, eles se escondem em bunkers gigantescos, chamados de colméias. De dentro desses bunkers, eles começaram a reunir tecnologia alienígena, a estudar e...