Inocentemente Treinada (Finalizada)

Capítulo 15

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[ Boa Leitura 📖 ]
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Eu não sei o que me levou a convidar o Aaron, para passar o fim de semana na casa de um advogado, um arquiteto e um mafioso, que literalmente são os homens da minha família. E o pior, estarão todos lá. Não que eu quisesse que não estivessem, mas.... Ah esquece. Enfim, acho que o convidei (inconscientemente por assim dizer) porque ele passaria o final de semana todo no dormitório, e não acho isso legal. É desconfortável ter que ir para casa e ficar fazendo sala para a irmã e o namorado dela. Até eu iria preferir que alguém me convidasse para, sei lá, qualquer lugar. Não que a minha casa seja um lugar qualquer. Ela é a base da máfia, mesmo que não tenha um quartel, muros altos cercando a área ou um bando de homens armados. Na verdade os homens estão lá só que não a vista. Quando eu era mais nova dizia que eram invisíveis. Mas agora sei que estão por lá (em algum lugar), mas estão. Lembro que uns anos atrás, no quintal eu me assustei com um lagarto e gritei, meia dúzia de homens vestidos de pretos apareceram armados ao meu redor e comecei a rir. Sim, eu estava rindo, não porque os brutamontes apareceram, mas porque o lagarto com aquela língua estranha tocou minha perna fazendo cócegas. Desde esse dia, sei que estão lá a espreita. Agora o que mais me preocupa, não é o fato de levar visitas para casa, mas sim porque será um cara. A última vez que apareci com um garoto em casa, os gêmeos assustaram tanto ele que eu nunca mais o vi.

— Tem certeza que não será um problema eu ir? — ouço Aaron atrás de mim falando. Dou um pequeno pulo pelo susto.

Merda.

— O quê? — pergunto distraída com o pote de Ben & Jerry's que está na sua mão.

— Não terá problemas se eu for? — ele pergunta novamente rindo e me entrega o pote.

Sim, muitos problemas.

— Não. Problema nenhum. — digo com um sorriso que acho que ele não acreditou muito.

— Ruiva, tem certeza? — ele pergunta dando um passo para trás.

Não. Isso vai pode dar merda.

— Tenho Aaron. Está tudo bem. — digo colocando o pote na mesinha ao lado do sofá.— Melhor irmos, temos que estar lá antes do café da manhã. — digo entregando minha mochila para ele.

— Okay, eu vou colocar isso no seu carro. — ele diz levando nossas mochilas.

Suspiro e sigo para o quarto. Aquela filha da mãe ainda está dormindo, e nós temos uma longa viagem.

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Geralmente a família Becker toma café da manhã nos sábados a partir das sete da manhã, para que possamos aproveitar bem o dia, mas como iniciei a universidade não seria possível esse horário. Graças à Deus.
O café será servido as dez, o que vai oscilar com o humor da mamãe.
Faz quatro horas que estamos na estrada, quase chegando. O silêncio e a tensão dentro desse carro dá para cortar com uma faca. Bridget está dormindo no banco de trás, ela expulsou o Aaron para frente no início da viagem. De vez em quando olho para ele que está mexendo no celular.

— Me fala um pouco da sua família. — ele pede depois que me pegou olhando para ele novamente.

— O que quer saber? — pergunto um pouco tensa.