Velejando no mar : Parte 1

3 0 0
                                    

Eles saíram naquele domingo as 8:40 hrs, em um dia ensolarado, bonito, cheio de vida e calmaria. A viagem duraria dois dias e meio para o destino final. Estavam todos felizes, o sorriso estampado em suas faces, uma emoção contagiante, conversavam sem parar, admirando a bela paisagem do mar, o céu de um azul límpido, vivo, com um sol radiante, reluzente, aquecendo o interior das pessoas que se encontravam ali. Os guias estavam velejando o barco, era bem espaçoso, bonito, todo branco, com dois andares,  com cabine e convés no primeiro andar de cima, organizado com tudo que precisava para velejarem no mar, no de baixo com cozinha pequena, mais eficiente, dois quartos, com dois beliches em cada, o que somava quatro camas em cada quarto, pequena, não tão confortável mais dava para aguentar até o término da viagem, banheiro, e a parte externa do barco, com corredores e áreas de circulação, com bancos para se sentar, um espaço bom, para pegar um sol, e contemplar aquele mar azul, com peixes passando pela água, outros pulando acima dela, era encantador.

Os amigos estavam na área com mais espaço, uns sentados e outros em pé admirando tudo aquilo.

Bia: - Uau como isso aqui é lindo! Que mar incrível, de um azul fascinante! Que perfeição!. - Se encantava bia com tudo que via.

Lucas: - Com toda certeza, é uma obra divina, cheia de esplendor!

Ana: - Isso é porque nem chegamos na ilha ainda! Pelas fotos já fiquei maravilhada, imagina pessoalmente!  É um espetáculo! -Dizia ana, cheia de empolgação!

Bia: - Agora estamos bem perto!  Mais dá pra gente aproveitar e tirar as belezas daqui também, estando no barco! Olha essa água! Os peixes passando!

Mari: -Os guias falaram que tem um ponto onde é seguro e os turistas podem mergulhar na água sem medo, relaxar enquanto não chegamos. Lembrava mari aos amigos dessa possibilidade.

Daniel: - É verdade mari!  Nem lembrava disso! Estou tão concentrado em chegar aquela ilha, que esqueci. Respondeu daniel, se justificando.

Mari: - Mais estou lembrando agora! Só porque o destino é a ilha, não quer dizer que não podemos nos divertir no caminho! Falou de forma simples.

Lucas: - Como vocês falam só em chegar à essa ilha. Vamos curtir as coisas boas ao nosso redor também! Deixa a ilha, para quando estivermos lá, cada coisa de cada vez, aproveitem o momento, o agora. - Lucas aconselhou os amigos.

Mari! -Você sempre é o apaziguador né lucas? Quer que tudo seja mil maravilhas. É o intelectual do grupo, o certinho!  Não faça isso, não faça aquilo, viva desse jeito, não de outro. Ah! Por favor!  Dá um tempo. Cuida da sua vida. Se irritou mari.

Bia: - Tudo bem, respirem e relaxem, não estamos aqui para discussões e intrigas. Somos amigos.

Mari: - Não enche bia. Você é outra, sou a perfeitinha, a certinha, a genial, garota prodígio. Querida por todos, simpática com todo mundo. Me deixem tá legal. Se eu falo tanto da ilha, é porque nessa viagem ela é o que mais importa pra mim, é o lugar onde quero estar. Entenderam? Agora não enche.  -Falou com deboche aos amigos.

Ana: - Calma amigos, não vamos brigar, por favor. Você mesma disse que seu objetivo é a ilha, mari, não vamos brigar e por essa viagem à perder. Se lembra que estamos aqui para nos divertir naquela ilha incrível. - Tentou lembrar a amiga mari de algo que ela estava esquecendo.

Mari respirou fundo, passou a mão nos cabelos, olhou para o mar, respirou mais um pouco e disse :

- Me desculpem amigos. Lucas, bia, sinto muito. Não queria ser grossa com vocês. Só gostariam que entendessem que essa viagem é muito importante pra mim, pra todos, mais pra mim um pouco mais, tenho me estressado bastante no trabalho e só quero relaxar, ficar em paz, quando voltar para casa.

Bia chegou perto da amiga e lhe deu um abraço bem forte.

- Não se preocupa amiga! Eu sei que você está tendo muita pressão no trabalho, é muita coisa pra fazer, só se acalma tá?!  Vamos ficar em paz, somos amigos e não vamos destruir nossa amizade. Falou bia de forma sincera e pura. Abraçada à sua amiga mari.

- Tudo bem bia, obrigada por entender, não vou deixar o estresse e a raiva me dominar novamente, vamos ficar juntos nessa viagem, até a fim.

Ana se manifestava no meio da conversa :

- Isso mesmo! É assim que se fala amiga. Você é forte, e com amigos nos tornamos mais fortes ainda! Se acalma agora.

Daniel se colocou na conversa e disse a mari:

- Vamos à cozinha pra você beber uma água, ficar mais tranquila!  Vamos lá? -Daniel olhava para mari com expressão firme, dando uma ordem para ela.

- Claro daniel, vamos sim.

- Não se preocupem amigos, já voltamos.

E foram os dois para a cozinha. Ficava no andar de baixo do barco, assim como os quartos, banheiro, não tinha como escutar a conversa deles. Chegando lá Daniel foi logo segurando o braço de mari, segurava firme, com certa força.

- Você enlouqueceu mari? Ficou louca? Onde está com o juízo em procurar confusão logo agora, justo aqui, no meio do caminho pra chegar naquela porra daquela ilha. Quer estragar tudo sua louca? Se controla! Falta pouco. -Disse bravo, quase que gritando com mari, só não falou mais alto para evitar que os amigos no andar de cima não ouvisse.

- Me solta daniel. - Bravejou ela contra ele. - Eu errei eu sei. Mais eu não suporto mais ter que levar essa situação adiante. Estou muito estressada, com raiva, não aguento mais isso, não suporto mais ela. Eu a odeio com todas minhas forças. E aquele idiota ainda se põe no meio, defende ela, fica do lado dela, se não fosse por ele no grupo, tudo ficaria muito mais fácil, mais não, ela tinha que ser amiga do idiota que é apaixonado por ela.

- Não é só você que a odeia. Eu também e a ana. Ela se acha alguém de valor, importante, mais não é nada, e vamos mostrar isso à ela, bia comprou a passagem de ida e volta, mais essa viagem para ela, só será de ida. Ela não vai voltar nunca mais. Mais no lugar certo e no momento certo. Vamos manter as aparências por enquanto, não faça bobagens antes do previsto ou estaremos arruinados.

- Agora sugiro que você mari, ponha um sorriso falso nessa sua cara e vamos voltar para junto deles. Não podemos nos afastar agora. Vamos por em prática nossos laços de amizades, sempre juntos, unidos, compartilhando tudo em grupo.

- Está certo Daniel. Eu vou ficar bem, quando tudo isso terminar. Até lá, vou fazer como fiz todo esse tempo até aqui, fingindo.

- Que ótimo. Toma sua água e vamos subir logo. Não quero mais me irritar com seu deslize.

- Não se preocupe, não vai mais acontecer. Eu juro. Não terei mais motivos. -Disse friamente, engolindo a raiva que queimava dentro de si, foi à geladeira, pegou a água, colocou no copo, bebeu em um único gole, sem parar, e olhando duramente para Daniel falou:

- Vamos subir. 

Coração Ferido Onde histórias criam vida. Descubra agora