Sem pistas

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Após ligar para o celular da amiga inúmeras vezes e a mesma não atender, por início o celular nem chamava, só caia na caixa postal, depois dava indisponível ou fora da área de cobertura, pensou que aquilo estava bem errado. Então já altamente preocupada, mari ligou para os pais de ana, e, para sua triste surpresa eles também não sabiam onde ela estava. Disse que pela manhã, todos tomaram café juntos, ela bem animada, depois saíram para seus compromissos, como de costume. Sua mãe ligou também para ela e nenhuma resposta. Celular desligado. Mari começou á pensar no que ela havia dito no dia anterior, de estar se sentindo observada. Ela pensou que ela poderia estar passando por um leve desequilíbrio psicológico, mas se fosse só isso, ela não teria mencionado esse detalhe. Não se sabe o porquê, mas percebemos e sentimos rápido quando tem alguém nos observando, seguindo, é a sensibilidade aguçada que desperta o instinto de sobrevivência humana ou animal.

Ela abruptamente pensou em sequestro. Só podia ser isso. Não havia recebido mensagens de chantagens ou algo do tipo. Não tinha sequer rastros da morte de Bia, ninguém sabia o que eles fizeram. Era com certeza sequestro. Os pais dela e ela viviam muito bem de dinheiro. Então ela mencionou com a mãe de ana o que ela tinha conversado no dia anterior e as duas ficaram tensas, disse que ligaria para o pai dela avisando o ocorrido e iriam depressa para a delegacia, os três se encontrariam lá, ela disse que seu amigo Daniel sabia também, então a mãe pediu que ele fosse para ter mais testemunhas e começar as investigações e buscas policiais com emergência. Assim fizeram. Pediram autorização na empresa para a saída, era extremamente importante, foram liberados.

Na frente da delegacia chegou primeiro o carro com os pais de ana e com uns 20 minutos depois, chegou mari e daniel. Se cumprimentaram e entraram rápido no local, estava bem agitado, o dia ia ser cheio.  Pegaram uma senha e ficaram aguardando a sua vez. Daniel saiu dali e foi beber uma água e saiu de dentro do prédio indo para fora. Mari foi até ele.

- Por quê você saiu? Temos que ficar lá, dar apoio para os pais dela, estão nervosos, tensos e extremamente preocupados. Eu também! Nossa amiga sumiu! - Quis saber ela.

- Vim pegar um vento! Esse lugar me deixa tenso e agitado. Já pensou se nessa investigação do sumiço dela, as investigações chegam até nós? No que fizemos? Isso não podia estar acontecendo!  Nós em uma delegacia! Esse lugar me dá arrepios!

- Eu sei que não é o melhor lugar para estarmos! Mas ninguém não tem nem idéia do que aconteceu naquela ilha. A investigação é para encontrar o paradeiro da nossa amiga e não nos investigar! Eu sugiro que você mantenha seus nervos em ordem, pois se eles notarem nervosismo, contradição e gagueira, aí sim eles nos pegam, estaremos perdidos. Só fale o que ela contou!

- Por isso estou aqui! Para me acalmar! Não me desequilibrar emocionante na frente dos policiais. Até porque vai demorar um pouco pra chegar a nossa vez! A delegacia está até movimentada hoje, terei tempo para me tranquilizar! Vai na frente já eu entro, não irei fugir, não se preocupe!

- Tudo bem! Eu também não estou tranquila em ficar aqui, mas, é necessário! Nossa amiga precisa de nós! E os pai dela também, a irmã que nem sabe de nada ainda, vai ser um choque pra ela, as duas são bastante unidas, grudadas. Bom, até, te espero lá dentro, não demore.

- Sem problemas. Já eu entro! Só espero que isso acabe depressa e ela seja encontrada! Não quero ter que voltar mais vezes nesse lugar!

- Também espero que o quanto antes ela esteja conosco! Não quero mais pisar em delegacias, enterros, estou farta de tudo isso! Tivemos poucos dias de paz e olhe só, Ana some assim do nada! É o caos! Tchau! Vou indo!

- Tchau! Se acalma também, não deixa transparecer nada. Só a preocupação com o desaparecimento de nossa amiga!

- Pode deixar! Estou calma com o assunto anterior, estou é preocupada com Ana! Disse Mari enquanto acenava para Daniel dando tchau e entrando no prédio da delegacia. Daniel ficou lá parado, pensando e desejando muito não serem descobertos.

Depois de muito esperar, chega a vez deles em prestar queixa do desaparecimento da filha e amiga de ambos. Após conversar com o delegado, realizar o B.O, as investigações dariam início. Mas seria um tanto trabalhoso, já que não tinha motivos aparentes para o sumiço. Se fosse sequestro, aguardariam os bandidos entrar em contato com os pais da vítima, agora se não ligassem, significava que o motivo do rapto era outro. Os investigadores teriam bastante trabalho pela frente. Finalizado a denúncia, os pais e os dois amigos voltam para suas casas.

Depois que a pequena janine, irmã de ana, chegou do colégio, os pais tiveram que reunir forças e dar a triste notícia para a filha. A irmã estava desaparecida. A criança chorou impiedosamente. Mas não tinha o que fazer. O que estava ao alcance deles eles fizeram, foram á delegacia. A menina foi chorando e inconsolável para o quarto, não conseguia ir para o curso e a aula no outro dia, essa notícia á abalou profundamente. Os pais estavam arrasados, mas não podiam demonstrar na frente da filha, ela precisa mais ainda deles, mas á sós no quarto de noite, eles chorariam sua dor. Estavam sentindo agora, quase que a mesma dor que os pais de Bia, a única diferença é que sabiam que a filha estava morta, já ana, os pais ainda se agarravam á esperança dela estar viva, perdida, presa em algum lugar daquela cidade ou outra, mas poderia estar viva e dariam o dinheiro que fosse preciso em troca da vida da filha, só a queriam de volta. Com os olhos vermelhos de tanto chorar e inchados, os pais e a irmã de ana foram vencidos, já de madrugada, pelo cansaço. Enquanto em algum lugar remoto e esquecido, estava ana, chorando por nunca mais ver sua família, amigos, ter a vida que tinha antes, aquela noite foi marcada por lágrimas e saudades, mas mal sabiam eles que o pior ainda estava por vir, lágrimas seria o de menos para algumas pessoas . . . Disso tinha certeza. Era só o início.

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