No outro dia acordaram cedo. Tomaram café e ficaram ansiosamente esperando a ligação do policial. Pelas 07:30 hrs o celular de Lucas toca. Era o policial Vitor Menezes. Ele disse que tinha informações da jovem, uma mensagem que ela havia deixado no aparelho celular, então pediu para que todos fossem até a delegacia rapidamente. Em seguida queria ir com as equipes para a ilha. Não tinha tempo á perder naquele dia. Todos rapidamente se levantam do sofá, pegam táxi e vão para a delegacia. Ligaram também para o guia e comandante Diego. Precisava transmitir a informação para todos ali presentes.
Com todos já na delegacia, o policial explica que encontrou essa mensagem longa na área de rascunhos e/ ou notas no celular de Bia. Era um texto bem impactante. Era para todos estar o mais calmo possível e preparados. A dúvida pairava na cabeça de alguns. O que ela havia escrito?. Então o texto começa á ser lido. E o espanto e angústia vão surgindo. Já na metade do texto, todos os amigos estavam chorando, inclusive os guias. Era inacreditável uma jovem mulher linda, alegre, cheia de vida, aparentemente, ter feito isso com sua vida. Lucas estava despedaçado. Ao final da carta ele não acredita e não aceita no que acabou de escutar. O jovem diz que precisa de um ar, sair daquela sala, todos respeitam. Ele começa a percorrer o corredor da delegacia. Sua cabeça lateja de dor, seu estômago dóia, a respiração fica fraca, a vista dele começa a embaçar e ele segue caminhando com dificuldades pelo corredor do prédio, cambaleando, passos lentos, até que sua cabeça gira, seu mundo gira e ele cai com tudo no chão. O baque é ouvido por pessoas de outra sala e saem correndo aflitos para ajudar o pobre homem. O mundo de Lucas literalmente desabou.
Ele acorda em um hospital. Estava na cama, com agulha em seu braço. Abre os olhos lentamente, até reconhecer o local. Depois de uns segundos pensando, ele sabe o porquê foi parar ali. Infelizmente ele sabe. Uma enfermeira se aproxima e pergunta se ele está melhor, ele gesticula com a cabeça que sim. Disse que iria chamar o médico e que havia uns amigos dele esperando ele acordar. Ele agradeceu. A enfermeira saiu. Ele ficou pensando em tudo que ouviu naquela carta. Não podia ser verdade. Não era real. O médico entra e olha o rapaz, pergunta se estar melhor. Disse que ele passou por uma emoção muito forte, por isso passou mal. Disse que sentia muito pelo ocorrido com a amiga dele, se ele não estivesse totalmente bem, seria recomendado tomar um calmamente pelo menos uns três meses. Ele disse que iria ver como reagiria àquela notícia e qualquer coisa procuraria um profissional. O médico disse para ele tomar cuidado, não brincar com a saúde, principalmente o emocional naquele momento. Disse que ele devia comer algo, já que ele desmaiou de manhã cedo e já era quase noite, ele não viu, mas, as equipes foram montadas e seguiram para a ilha, queriam conseguir achar o corpo da vítima. Ele foi levado ao hospital quando desabou no chão.
O médico disse que depois de se alimentar, descansar mais uma hora, ele estaria liberado. Ia pedir á enfermeira para trazer sua comida. Tinha que se alimentar bem. Nas horas corretas, evitar bobagens, ter refeições com comida de verdade, com energia saudável e rica em nutrientes. Tentar dormir, descansar, sem ele forçar o corpo e a mente. Ele tinha que lutar por sua vida. Não ia querer sua família e seus amigos lamentando mais uma tragédia. Ele respeitou a orientação do médico, era pro seu bem. O médico lamentou a perda da amiga dele e disse para ele ser forte, se despediu e disse que o veria em breve para lhe dar alta do hospital. Depois de uns minutos a enfermeira chega com sua refeição. Disse para se alimentar bem que depois estava liberado para ver seus amigos. Se despediu em saiu. Lucas abriu sua marmitex de hospital e observou que era bem preparada, com temperos, cheirava muito bem, gostinho de comida caseira. Tinha arroz, feijão, macarrão, carne cozida de gado com legumes cozidos. Ele começou a comer e estava bem apetitosa. Nossa! Só agora ele tinha se dado conta de como estava faminto, o dia inteiro desacordado sem se alimentar, precisava recuperar as forças. Quando chegasse na casa de Ryan ia comer mais, iria pedir um x- tudão com suco e mandaria ver. Tinha certeza que no soro que estava terminando de tomar, injetado em seu braço, tinha vitaminas para lhe dar energia e resistência por passar o dia quase todo sem comer.
Finalizada a refeição, ele bebeu a água que a enfermeira havia trago para ele, tinha uma barrinha de doce de leite com amendoins, veio junto com a marmitex, ele comeu também. Estava satisfeito. Até agora. Veio outra enfermeira ver como estava os pacientes e viu que ele havia acabado sua refeição, então disse que liberaria os amigos para o ver. Com uns poucos minutos os amigos entraram no quarto. Estavam "preocupados" com o estado dele. Principalmente ana.
- Puxa Lucas, você nos deu um baita susto! Meu Deus fiquei tão preocupada com você! - Ana demonstrava toda sua preocupação por Lucas. Era o momento ideal de ficar ao seu lado, sem um certo alguém inconveniente por perto.
- Todos nós ficamos preocupados né ana. - Disse Daniel, reforçando o apoio ao "amigo".
- O médico conversou conosco e disse que breve teria alta. - Afirmou mari. - Vamos voltar para a casa do guia e aguardar notícias da equipe de busca. Se irão encontrar o corpo de Bia. Já liguei para os pais dela. Eles já chegaram. Ligamos de manhã, depois que trouxemos você ao hospital. - Informa ao amigo.
- Estão arrasados. - Diz Ana com um expressão triste. Enquanto abaixa a cabeça. Fingindo sofrimento.
- Como não poderiam estar sofrendo? Uma tragédia dessa. A filha única deles. Minha nossa. Todos vamos precisar de muita força. - Diz Lucas.
- Pior é se não encontrarem o corpo, para ao menos Bia ter um enterro digno. - Daniel afirma. Mas foi um péssimo comentário.
- Você só pode estar brincando? Isso não é momento de falar nisso. Ainda estamos sofrendo muito e essa dor nunca vai passar. Essa ferida nunca vai cicatrizar. Sei que eles foram para a ilha para fazer isso, achar o corpo dela e trazer para a família, mas não é o momento pra falar nisso. Não quero falar sobre isso. - Falava Lucas com a voz alterada,aquele assunto era muito delicado pra ele. Detestava pensar na possibilidade de ver o corpo de seu amor em um caixão, pálida, fria, sem vida. Era sufocante pensar em algo assim.
- Desculpas cara! - Pede Daniel. - Vamos evitar falar nisso por enquanto. Você precisa se acalmar. Se recuperar fisicamente e o psicológico.
- Vamos aguardar a volta do grupo que foi à ilha, trazer informações e o que foram fazer. - Lucas não conseguia dizer: Trazer o corpo de Bia. Continuou. - Depois a gente encara a realidade. Mas pra mim no momento, não é possível. Preciso de mais tempo.
- Tudo bem Lucas. O tempo que precisar. Estamos com você. Eu estou com você. - Ana consola e tenta fortalecer o homem que ela sempre amou.
Uma enfermeira entra no quarto, vai até os outros pacientes, olha, checa se estão bem, depois vai até Lucas, olha a bolsa de soro que ele tomava e ver que já acabou, então ela tira a agulha do seu braço, coloca um algodão para estancar o sangue que sairia da veia perfurada, jogam os itens que foram utilizados na cesta de lixo, se aproxima dele e diz:
- O doutor breve virá ver como estão os pacientes e bem provável que lhe der alta. Aguarde só um momento, ele está averiguando os outros pacientes e logo virá à este quarto também. Melhoras jovem. Tenha uma boa noite. Com licença.
- Obrigado enfermeira. - Ele para é olha no crachá dela. Seu nome estava escrito lá. - Enfermeira Rosário. Obrigado e uma ótima noite pra você também. Bom trabalho.
Ela o agradece sorrindo a educação e gentileza do jovem rapaz e se retira deixando o quarto.
O médico por fim aparece. Pergunta como ele está. Reforça os cuidados médicos que ele deve ter, sentaram em cadeira, na mesa à vários documentos, necessários para os médicos, começa a escrever em um, se levanta e vai até Lucas, entrega a folha de papel à ele e afirma:
- Pronto rapaz! Você está de alta! Já pode ir! Cuide- se.
E depois de se despedir, saiu do hospital, entrou no carro com os amigos e foram para a casa de Ryan.
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Coração Ferido
Mistério / SuspenseEla era boa, sua vida sempre foi alegre e iluminada como um lindo raio de sol, que brilha, ilumina e aquece os corações. Sempre risonha, sorriso fácil no rosto, educada, amorosa, gentil, amável. Mas isso estava prestes a mudar em sua vida, coração e...