07 - Verdades Dolorosas

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Ethan respirava fundo enquanto caminhava ligeiro para fora daquele vestiário tentando acalmar seu corpo, que parecia ter ativado um sinal de alerta máximo. Não aguentava mais aquela sensação estranha que insistia em permanecer em seu corpo, como se estivesse em chamas, mas desde que o braço de Willian Monggomory tinha encostado-se a sua pele, ele insistia em continuar sensível ao mínimo toque, fosse qual fosse o toque e por conta disso, quando chegou à quadra deixando Willian e seu amigo — um garoto chamado Gabriel — a sós no vestiário, ele sentiu o frio que fazia como um chicote em sua pele.

A sensação desconhecida lhe fez arfar, enquanto sua respiração se condensava de leve lhe fazendo tremer e sentir-se cansado, como se houvesse corrido uma maratona, também sentia seu corpo com muito mais detalhes e assim também os problemas que este possuía, como por exemplo, o latejar dolorido em seu nariz e uma dor lancinante no estômago, como se estivesse prestes a morrer; era como se ele houvesse acabado de receber aquela maldita bolada daquele garoto fodido.

Falando naquilo, se sentia ridículo como nunca se sentira antes, agora como iria conseguir encarar seus colegas sem morrer de vergonha?! E nem ia falar de Sebastian, pois ele era o responsável por pelo menos 85% de seus problemas desde que chegara ali. Quando estava chegando às arquibancadas, sua visão começou a ficar turva novamente, talvez por estar caminhando muito rápido. Só deu tempo de sentar e ela escureceu, os sons ficando cada vez mais distantes e difusos em sua perspectiva.

Ethan não entendia o que estava acontecendo, não acreditava que estava mesmo a ponto de desmaiar novamente, apenas porque tinha sido atingido no rosto por uma bola. Porém seus pulmões estavam ardendo estranhamente, como se houvesse entrado em contato com fumaça em abundância, a sensação era sufocante e dolorosamente agonizante. Sua mãe precisava chegar logo ou ele iria desmaiar novamente e daquela vez não haveria ninguém para lhe ajudar.

Ele suspirou tentando se acalmar e não se desesperar com a dor que só aumentava e pensamentos desnecessários começaram a surgir em sua cabeça, coisas como: Talvez o pai tivesse razão sobre ele, talvez realmente fosse um fraco que dependia da mãe para tudo, e tinha que admitir que ela não era o tipo de pessoa desocupada que podia ir ao colégio olhar como ele estava a cada vez que levasse uma bolada em uma aula de Ed. Física e ela também não tinha culpa de ele não ser bom em esportes.

Ethan também odiava ter que pedir alguma coisa a ela, não gostava de incomodar ninguém com seus problemas, mas ela fazia o possível para ser uma boa mãe, aliás, ela era a única que agia como família em sua casa, mesmo em meio a prazos apertados, jantares e palestras, entrevistas e vida pessoal.

Ethan sabia que sua mãe fazia de tudo para agradá-lo, talvez em uma tentativa de compensar sua falta de tempo e ausência, por isso, mesmo estando tão ocupada com seu manuscrito, que já estava em cima da data de entrega, prometera ir até lá por ele. O garoto piscou algumas vezes tentando ajustar sua visão turva e ao olhar para cima a avistou caminhando em sua direção e não pôde deixar de sorrir, afinal ela era uma mulher realmente incrível, não só sua personalidade ou o quão culta era, mas seu exterior também refletia sua beleza interior de uma forma gritante e formosa, fazendo jus ao quão bela ela era.

Dakota Fitzgerald tinha seus 1,66 de altura muito bem aproveitados em um corpo esbelto. Suas curvas e traços eram delicados e sofisticados a deixando com um ar de nobreza vintage incrivelmente conceitual e sexy. Apesar de possuir proporções pequenas, não lhe faltavam curvas, lhe fazendo chamar atenção por onde passava, assim como atrair os olhares desejosos de alunos e alunas que a observavam passar, exatamente a mesma reação que seu filho causara ao chegar ali.

Sua beleza se acentuava ainda mais enquanto ela andava encima de um salto quinze, negro e lustroso como uma pedra de obsidiana e em um vestido tubinho, vinho, que ia até abaixo de seus joelhos, com um fino cinto amarelo marcando-lhe a cintura perfeita e destacando o quadril nota 10 que ela possuía, destacando também sua pele excessivamente pálida, assim como a do filho.

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