Inocentemente Treinada (Finalizada)

Capítulo 1

(Valentina 21 anos/capa)
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Dias atuais

Depois de quase dois meses perseverando, finalmente consigo convencer meu pai de me deixar ir para a universidade. Foi uma luta, das grandes.
Estou um pouco atrasada para entrar. Na época que terminei o ensino médio, fiz alguns cursinhos de idiomas, cursos técnicos e mandei cartas para algumas universidades. Fui aceita em quatro de cinco ao redor e fora da cidade, na qual teria que ficar em dormitórios. Foi aí que meu pai surtou. Dizia que eu era muito nova para sair de casa, que não tinha mentalidade suficiente para viver sozinha e que era super perigoso viver com outras pessoas das quais nem conhecíamos. Então para apaziguar o clima tenso, deixei um pouco de lado. Fiz tudo o que ele quis, e tecnicamente estou seguindo seus passos, literalmente.
Meu pai é o líder da Máfia Keberchy, na verdade ele é o chefe depois do vovô. Os próximos sucessores dele seriam meus irmãos Keller e Kevin (os gêmeos Becker), mas eles não querem estar envolvidos nos negócios da Máfia. Keller é o mais velho (por mais ou menos dez minutos), se profissionalizou em arquitetura e ele é ótimo (sem querer me gabar). O Kevin por sua vez se profissionalizou em direito na área de Advocacia (é isso mesmo, meu irmão é advogado e um dos bons). Eles conquistaram seu lugar neste mundo aos trinta anos de idade. Em seguida na linha de sucessão tem a minha irmã Evely de vinte e sete anos, mas meu pai a deixou de fora pois ainda estava na esperança de um dos gêmeos querer (o que até agora não aconteceu). Então eu decidi segui seus passos, não por obrigação, mas por instinto e admiração pelo o que é. Foi um sufoco convencer minha mãe e meu pai (eu merecia um oscar) de que eu realmente queria seguir os passos da família Becker. Ninguém, além da minha mãe e do meu pai, sabem que estou treinando para num futuro distante substituir meu velho (não que ele seja velho, esta apenas a um passo dos cinquentão bem conservado). Bem como podem ver dos quatro filhos eu sou a mais nova, a caçula da família (como os gêmeos me chama, a mascote), e é por isso que tenho tanta proteção. Quando eu era mais nova sofri um pequeno atentado ao sequestro, mas não sei bem o motivo, meu pai diz que como a caçula do chefe da maior Máfia de Madrid era muito valiosa. Desde nova fui treinada a me proteger, a combater e a sempre estar um passo a frente dos meus inimigos. Graças a Deus tudo acabou e eu pude ter uma infância mais ou menos normal.
Agora estou arrumando minhas malas e esperando chegar a hora da janta onde estarei anunciando a decisão do meu pai.

- Pétala o jantar está pronto. - minha mãe chama no andar de baixo.

Fecho minha última mala, que no total são três, mais a minha bolsa, mochila e a frasqueira. Calço meus chinelos, coloco um casaco e saio do quarto entrando no nosso corredor de cinco portas. Desço as escadas com uma preguiça que não sei de onde ela surgiu. Passo pela sala e sigo para a sala de jantar. Onde pelo visto estão todos na mesa.

- Venha querida, sente-se do lado do seu velho. - meu pai diz com sua voz grossa costumeira e da uma risada.

Me sento calada, e calada permaneço. Minha mãe serve seu famoso espaguete com almôndegas, dando início a nossa oração de agradecimento. Assim que a oração encerra, começamos a comer e junto o falatório.

- Então, contem como foi o dia de vocês. - mamãe pede com um sorriso.

- O meu foi incrível. O Dash me levou para da uma volta no carro novo dele. - Evely diz empolgada e começa a falar dos detalhes de seu passeio com o Dash (que no caso é seu namorado).

Reviro os olhos e foco na minha comida que... Ei onde foi parar minha janta?

- Você já comeu. - a voz do Keller me chama a atenção. Olho para ele que começa a rir.

- Toda vez é isso. - Kevin diz e cai na gargalhada.

- Ela sempre come tudo e depois fica com cara de questionamento. - Evely diz também rindo.

- Pétala o que você pensa quando fica com essa cara? - Keller pergunta.

- Aonde foi parar minha comida. - respondo com um sorrisinho de lado e todos na mesa começam a rir.

- Me dê aqui amor. Eu vou buscar mais. - mamãe diz pegando meu prato e indo para a cozinha. Logo em seguida a campanhia toca. Papai se levanta pedindo licença e vai atender.

- Amor, traga outro prato de comida porque chegou mais uma fominha. - meu pai entra falando, atrás dele vejo um cabelo platinado e a dona com um imenso sorriso.

- Bridget. - digo, na verdade eu grito. Saio da mesa e literalmente se jogamos uma nos braços da outra.

- Panqueca. - ela diz e começamos a rir. Que saudades que estava dessa louca.

- Achei que só voltaria na próxima semana. - digo puxando-a para sentar no lugar do meu pai.

- Pois é Bridget, pode ficar com o meu lugar na mesa. - meu pai diz irônico indo se sentar na extremidade oposta da mesa. Damos uma risadinha enquanto a mamãe colocava os nossos pratos.

- Obrigada Sr.Becker. - Bridget diz sorrindo e se vira para me olhar. - Respondendo sua pergunta, você acha mesmo que depois de seis meses fora do país, eu iria perder nossa entrada triunfal na universidade? - diz empolgada. A abraço novamente.

Bridget e eu somos melhores amigas a anos, desde a época em que tudo se acalmou e eu pude conhecer o mundo a fora e também pude estudar nas escolas. Assim que nos formamos no ensino médio, fizemos cursos de idiomas e técnico. Quando meu pai não deixou que eu entrasse para a universidade, Bridget também não foi. Agora que ele finalmente permitiu iremos juntas.

- Desde quando a Pétala esta indo para a universidade? - Keller pergunta me tirando do meu devaneio.

- Desde samana passada. - digo e volto a comer.

- É seguro pai? - Kevin questiona não muito feliz com isso. Esses gêmeos são protetores de mais quando o assunto sou eu.

- É justo ela ir para a universidade. - minha mãe se pronuncia começando a ficar irritada. - Eu também não queria que vocês fossem, mas foram assim mesmo. Então porque a irmã mais nova de vocês não pode ir? - ela pergunta. Ela detesta questionamentos e discussões na mesa e fica irritada.

- Por isso mesmo, ela é nova. - Keller diz um pouquinho alterado, mas se cala rapidamente ao ouvir o grunhido da mamãe. - Desculpa mãe. - diz baixinho.

- Ela vai e ponto final. - papai diz sorrindo.

- E para onde vocês duas vão? - Evely pergunta sorrindo.

Olho para Bridget e vejo que me observa com um sorriso. Ela sabe tanto quanto eu que isso vai dar o que falar. Devolvo o sorriso de cumplicidade concordando e voltamos nossos olhos para todos na mesa.

- Vamos para Barcelona. - falamos juntas. E o olhar de todos é cômico.
Isso com certeza vai gerar confusão.

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O primeiro capítulo fresquinho para vocês. O que vocês acharam da Valentina? Essa foi a que eu mais cheguei perto para vocês terem uma noção de como minha personagem é nessa minha cabeça kkkk.
Votem e comentem. Espero ansiosa por vocês.
Postarei os capítulos todas as segundas feiras, ainda irei definir o horário.
Beijokas 😘.
N.S